Lorena Pacheco – Do CorreioWeb O concurso público que oferta 138 vagas para a Câmara dos Deputados já está causando polêmica. O Ministério Público Federal de Roraima (MPF/RR) impetrou ação civil pública pedindo que o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB), banca organizadora, retifique o edital de abertura do certame para modificar o local destinado à realização das provas objetivas, marcadas para o dia 30 de setembro. Como consta no documento, os exames serão aplicados apenas em Brasília/DF, o que, segundo o MPF/RR, fere os princípios de isonomia, razoabilidade, competitividade e amplo acesso aos cargos públicos. De acordo com a procuradora da República Cinthia Gabriela Borges, “A realização da prova somente em Brasília acarreta a elitização do concurso, com a exclusão injustificada de candidatos menos favorecidos residentes em outras localidades, devido ao alto custo de deslocamento, hospedagem e alimentação na capital federal, reconhecidamente, uma das cidades mais caras do país”, argumentou. Consta na ação, a população do DF é composta apenas por 2.570.160 de pessoas, o que representa apenas 1,35% da população do país, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); o que faria com que os candidatos de outras localidades gastassem, no mínimo, R$ 1,5 mil referente ao deslocamento e hospedagem na capital federal. Lei também: Câmara dos Deputados reabre inscrições de concurso nesta sexta-feira (24/8) Além da ampliação dos locais de prova, a ação ainda requer reabertura do período de inscrições e, na impossibilidade de realização das provas dentro do cronograma estabelecido, o concurso deveria ser suspenso até que as adequações sejam realizadas sob pena de multa diária de R$ 20 mil. Com informações do site do MPF.