Larissa Domingues – Do CorreioWeb
Má notícia para os inscritos no concurso promovido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A Justiça Federal suspendeu a seleção do órgão, que foi lançada neste ano com oferta de 550 oportunidades. De acordo com o Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA), a nomeação dos aprovados fica proibida até a averiguação das denúncias feitas por candidatos.
A decisão liminar – em caráter urgente e provisório – vale para todo o país. Assim que for intimidado, o Incra deverá cumprir as determinações imediatamente. A suspensão foi determinada pela juíza Lucyana Said Daibes Pereira, da 2ª Vara Federal em Belém, capital do Pará.
Tudo começou com o pedido do Ministério Público Federal (MPF). Após recomendar a paralisação do concurso e não ser atendido, o procurador da República Alan Rogério Mansur Silva ajuizou ação para tentar resolver o problema. Na ocasião, o magistrado pediu a aplicação de novas avaliações.
Mais de mil candidatos reclamaram que, no dia da prova objetiva – aplicada em 13 de junho –, foram registrados problemas na identificação dos cadernos de questões. Os inscritos também informaram que os cartões de resposta eram insuficientes e que havia falta de fiscais, de controle da entrada e saída dos candidatos e do uso de celulares e câmeras fotográficas. Os problemas foram registrados em escolas de Belém, Santarém e Marabá. Após toda a confusão, o Incra admitiu que mais de 1,3 mil pessoas ficaram impossibilitados de realizar as avaliações objetivas.
Para a juíza que decidiu sobre a suspensão do concurso, a aplicação de novas provas pode aguardar até que seja expedida uma decisão definitiva sobre o caso. “Forçoso é o reconhecimento de que as consequências da desorganização na realização do concurso nessas três escolas, em prejuízo dos candidatos que nelas realizariam o exame, repercutem no resultado do concurso como um todo”, defende a magistrada.