FGV clonou uma série de questões aplicadas por prefeituras e outros órgãos do país. Empresa diz que investigará “coincidências”. Candidatos pedem anulação do certame
Renata Mariz – Do Correio Braziliense Cristiane Bonfanti – Do Correio Braziliense A onda de denúncias contra o concurso do Senado parece não ter fim. Depois de a Fundação Getulio Vargas (FGV) não conseguir se organizar sequer para levar cadernos de provas em número suficiente para os inscritos no dia das provas, aplicadas no último domingo, candidatos denunciaram ao Correio que as avaliações estão cheias de questões clonadas de outras seleções — em muitos casos, processos seletivos pequenos, de prefeituras espalhadas por todo o país. Para especialistas, o plágio põe em xeque um certame que já começou marcado por polêmicas e pode levar até mesmo à anulação das provas.
Na disputa pela única vaga oferecida na especialidade de urologia, o médico Ricardo Fernandes, 36 anos, encaminhou ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal uma denúncia segundo a qual, das 40 questões da prova específica para o cargo, pelo menos 32 foram copiadas de outros exames. Somente da prova aplicada pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) em 2010, também para o cargo de urologista, a FGV teria tirado 29 questões. Muitas são idênticas. Outras têm poucas diferenças no texto, porém o mesmo conteúdo, expresso inclusive na ordem dos itens. “Em alguns casos, a prova da FGV apresenta uma historinha, que em nada modifica a questão, e depois aparecem o enunciado e os itens idênticos aos da prova da PM do Rio”, observou Fernandes, que pediu o cancelamento do exame.
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