Guilherme de Almeida – Do CorreioWeb Na semana passada, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) confirmou que deve lançar concurso com 2,5 mil vagas, 500 oportunidades a mais do que havia sido publicado anteriormente. No entanto, o presidente da Associação Nacional dos Servidores da Previdência e da Seguridade Social (Anaps), Paulo César de Souza, argumenta que o número de vagas não chega nem perto da metade das necessárias, visto que o INSS planeja abrir mais de 700 agências em todo o território brasileiro. “Atualmente existe um déficit de 11 mil servidores no INSS por conta de trabalhadores que se aposentaram ou que faleceram. A principal carência está na ponta da linha, ou seja, no cargo de técnico do Seguro Social”, afirmou o presidente. De acordo com o pedido de concurso público feito pelo INSS ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP), serão oferecidas 2 mil vagas para o cargo de técnico do Seguro Social – de nível médio – e 500 oportunidades para analistas – função que exige nível superior. “Não é suficiente. O correto seria 11 mil vagas. O último concurso do INSS recrutou 5 mil servidores, mas com um salário de R$ 1,9 mil, três mil profissionais foram embora por que a remuneração era curta”, alegou o presidente. De acordo com Souza, a Anaps atualmente encontra-se em constante negociação com o Ministério da Previdência Social (MPS) para aprovar um plano de carreira digno, equiparado com os servidores da Receita Federal. “Queremos e podemos ter um plano de carreira equiparado com os fiscais da Receita. É viável e justo”, finalizou. Última seleção O último concurso do INSS foi realizado em 2008 e ofereceu remunerações iniciais de R$ 1,9 mil para técnicos e de R$ 2,2 mil para analistas. O órgão disponibilizou duas mil vagas, das quais 1,4 mil destinadas para técnicos e 600 para analistas. O Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe/UnB) foi a empresa responsável pela organização do certame. As ofertas para analista estavam distribuídas entre os cursos de arquitetura, arquivologia, biblioteconomia, ciências da computação, ciências atuariais, comunicação social, direito, engenharia (civil, segurança do trabalho, telecomunicações, elétrica e mecânica), entre outras.