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Governo federal exige regras claras para testes psicológicos
Cristiane Bonfanti – Do CorreioWeb Duas semanas depois de anunciar medidas para segurança em concursos públicos, o governo federal começou a apresentar resultados. Texto publicado na página 10 da seção 1 do Diário Oficial da União desta quinta-feira (23/9) altera o decreto 6.944, de 2009, e define regras mais claras para a aplicação de avaliações psicológicas nos certames. A partir de agora, a exigência dos exames não poderá mais ser feita indiscriminadamente. Os órgãos deverão levar em conta as características do cargo oferecido, além de prever a etapa em edital. Para definir requisitos psicológicos, as instituições deverão formular estudo científico das atribuições e responsabilidades dos postos. Nos relatórios, deverá haver descrição das atividades a serem desenvolvidas e das habilidades esperadas dos candidatos. Outra exigência é de que sejam identificadas as características restritivas ou impeditivas para o cargo. Na avaliação do coordenador do Movimento pela Moralização dos Concursos Públicos (MMC) e diretor do Grancursos, José Wilson Granjeiro, o detalhamento atende a expectativa de candidatos em todo o Brasil. Hoje, o exame psicológico é especialmente preocupante, já que, em tese, eles não sabem como se preparar. “É tudo muito subjetivo. A medida beneficia não apenas os concorrentes, mas também os órgãos e a própria Justiça, pois evita alterações, impugnações e anulações de editais. Hoje, cada instituição estabelece ao seu bel prazer a exigência ou não do exame, sem uma uniformidade”, critica. Medida restrita O único problema, diz Granjeiro, é que o decreto diz respeito apenas aos certames da administração pública federal direta, das autarquias e das fundações públicas federais. “Mas já é um avanço. Espero que a mudança seja reproduzida para as seleções do Judiciário, do Legislativo e dos órgãos estaduais e municipais”, diz. Segundo ele, os decretos e portarias com novas normas para concursos serão posteriormente reunidos em lei. Para o presidente da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac) e da Vestcon, Ernani Pimentel, a definição de regras claras vai diminuir os questionamentos sobre a necessidade do exame. “Nunca existiu nada que determinasse esses parâmetros. Muitos discutem se precisam da avaliação para serem bons funcionários. Se vou contratar alguém para um trabalho interno, preciso saber se ele tem o perfil para isso”, opina. Depois das provas De acordo com o decreto, a avaliação psicológica deverá ser realizada depois das provas escritas, orais e de aptidão física. Outra exigência é que os instrumentos de avaliação sejam capazes de aferir com objetividade esses requisitos psicológicos, cabendo ao órgão realizador do concurso especificar no edital quais serão.
MPF pede que BNDES divulgue resultado dos pedidos para revisão de notas
Larissa Domingues – Do CorreioWeb Mais uma notícia a favor dos concurseiros reféns das organizadoras. O Ministério Público Federal recomendou ao BNDES e à empresa Cesgranrio a correção do edital do concurso que oferece 520 oportunidades em cadastro reserva para cargos de nível superior. Segundo o MPF, o documento da seleção tem que permitir que todos os candidatos que pedem revisão das avaliações discursivas e de redação possam ter acesso aos resultados da solicitação. Ocorre que o edital prevê a divulgação dos resultados apenas para quem tem os pedidos aceitos. O procurador da República Edson Abdon Peixoto Filho avisou que o órgão e a organizadora terão o prazo de 15 dias para informar aos inscritos se os recursos serão ou não acatados. Para Abdon, a omissão das justificativas vai contra o artigo 37 da Constituição Federal, porque quebra a regra de tratamento igualitário entre os candidatos. O concurso Candidatos com ensino médio completo concorrem à função de técnico administrativo. Segundo o edital, eles deverão ter disponibilidade para realizar viagens a serviço, no Brasil ou no exterior. Eventualmente, poderão ser convocados para trabalhar em fins de semana e feriados. Para graduados, as vagas são no cargo de profissional básico, nas formações de Análise de Sistemas (suporte), Arquitetura, Arquivologia e Direito. Ao todo, foram registrados 54.091 cadastrados. Só para as 200 vagas de técnico administrativo foram contabilizadas 35 mil pessoas – o que caracteriza uma concorrência de 177 candidatos por chance. De acordo com o edital de abertura do concurso, os salários variam de R$ 2.496,59 a R$ 7.836,15. As vagas são para o Rio de Janeiro.
Escolas e locais de prova no RJ terão de providenciar cadeiras para obesos
Larissa Domingues – Do CorreioWeb Mais uma polêmica no mundo das seleções públicas. O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, sancionou nesta quarta-feira (22/9) a Lei 5.829/10, que prevê cadeiras adequadas para obesos em instituições de ensino e nos locais de provas de concursos públicos do estado. De acordo com a legislação, os assentos devem estar em conformidade com as normas instituídas pelo Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Rio de Janeiro (IPEM/RJ). Quem descumprir a determinação terá de pagar multa referente a 22.132,75 UFIRs, que são as unidades fiscais de referência do estado. O deputado estadual Fernando Gusmão (PCdoB) é o autor do projeto que virou lei. Segundo o parlamentar, a criação da matéria foi feita após a constatação do constrangimento a que os estudantes e candidatos são submetidos. “Além de prevenir possíveis desconfortos causados pela inadequação, a disponibilização de lugares mais confortáveis pode auxiliar na concentração dessas pessoas”, alegou.
Número de vagas do concurso do INSS é insuficiente, diz presidente da Anaps
Guilherme de Almeida – Do CorreioWeb Na semana passada, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) confirmou que deve lançar concurso com 2,5 mil vagas, 500 oportunidades a mais do que havia sido publicado anteriormente. No entanto, o presidente da Associação Nacional dos Servidores da Previdência e da Seguridade Social (Anaps), Paulo César de Souza, argumenta que o número de vagas não chega nem perto da metade das necessárias, visto que o INSS planeja abrir mais de 700 agências em todo o território brasileiro. “Atualmente existe um déficit de 11 mil servidores no INSS por conta de trabalhadores que se aposentaram ou que faleceram. A principal carência está na ponta da linha, ou seja, no cargo de técnico do Seguro Social”, afirmou o presidente. De acordo com o pedido de concurso público feito pelo INSS ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP), serão oferecidas 2 mil vagas para o cargo de técnico do Seguro Social – de nível médio – e 500 oportunidades para analistas – função que exige nível superior. “Não é suficiente. O correto seria 11 mil vagas. O último concurso do INSS recrutou 5 mil servidores, mas com um salário de R$ 1,9 mil, três mil profissionais foram embora por que a remuneração era curta”, alegou o presidente. De acordo com Souza, a Anaps atualmente encontra-se em constante negociação com o Ministério da Previdência Social (MPS) para aprovar um plano de carreira digno, equiparado com os servidores da Receita Federal. “Queremos e podemos ter um plano de carreira equiparado com os fiscais da Receita. É viável e justo”, finalizou. Última seleção O último concurso do INSS foi realizado em 2008 e ofereceu remunerações iniciais de R$ 1,9 mil para técnicos e de R$ 2,2 mil para analistas. O órgão disponibilizou duas mil vagas, das quais 1,4 mil destinadas para técnicos e 600 para analistas. O Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe/UnB) foi a empresa responsável pela organização do certame. As ofertas para analista estavam distribuídas entre os cursos de arquitetura, arquivologia, biblioteconomia, ciências da computação, ciências atuariais, comunicação social, direito, engenharia (civil, segurança do trabalho, telecomunicações, elétrica e mecânica), entre outras.
Movimento em favor da fiscalização do concurso do MPU recebe mais de 1,3 mil assinaturas
Guilherme de Almeida – CorreioWeb Um grupo de candidatos indignados com o andamento do concurso do Ministério Público da União (MPU) já angariou mais de 1,3 mil assinaturas para pedir total fiscalização dos recursos de prova movidos contra o Centro de Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB). O movimento, organizado no FórumCW, pretende enviar o requerimento ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e aos procuradores-gerais dos quatro ramos do Ministério Público. A iniciativa foi motivada pelos questionamentos em relação aos gabaritos preliminares publicados pelo Cespe/UnB no dia 14 de setembro. Na data, a página da organizadora chegou a ficar fora do ar durante três horas, tamanha a quantidade de candidatos que tentavam protocolar recursos. O conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e também professor de Direito Processual Civil, Mozart Borba, classificou como “maluquices” algumas das respostas preliminares oferecidas pela banca. “Se não houver alterações, o concurso terá exigido que o candidato desaprenda a matéria para ser aprovado”, comentou no próprio blog. Um dos líderes do movimento, o bacharel em Direito Rafael Oliveira, 25, explicou que a intenção não é a de anular o concurso. “Nosso objetivo é chamar a atenção do MPU e das autoridades competentes para que acompanhem a apreciação dos recursos e a divulgação dos gabaritos oficiais”, afirmou, por telefone. De acordo com Oliveira, a prova para o cargo de analista processual foi uma das que mais apresentaram erros de gabarito. “Cerca de dez a vinte itens precisam ser alterados ou anulados”, disse o candidato. Além disso, Oliveira identificou três itens da prova de Informática que se repetiram no segundo dia de prova, para o cargo de técnico.
De acordo com o concorrente, a comissão vai ser reunir com a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União no DF (Sindijus-DF) em busca de apoio nesta quarta-feira (22/9), às 17h. O grupo também tem apoio de José Wilson Granjeiro, professor e integrante do Movimento pela Moralização dos Concursos Públicos (MMC). “É importante que se tenha mais zelo na divulgação dos gabaritos provisórios dos concursos, face à enxurrada de recursos movidos pelos candidatos e à quantidade de erros crassos divulgados pelas bancas”, disse o professor, em carta enviada ao movimento.
Acompanhe as discussões sobre o concurso no ForumCW
Projeto de lei quer reservar 5% das vagas em concursos para idosos
Cristiane Bonfanti – Do CorreioWeb Depois das cotas para negros nas universidades federais, uma nova política afirmativa causa polêmica no Brasil. Desta vez, em relação aos concursos públicos. Projeto de lei previsto para ser votado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal no próximo dia 6 de outubro reserva pelo menos 5% das vagas em seleções para candidatos com mais de 60 anos. A ressalva do texto, de autoria do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), é para os casos em que a natureza do cargo impedir essa cota, como acontece na carreira militar. Na avaliação do coordenador dos cursos fiscais do Complexo Jurídico Damásio de Jesus, Marco Carboni, a reserva de vagas para idosos fere princípios constitucionais. “É um retrocesso e um desrespeito à isonomia que a Constituição prega dentro do concurso e das outras relações. Tanto os idosos quanto os mais novos devem apresentar condições de fazer a prova igualitariamente”, afirma. “A mudança abriria espaço para uma série de distorções. Daqui a pouco haverá cota para quem tem experiência anterior, para quem é mais novo e por ai vai”, explica. Também contrário à proposta, o professor do Departamento de Administração da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em Recursos Humanos Jorge Pinho avalia que a reserva de vagas prejudicaria os candidatos com melhor classificação. “Não é uma boa ideia. Sou favorável de uma maneira geral ao mérito. Quem se sair bem nas provas deve ingressar na carreira pública, com exceção dos deficientes, que realmente enfrentam outras dificuldades. Se a pessoa é boa, ela passa nos primeiros lugares independentemente da idade”, afirma o professor. Aumento da expectativa de vida De acordo com o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03), já é vedada a fixação de um limite máximo de idade para admissão em emprego público, com ressalva para os casos em que a natureza do cargo exigir. Procurado pelo CorreioWeb na manhã desta terça-feira (21/9), o senador Valadares não pôde dar entrevista por estar em campanha em seu estado. Em sua argumentação, porém, ele defende que o envelhecimento da população brasileira é um reflexo do aumento da expectativa de vida no país e que é necessário preparar a sociedade para isso. Ele explica que boa parte dos idosos é hoje chefe de família, com renda média, inclusive, superior aos lares chefiados por não idosos. “Não é admissível deslocar o problema para o futuro e não tomar medidas desde logo”, afirma. O projeto foi aprovado na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). Se for aprovado na CCJ e não houver recurso para que seja votado em Plenário, o documento seguirá para análise na Câmara dos Deputados.
Larissa Domingues – Do CorreioWeb
Os concurseiros do Distrito Federal contarão em breve com novas seleções públicas. O governador Rogério Rosso sancionou nesta terça-feira (21/9) a Lei 4.502, que cria carreira para o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon). Ao todo, estarão disponíveis 200 cargos efetivos de níveis médio e superior.
De acordo com a legislação, todas as funções devem ser preenchidas via concurso público. Haverá chances para os cargos de técnico, analista e fiscal. Os vencimentos indicados variam de R$ 3.919,13 para quem tem nível médio e R$ 5.293,30 para quem tem nível superior.
A jornada de trabalho será de 40 horas por semana para todos os postos. A ideia de criação da carreira surgiu por conta do termo de ajustamento de número 620, assinado entre o GDF e o Ministério Público do DF e Territórios. O provimento das vagas acarretará um gasto de R$ 16,9 milhões em 2011, R$ 17,2 milhões em 2012 e outros R$ 17,2 milhões em 2013.
Ministério do Turismo volta a alterar data das provas objetivas
Guilherme de Almeida – Do CorreioWeb O Ministério do Turismo (Mtur) decidiu postergar pela segunda vez a data de aplicação das provas do próximo do concurso do órgão, que visa contratar 122 servidores de níveis médio e superior. Desta vez, a mudança ocorreu em função do choque de agenda com as avaliações do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). As duas avaliações, a do Mtur e a do Enem, estavam marcadas para o dia 7 de novembro. Na primeira ocasião, as provas foram canceladas por que o dia de aplicação coincidia com um provável segundo das eleições para governador e presidente. A Fundação Universa, organizadora do certame, vai lançar um edital de retificação com o novo cronograma ainda nesta semana. “Não sabemos qual será a nova data, mas podemos adiantar que ela será postergada”, informou a assessoria. A Universa ainda acrescentou que, por conta da mudança, os candidatos terão prazo maior para poderem se inscrever. Além disso, aqueles que já pagaram o boleto de inscrição e não puderem fazer as provas na nova data poderão solicitar a devolução do dinheiro. O concurso do Ministério do Turismo Quem tem formação intermediária pode disputar o cargo de agente administrativo (99), que oferece remuneração de R$ 2.131,43. Graduados poderão entrar na concorrência pelos postos de administrador (7), contador (4) e engenheiro (2), com salários que variam de R$ 3.156,55 a R$ 4.834,22.1. As inscrições podem ser feitas por meio da página da Fundação Universa. Quem não tem acesso à rede mundial de computadores pode se cadastrar na central da organizadora, que fica na SGAN 609, módulo A, Asa Norte, Brasília (DF). O valor da taxa de participação varia de R$ 35 a R$ 62.
Cristiane Bonfanti – Do CorreioWeb
O Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito Federal, o Brasília Ambiental (Ibram/DF), deve lançar edital com 20 vagas na área de fiscalização até dezembro. Os novos servidores receberão salário inicial de R$ 6.459,20. Mas, de acordo com o órgão, eles deverão ter aumento em outubro de 2011, quando o vencimento passará a ser de R$ 7.700,68.
O certame será elaborado pela Fundação Universa e exigirá graduação em qualquer área do conhecimento. Além da autorização da banca organizadora, o Ibram já têm dinheiro para lançar o concurso. Em maio, o governo local abriu crédito extraordinário no valor de R$ 3 milhões para a unidade. O recurso é destinado, entre outras atividades, para a realização do certame.
Concurso anterior
Em 2009, o Ibram/DF lançou edital com 70 vagas de nível superior e 30 de médio. Ao todo, 239 nomeações já foram feitas. A previsão é que quem está no banco de cadastro reserva possa ser chamado até 2013. “As convocações de concursados obedecem a uma série de fatores e particularidades, tais como a existência de orçamento, espaço físico, equipamentos e estações de trabalho”, informou o órgão.
Segundo a instituição, as seleções públicas obedecem a um termo de ajustamento de conduta assinado em 2007, com a finalidade de atender às demandas de fiscalização do meio ambiente. “As ações do Ibram no cumprimento do TAC não se restringem à realização do certame e convocação dos aprovados. Há também a capacitação desses servidores, que passaram por cursos, seminários, palestras e que já estão inscritos, dentro do plano de capacitação para os exercícios de 2010 e 2011, em diversos outros cursos”, disse a unidade.
Cristiane Bonfanti – Do CorreioWeb Candidatos a concursos públicos em todo o país têm em média quatro horas para colocar no papel o conhecimento acumulado durante meses ou até mesmo anos de estudo e, ali, garantir a estabilidade e o salário tão almejados. Porém, mesmo depois de resolver todas as questões, na hora de marcar o cartão de respostas, o concorrente pode colocar tudo a perder. A regra de ouro, dizem especialistas, é ter tranquilidade e reservar pelo menos meia hora no fim da prova para o gabarito. Segundo o diretor da Academia do Concurso, Paulo Estrella, os candidatos devem ter muito cuidado para não “pular” uma questão na folha de respostas e, a partir dali, perder todos os itens. “Se eles pularem a terceira questão, por exemplo, comprometem toda a prova e jogam fora anos de estudo e investimento. Isso pode salvar ou arrasar a aprovação”, afirma. “Isso pode parecer simples, mas, por conta do nervosismo, muitos não mantêm o foco, principalmente os marinheiros de primeira viagem. Quem já passou por isso respeita mais o cartão de respostas”, observa o diretor. Esse é justamente o caso da contadora Daniela Silva, 29 anos. Ela pediu demissão do emprego há um ano para se dedicar aos certames e já fez mais de 10 seleções. Ao longo do tempo, ela aprendeu a ter mais tranquilidade e a reservar tempo para o cartão. “É um momento de muita ansiedade. Em uma das primeiras provas que fiz, preenchi a questão 41 em vez da 40. Como percebi a tempo, fiz a dupla marcação para anular o item. Agora, sempre tento manter a calma”, conta Daniela. Em provas como as do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB), caso a pessoa perceba que errou um item, ainda há a chance de invalidá-lo por meio da marcação dupla (C e E). Dessa forma, é como se o concorrente tivesse deixado o item em branco. Mesmo assim, o coordenador de planejamento do Cespe, Marcus Vinícius Soares, alerta para o cuidado com o gabarito. “O preenchimento da folha de respostas, que é o único documento válido para a correção das provas, é de inteira responsabilidade do candidato. Em hipótese alguma há substituição da folha de respostas por erro dele. O candidato não deverá amassar, molhar, dobrar, rasgar, manchar ou, de qualquer modo, danificar a sua folha de respostas”, ressalta Soares. Tudo de uma vez O especialista em concursos Carlos Eduardo Guerra recomenda que os concurseiros deixem as respostas de forma bem clara no caderno de questões e assinalem o cartão todo de uma vez no final. Cada vez que o candidato fecha a prova, pega o gabarito, marca o item, guarda o cartão, abre a prova novamente e ajusta as folhas para lê-las, perde tempo e atenção. “Ele se concentra duas vezes e aumenta a possibilidade de erro”. Além disso, essa técnica permite ao aluno voltar caso mude de ideia em relação a algum item. Mas é preciso ter cuidado com o horário, pois as bancas não oferecem tempo adicional para preenchimento do gabarito. Outra dica de Guerra é sempre usar o auxílio de um objeto reto, como a própria caneta, para não marcar os quadradinhos errados. CONFIRA AS PRINCIPAIS DICAS PARA MARCAR O CARTÃO DE RESPOSTAS – Reserve pelo menos 30 minutos para preencher o cartão e mantenha a calma – Marque o gabarito todo de uma vez no fim do período, para evitar confusão e não perder tempo – Deixe as respostas no caderno de provas bem visíveis para evitar erros – Use um objeto reto, como uma régua ou a própria caneta, para não marcar os quadradinhos errados – Tenha cuidado para não “pular” uma questão e perder o resto da prova – Fique atento ao horário, pois as bancas não oferecem tempo adicional para o cartão de respostas – Faça primeiro as questões objetivas, preencha o cartão e só então comece a redação – Chute apenas se não houver o critério de itens errados anularem os certos. Isso depende da banca organizadora – Tenha cuidado ao revisar as questões ao final da prova. Por conta do cansaço, as possibilidades de equívocos aumentam – Fique atento à cor da caneta para preenchimento do cartão. A dica é ler o edital – Verifique se seus dados estão corretos no documento – Não rasure, suje ou amasse o gabarito, pois ele não é substituído Fonte: especialistas entrevistados para a matéria e bancas organizadoras