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Candidatos recebem caderno errado em Taguatinga e avaliações para 10.056 candidatos, que disputam 15 vagas na área de informática e de enfermagem, serão reaplicadas em data ainda a ser definida pela FGV
Bárbara Nascimento
Jorge Freitas
Ana Carolina Dinardo Uma troca de provas em quatro salas de um dos locais de realização do concorrido concurso do Senado, a Faculdade de Ciências Sociais e Tecnológicas (Facitec), em Taguatinga, obrigou a Fundação Getulio Vargas (FGV), organizadora da seleção, a anular as avaliações de, ao menos, três cargos em todo o país. São eles: de analista legislativo para as duas especializações previstas da área de informática — análise de sistemas e análise de suporte de sistemas (que oferecem sete e três vagas, respectivamente) e para enfermagem (com cinco oportunidades). São, no total, 10.056 candidatos que farão novas provas na disputa pelas 15 vagas.
Em nota, a FGV alegou que “foi detectada insuficiência de caderno de provas em algumas salas” no período da tarde. A instituição chegou a informar que os novos exames seriam em 29 de abril, mas voltou atrás logo depois, esclarecendo que a data ainda será definida. Mais de 20 inscritos registraram ocorrência na 21ª Delegacia de Polícia.
O servidor público Ricardo Roriz, 27 anos, foi um deles. Na sala 503, ele e outros candidatos receberam um caderno referente à especialização analista de sistema. Mas ele se inscreveu para a outra, de suporte de sistemas. “Avisamos imediatamente o fiscal da sala, que continuou distribuindo as provas. Ao perceber o erro, o funcionário avisou a coordenação”, disse. Segundo ele, os candidatos foram orientados a permanecer na sala, pois seriam providenciados cadernos com as questões de um outro local, a Universidade Católica. Uma hora depois, os candidatos foram avisados de que a prova não seria aplicada a eles e que deveriam deixar o local. “Saímos com a promessa de que a FGV entraria em contato para fazermos um novo exame”, afirmou.
Gritaria
O mesmo aconteceu com Mário Araújo, 34 anos, que concorre à vaga para análise de suporte de sistemas e recebeu a prova errada. Araújo conseguiu a cópia da ata feita pelo fiscal da sala onde deveria fazer a avaliação. “A isonomia entre candidatos está prejudicada, porque alguns fizeram e outros não”, contou. Marcos Soares França, 30, outra vítima, relatou ter ouvido gritaria em salas próximas pouco depois do início da distribuição das provas.
De acordo com o agente da 21ª DP Sidney Silva, o caso está em apuração. “Devemos intimar as partes e verificar o que houve. Se ficar caracterizado crime, a Polícia Civil vai agir”, afirmou. Essa não é a primeira falha nesse concurso do Senado. Dois dos quatro editais foram republicados porque a FGV incluiu programa de disciplinas que repetia textos do concurso anterior de 2008. Logo depois, foi descoberto que uma servidora do Senado que fazia parte da comissão do concurso do órgão se inscreveu para o cargo de consultor. Ela foi desligada da comissão. Na ocasião, a FGV sustentou que não havia razão para anular o concurso.
Questionada pelo Correio sobre o número de abstenções ontem nas provas, como ocorre em vários concursos, a FGV informou que não divulgaria os dados, pois são “uma prerrogativa do Senado”. O órgão não se pronunciou a respeito. Foram inscritos 157,9 mil candidatos, uma média de 642 para cada uma das 246 vagas ofertadas para os cobiçados cargos de técnico legislativo, que exige ensino médio, e de analista e consultor, de nível superior. O maior atrativo são os salários iniciais de R$ 13,8 mil, de R$ 18,5 mil e de R$ 23,8 mil, respectivamente.
O concorrido concurso provocou congestionamentos enormes nas áreas mais próximas aos locais das provas . Para alguns, as questões objetivas das provas estavam mais fáceis do que esperavam, sobretudo, as de língua portuguesa. A advogada Flávia di Pilla, 36 anos , na disputa por uma das nove vagas para consultor legislativo, afirmou ter achado o nível das questões justo. “A prova estava acessível, principalmente a parte objetiva. Acredito que a maior dificuldade agora será a nota de corte, que deve ser bem elevada”, disse.
Dificuldades
As reclamações de alguns candidatos para o cargo de técnico legislativo foram relativas à prova de informática e à questão discursiva, que tratou dos prazos, dos órgãos competentes e especificidades da tramitação legislativa de uma medida provisória. O técnico judiciário Rubens Pereira, 23, fez a prova na Facitec e relatou que teve mais dificuldade com a questão discursiva. “Ela exigia conhecimentos muito específicos, com certeza foi a parte mais difícil”, contou. “De resto, considero que a prova foi de dificuldade mediana à baixa”, completou.
A gestora de finanças Solange Terno, 42 anos, que trabalha na iniciativa privada, disse que achou a prova cansativa, mas também não considerou difícil. Ela, que disputa o posto de analista administrativo, revelou ter tido dificuldades em português. “Estudei um pouco em casa e acompanhei muita aula pela internet”, contou ela, que mora em Ceilândia e foi de ônibus até o Uniceub, na Asa Norte.
O servidor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) Teógenes Berto Nobrega, 35 anos, fez provas de manhã para consultor e à tarde, para analista, também no Uniceub. “Quero o cargo de analista de apoio logístico. De manhã foi difícil, mas não deixei questão em branco. Fiz uma boa prova de inglês. As provas técnicas tiveram um caráter mais histórico, falando de questões de legislação antiga. Como já trabalho para o governo, acho que me saio bem na prova de nível superior”, acredita. Quem chegou em cima da hora, pela manhã, se deparou com uma enorme fila, no Uniceub. Marcus Elísios, 34 anos foi um deles. Embora já esteja com uma vaga garantida no Ministério do Esporte, ele almeja o tão sonhado salário de R$ 18,5 mil para vaga de analista ou de 13,8 mil para técnico administrativo. “Os salários são incríveis, fora os benefícios. Por isso, resolvi tentar as duas carreiras”, afirmou. Ele disse ter estudado quatro anos para o concurso.
Da Agência Senado
Em votação simbólica, o Plenário do Senado aprovou o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2011, de iniciativa da Presidência da República, que cria 400 cargos de diplomata e 893 cargos de oficial de chancelaria. Segundo o texto do projeto, os cargos serão providos pelo Ministério das Relações Exteriores de forma gradual, mediante disponibilidade orçamentária. A matéria, que teve como relator o senador Gim Argello (PTB-DF), vai à sanção presidencial.
A criação dos cargos foi aprovada em dezembro pelas comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Na CCJ, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) criticou o aumento de gastos, num momento de contenção de despesas, e questionou a importância estratégica dos países em que o Brasil tem estabelecido novas representações diplomáticas.
Em resposta, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) disse ser necessário se pensar o país no longo prazo. Segundo ela, os investimentos brasileiros na expansão de sua presença na África, no Caribe e no Oriente Médio, justificam-se pelos resultados obtidos.
Em seu relatório à CRE, Gim Argello também apontou a crescente importância internacional do Brasil, afirmando que isso requer atuação mais intensa com vistas à integração sul-americana, à aproximação com os países africanos e às relações com as grandes potências, de forma a melhor proteger interesses estratégicos.
Lara Haje – Da Agência Câmara
A Câmara analisa o Projeto de Lei 3272/12, da deputada Eliane Rolim (PT-RJ), que isenta de pagamento de taxa de inscrição em concursos públicos os candidatos oriundos de escolas públicas.
De acordo com a proposta, a isenção valerá para os concursos promovidos pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta, para provimento de cargos ou empregos, inclusive para os processos seletivos simplificados para a contratação de pessoal por tempo determinado.
O direito à isenção será concedido mediante requerimento dos interessados, que devem comprovar ter cursado todo o ensino fundamental e o ensino médio na rede pública.
A autora da proposta destaca que há predominância cada vez maior, nas últimas três décadas, de estudantes oriundos de famílias de baixa renda entre os matriculados na rede pública de ensino. “A isenção do pagamento da taxa de inscrição em concursos é o mínimo que o governo pode e deve fazer, como política afirmativa e inclusiva, para favorecer essa massa de jovens que luta contra a desigualdade de oportunidades no mercado de trabalho”, afirma a deputada.
Tramitação
O projeto ainda será distribuído às comissões técnicas da Câmara.
Larissa Domingues – Do CorreioWeb Concurseiros da Região Sul têm agora um bom motivo para começarem a estudar. O governador do Paraná, Beto Richa, autorizou seleção pública com 729 oportunidades para a Defensoria Pública do estado. Do número total de vagas, 197 serão para defensores, 374 para candidatos de nível superior e outras 158 para quem possui diploma de nível médio. O edital de abertura do certame deve sair em até um mês.
“Este é um momento histórico, que mostra o compromisso do nosso governo de proteger os direitos da população mais carente. As contratações irão garantir o pleno funcionamento da Defensoria paranaense, que tem uma das legislações mais avançadas e democráticas do Brasil”, afirmou Richa. Os aprovados deverão ser lotados em todas as comarcas do estado. Candidatos ao cargo de defensor devem substituir os assessores jurídicos temporários. Aqueles que possuírem formação intermediária e graduação serão efetivados nos anos de 2012 e 2013. Para nível médio, haverá chances para técnico em informática, técnico administrativos, técnico em redes de computadores e técnico de recursos humanos.
Já quem tem nível superior concorrerá às chances de administração, biblioteconomia, contabilidade, economia, informática, psicologia, serviço social, psiquiatria, medicina clínica, estatística, assessor jurídico, comunicação social, jornalismo, engenharia, sociologia e secretariado executivo.
Cespe vai organizar concurso com 149 vagas de analista do MP
Do CorreioWeb
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP) publicou nesta quarta-feira (7/3) o extrato de dispensa de licitação que define o Cespe/UnB como a banca organizadora do próximo concurso do órgão. A seleção visa preencher 149 vagas no cargo de analista de infraestrutura (nível superior). De acordo com a autorização concedida em dezembro de 2011, o edital deve ser publicado até junho de 2012. Todas as vagas oferecidas pelo certame devem ter como lotação a capital Brasília/DF. Saiba Mais O último concurso do Mpog também foi organizado pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB). As provas foram aplicadas no dia 23 de maio. Foram oferecidas 200 vagas para graduados em Engenharia ou Arquitetura ou Urbanismo. A avaliação foi realizada apenas por meio de prova objetiva. A remuneração inicial publicada em edital foi de R$ 9.980,25.
Polícia Federal define banca de concurso para agente e papiloscopista
Guilherme de Almeida – Do CorreioWeb
A Polícia Federal confirmou nesta terça-feira (6/3) o Cespe/UnB como banca organizadora do próximo concurso promovido pela corporação. A informação foi publicada na página oficial da PF e no Diário Oficial da União. O contrato foi firmado por meio de dispensa de licitação. O valor acordado é de R$ 9,5 milhões. Com isso, aumentam as chances de o concurso ser lançado ainda no mês de março. Um decreto, publicado na última semana pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, autorizou o órgão a reduzir de 60 para 45 o número máximo de dias entre o lançamento dos editais e a aplicação das provas objetivas. A seleção também já foi autorizada pelo Ministério do Planejamento. Serão 500 vagas para o cargo de agente e 100 para o de papiloscopista. Ambos os postos têm remuneração inicial de R$ 7.818, já incluído o auxílio alimentação de R$ 304. Para participar basta comprovar nível superior completo em qualquer área de formação e carteira de habilitação na categoria B ou superior. De acordo com a Polícia Federal, os cursos de formação terão início entre julho e agosto de 2012. Já as nomeações serão publicadas entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013. Mais um concurso previsto A Polícia Federal ainda confirmou o lançamento de mais um edital para o mês de abril. Desta vez, para os cargos de delegado (150), perito (100) e escrivão (350). O início destes cursos de formação está previsto para janeiro de 2013. Os aprovados só serão nomeados entre junho e julho de 2013. Para o cargo de escrivão, os requisitos exigidos e a remuneração são idênticos aos de agente e papiloscopista. Já para delegado é necessário possuir nível superior em Direito, enquanto que para perito, será exigida formação superior em áreas específicas, que ainda serão divulgadas. A carteira de habilitação também é exigida para os dois cargos, cuja remuneração inicial (delegados e peritos) é de R$ 13.672.
Especialistas dão dicas para candidatos na reta final ao Senado
Especialistas recomendam que os 157,9 mil candidatos a uma das 246 vagas aproveitem a última semana para rever as principais dúvidas e descansar o corpo e o cérebro Gustavo Henrique Braga – Do Correio Braziliense Jorge Freitas – Do Correio Braziliense
A proximidade dos testes para o concurso do Senado, marcados para o próximo domingo, aumentou o movimento nas bibliotecas da cidade. Todos querem aproveitar a semana para tirar as últimas dúvidas e memorizar o conteúdo, de olho nos salários de até R$ 23,8 mil oferecidos pela Casa legislativa. As avaliações serão aplicadas simultaneamente nas 26 capitais do país e no Distrito Federal. Candidatos aos cargos de consultor, técnico e policial farão as provas no período da manhã, das 8h às 13h. Os que almejam um posto de analista farão as provas à tarde, das 15h às 20h30. São 157,9 mil inscritos para 246 oportunidades, uma média de 642 por vaga.
João Trindade, professor de direito constitucional do curso preparatório IMP, orientou que, nessa reta final, merecem mais atenção as disciplinas específicas, devido à complexidade das repostas e a terem peso maior na nota final. “Regimento Interno, por exemplo, deve ser reforçado”, afirmou. Trindade recomendou também dedicação à prova dissertativa. “Não é preciso, necessariamente, escrever uma redação, mas é bom preparar uma espécie de roteiro com os aspectos principais de alguns temas relevantes”, acrescentou. Outra dica do especialista é para o candidato fazer uma revisão geral com o “espírito desarmado”. “Se encontrar algo que não sabia, em vez de se desesperar, (o candidato) deve alegrar-se por ter tido tempo de verificar aquele conteúdo.”
A matéria completa você lê na edição impressa do Correio Braziliense desta terça-feira (6/3).
Da Coordenadoria de Editoria de Imprensa – STJ Um candidato aprovado fora do número de vagas previsto no último concurso da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) teve negado o direito à nomeação pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Para a Segunda Turma do Tribunal, ele não comprovou o surgimento de novas vagas durante a validade da seleção.
O edital previa duas oportunidades para o cargo de consultor técnico legislativo, na categoria bibliotecário. O candidato foi aprovado em quarto lugar. No mandado de segurança, alegava ter ocorrido desistência do aprovado em terceiro lugar e aposentadoria de servidora ocupante do cargo específico. Por isso, teria direito à nomeação.
O ministro Mauro Campbell Marques, relator, reconheceu que a mera expectativa de direito passa a ser direito líquido e certo à nomeação quando comprovado o surgimento de novas vagas. Porém, o relator entendeu que não houve demonstração das alegações nos autos.
Larissa Domingues – Do CorreioWeb A Defensoria Pública do Piauí (DPE/PI) deve realizar o primeiro concurso público de servidores ainda no primeiro semestre deste ano. O aval foi liberado pelo governador do estado, Wilson Martins, nesta quinta-feira (1/3). A seleção será organizada pela Diretoria da Escola Superior do órgão (Esdepi). Em 2011, a DPE/PI abriu processo seletivo simplificado para contratação de 25 servidores temporários nas especialidades de analista jurídico, analista de tecnologia da informação, assistente social e psicólogo. De acordo com o edital de abertura, as remunerações são de R$ 1.346,13 para uma jornada de 30 horas semanais.
Luciana Lima – Da Agência Brasil
Os gastos com pessoal do Distrito Federal (DF) no ano passado se aproximaram do limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal, fixado em 46,55% da receita corrente líquida. De acordo com informações do governo do DF, as despesas com a folha de pagamento atingiram 46,1% da receita, o que obrigou o governo a anunciar hoje as medidas de contenção.
Dentre as iniciativas estão o corte de 10% dos valores recebidos nos cargos de natureza política. De acordo com nota divulgada pelo governo, os cortes atingem as funções de governador, vice-governador, secretários e administradores regionais. Além dos cortes nos salários, o governo decidiu reduzir o número de cargos comissionados e a substituir algumas funções por serviços terceirizados. De acordo com a nota, pelo menos mil cargos comissionados serão cortados, podendo chegar a duas mil exonerações. Também estão suspensas as contratações de servidores até dezembro e os concursos públicos até maio desse ano.
De acordo com o governo, poderão ser contratados servidores somente para reposição em casos de aposentadorias e falecimento nas áreas de saúde, segurança e educação.
Outra medida anunciada pelo governo foi a de suspender a concessão de reajustes salariais neste ano e de suspender as horas extras em todas as áreas, com exceção da saúde e segurança pública. Mesmo nessas áreas consideradas prioritárias, o governo estabeleceu o limite de 50% das horas pagas em dezembro do ano passado. Com essa medida, o governo, que é comandado pelo governador Agnelo Queiroz (PT), espera economizar R$ 65 milhões neste ano.