Guilherme de Almeida – Do CorreioWeb O tão esperado reforço de 1.554 vagas no quadro de servidores da rede pública de Saúde do Distrito Federal deve ficar mesmo para o ano que vem. O concurso, autorizado no final de janeiro deste ano, previa a contratação de médicos, auxiliares, técnicos e especialistas, mas o processo seletivo se transformou em mais um item da lista de urgências do GDF por conta de um rígido corte no orçamento do governo. Como já é de domínio público, no dia 7 de março o governador Agnelo Queiroz adotou uma série de medidas para reduzir despesas com pessoal, tendo em vista os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o que impede o governo de assumir compromissos que signifiquem impactos nas despesas com pessoal. Quer dizer, até segunda ordem estão suspensos lançamentos de concursos, reajustes salariais a qualquer categoria e nomeações de candidatos aprovados em concursos já realizados. Confira o decreto. Economia De acordo com dados da Secretaria de Estado de Administração Pública do Distrito Federal (Seap/DF), em 2011, o orçamento do DF era de R$ 24 bilhões. Desse total, R$ 17 bilhões foram utilizados em despesas de pessoal. Segundo o secretário Wilmar Lacerda, para manter o GDF dentro do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), será necessária a economia de pelo menos R$ 151 milhões no decorrer de 2012.
Com esse objetivo, o GDF anunciou, em fevereiro deste ano, dez medidas para tentar frear os gastos da máquina pública local. Entre elas estão a redução de 10% nos salários de todo o primeiro escalão do governo (o que inclui o governador, o vice-governador, os secretários de Estado e os administradores regionais), a suspensão de novas nomeações de servidores e a redução de horas extras.