O Centro de Seleção e de Promoção de Eventos, da Universidade de Brasília (Cebraspe), se pronunciou novamente sobre o caso de Glaucielle da Silva Dias, mulher acusada na internet de fraudar o sistema de cotas raciais para ser aprovada no concurso da Polícia Federal (PF). De acordo com a banca organizadora, não houve vazamento de informações ou fotos do exame de heteroidentificação.
A banca informou também que não tira fotos desta etapa e ela é gravada em vídeo no momento em que está acontecendo, para fins exclusivos de registro da avaliação e de uso da comissão de heteroidentificação.
“Quando ocorre suspeita ou denúncia de fraude, o que cabe a este Centro é enviar todas as informações necessárias à apuração para a polícia. No caso da candidata citada, a Polícia Federal requisitou todas as informações sobre o procedimento de heteroidentificação e o Cebraspe as enviou oficialmente”, explicou.
A acusação da internet começou após uma foto, tirada durantes exame de heteroidentificação do concurso, circular nas redes sociais e aparentar Glaucielle, mais conhecida como Glau, com cabelos mais ondulados e pele mais escura, quando comparadas a outras fotos de suas redes sociais. A PF informou que está apurando as circunstâncias do fato.
Em vídeo em sua defesa, Glau afirma que é negra e nunca se escondeu de ninguém. “Eu não fiz nada de errado. Minha mãe é negra, minha avó é negra, toda a família é negra. Estudei sempre em escola pública. Estou sendo julgada por pessoas que não me conhecem e não conhecem minha história”, declarou.
O Cebraspe também afirmou repudiar tentativas de fraudes que “maculem o sistema de cotas para negros” e que, diante da suspeita de alguma ilegalidade, sua função é encaminhar as informações às forças policiais. Leia aqui a nota na íntregra.
No início do mês Glaucielle e o companheiro decidiram sair do serviço público para se dedicar a uma empresa familiar. Ela nega que a saída tenha envolvimento com a polêmica. A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União no último dia 3.
No último dia 5, o noivo de Glau publicou nas redes um vídeo em que explica que eles não foram demitidos e, sim, exonerados a pedido, segundo ele, após o projeto nas redes intitulado de “Ouse passar” crescer muito e demandar atenção. Ele lembra também que quem é servidor público federal não pode administrar empresas, apenas ser sócio. “Tínhamos duas opções: ou continuar na PF ou sair para continuar com esse trabalho de mentoria e cursos. A gente acha que esse é o nosso propósito na Terra”, diz.
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