Do CorreioWeb Em 2008, a empresa de Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) realizou concurso público com o intuito de selecionar 137 novos servidores e formar cadastro reserva. Do número total de vagas imediatas previstas em edital, 40 eram para analista e 97 para técnico. Para os postos de nível superior, segundo documentos repassados pela deputada distrital do PT Rejane Dutra, já foram convocados 114 pessoas – sendo que apenas 44 assumiram, ou seja, um número maior do que o publicado no documento de abertura. Até então não há estranheza no caso, pois já estava previsto cadastro reserva. Entretanto, a situação causa certa insegurança para as 200 pessoas aprovadas e que ainda têm esperanças de serem chamadas, uma vez que não há em nenhum lugar, de forma clara, quantos cargos efetivos existem no DFTrans. “Isso é ruim porque quem está esperando não sabe se deve continuar sonhando com a vaga ou não. A nossa exigência é que haja mais clareza do lado deles”, explicou Márcia Cordeiro, uma das participantes da Comissão Representativa dos Aprovados. Ainda segundo Cordeiro, pessoas de dentro do DFTrans informaram que o órgão conta com muitos funcionários terceirizados que exercem função de técnico e em cargos comissionados. “O concurso venceu no dia 7 de setembro do ano passado, porém foi prorrogado até 2012. Isso é um sinal de que temos chances. Mas queremos dados oficiais. Se disserem que o órgão comporta só 50 pessoas dessas 200, tudo bem”, informou a aprovada. E disse mais. “Nós, da Comissão, vimos também que no Orçamento de 2011 foram liberadas mais 10 vagas para o órgão”. A deputada Rejane Dutra recebeu nesta terça-feira (3/2) em seu gabinete representantes da Comissão dos Aprovados para ouvir suas reivindicações. “Nós já marcamos uma reunião com o secretário de administração do DF, Denílson Bento da Costa, para a próxima terça-feira (8/2) e estamos tentando uma outra com o diretor geral do DFTrans, Marco Antônio Campanella. Até agora eles foram bem solícitos. Acredito que vamos dialogar bem”. A parlamentar disse que o DF realmente sofre com as terceirizações e culpa os ex-governadores Joaquim Roriz, José Roberto Arruda e Rogério Rosso pela situação em que a capital federal se encontra. “Foi tudo praticamente privatizado. Se você entra em um órgão com 500 pessoas, apenas 10 ou 20% são concursados. Queremos reverter isso”. Ela acredita que a melhor forma de selecionar funcionários é por meio de concurso público, pois assim os novos servidores terão passado pelo crivo de provas rigorosas, o que faz com que haja pessoas mais qualificadas trabalhando pelo DF. “Não diminuo os terceirizados, mas normalmente as relações trabalhistas nesses casos são muito precárias. Sem contar que abrem muita margem para apadrinhamento”, explicou Rejane Dutra. Ela lembrou ainda que a Copa do Mundo está se aproximando e o transporte será muito importante para que o evento transcorra bem. “Vai vir VLT e aumento do metrô, entre outras coisas. É preciso que tenhamos gente qualificada trabalhando”. A equipe do CorreioWeb tentou contatar Marco Antônio Campanella, mas não teve resposta até o fechamento desta matéria.