Do CorreioWeb Os 46 hospitais universitários federais no Brasil precisam contratar, emergencialmente, 7.659 trabalhadores para não fechar mais leitos. Em audiência pública sobre a situação dessas unidades promovida pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados na semana passada, o diretor de hospitais universitários do Ministério da Educação, José Rubens Rebellato, afirmou que o custo da contratação desses profissionais é de R$ 300 milhões. “De 2008 para cá, quase 300 leitos foram desativados, e o total já chega a 1.400”, disse Rebellato. Segundo ele, existem pelo menos cinco regimes de contratação diferentes em cada hospital, o que dificulta o gerenciamento do sistema. Nota publicada na Agência Câmara de Notícias informa que 52% dos funcionários nos hospitais universitários estão no Regime Jurídico Único (Lei 8.112/90 – servidores públicos). Outros 20% são regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Diante disso, Rebellato aposta na publicação de uma portaria que vai regulamentar o programa de reestruturação dos hospitais universitários, anunciado em janeiro. Para a implementação do projeto, no entanto, o governo ainda discute a questão dos recursos financeiros. A previsão é que nesta terça-feira (1/6) a Frente Parlamentar em Defesa dos Hospitais Universitários se reúna com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para debater as soluções emergenciais que devem ser tomadas. A perspectiva é que em 2011, por meio de um empréstimo do Banco Mundial, mais R$ 700 milhões sejam investidos para a modernização das instalações dos hospitais universitários do Brasil.