Na reta final para a seleção do Senado

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Gustavo Henrique Braga – Do Correio Braziliense   Prazo de inscrição termina no domingo, e os candidatos intensificam os estudos em busca de uma das disputadas 246 vagas disponíveis

 

Nágila Lopes e Marcelo Alcântara se preparam em cursinho: dificuldade para conciliar dedicação às apostilas, trabalho e tempo de lazer

Faltam apenas quatro dias para o fim do prazo de inscrições para o concurso mais esperado do ano: o do Senado. Os interessados têm até domingo para se candidatar a uma das 246 vagas para os níveis médio, técnico e superior. O maior atrativo são os salários, que variam de R$ 13,8 mil a R$ 23,8 mil. Todas as oportunidades são para trabalhar em Brasília. A última seleção, feita em 2008, teve quase 43 mil inscritos para 150 postos, numa concorrência média de 286,4 candidatos por vaga. Neste ano, a organizadora do certame, a Fundação Getulio Vargas, ainda não divulgou uma prévia, mas acredita-se que a disputa será ainda mais acirrada.

As regras estão divididas em quatro editais, já que os processos seletivos serão diferentes a depender do cargo. Os documentos estão disponíveis no site www.fgv.br/fgvprojetos/concursos/senado11. Na avaliação de especialistas, os candidatos devem aproveitar as próximas semanas para reforçar os estudos — as primeiras provas estão marcadas para 11 de março. José Wilson Granjeiro, diretor da rede Grancursos, adverte que é preciso atenção especial às provas de português e processo legislativo. “É importante reservar ao menos duas semanas para a revisão dos conteúdos e incrementar os resumos”, orientou. Outra dica é fazer provas de concursos passados e cronometrar o tempo das respostas.

O candidato Alexsander de Oliveira Pretto, 35 anos, está apreensivo em relação às provas de português. “É muita matéria, muito detalhe”, desabafou. Outra dor de cabeça para os concurseiros é o Regimento Interno do Senado. “O conteúdo é muito extenso. São mais de 400 artigos”, explicou Emerson Douglas, professor da Vestcon. Na avaliação dele, há uma tendência de que as questões sejam mais focadas nos artigos de 1 a 200. Emerson recomendou também dedicação às questões que envolvem as atribuições de cada setor do Senado.

O educador físico Marcelo Vieira de Alcântara, 43 anos, estuda nove horas por dia para o concurso. Ele acorda às 4h para conciliar os estudos com o trabalho como personal trainer. “A fórmula é simples. É só esquecer amigos, diversão e família”, brincou. Emerson Douglas recomenda, entretanto, que os candidatos tenham uma rotina saudável e momentos de lazer para aliviar o estresse. “O cérebro também precisa descansar, senão chega a hora da prova e a pessoa pode ter o famoso ‘branco’”, orientou.

A estudante de publicidade Nagila Sthefany Lopes, 22 anos, entrou para um curso preparatório há um mês, mas não se deixa abater pelo pouco tempo de estudo. Ela sonha em conquistar uma vaga de técnico legislativo. “Estudo 11 horas por dia”, revelou. Para a candidata, a maior dificuldade é conciliar o cursinho com as aulas de verão na faculdade, que duram toda a manhã e incluem provas e trabalhos. Para o coordenador do Siga concursos, Carlos Alberto De Lucca, os candidatos a técnico precisam focar os estudos em redação, que será cobrada na segunda fase. “É importante praticar bastante e ter o acompanhamento de profissionais”, argumentou.