Guilherme de Almeida – Do Correioweb Nesta quinta-feira (6/1), a Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac) enviou uma carta aos diretores do Banco do Brasil (BB) exigindo alterações no edital da seleção que formará cadastro reserva no cargo de escriturário. O certame, publicado na última terça-feira (4/1), deixou os concurseiros em uma situação muito desconfortável, já que deu um prazo de apenas seis dias para que fizessem as inscrições online. Além disso, a prova, que será organizada pela Fundação Carlos Chagas (FCC), deve ser aplicada no dia 6 de fevereiro – ou seja, os candidatos terão praticamente um mês para estudar todos os tópicos exigidos pelo certame, conteúdo parcialmente desconhecido até a publicação do edital.
No entanto, o Banco do Brasil confirmou à equipe do Correioweb que não vai prorrogar o prazo de inscrição do concurso nacional. De acordo com a assessoria de imprensa do BB, seis dias é um período totalmente viável para que um candidato tome conhecimento do concurso e faça a própria inscrição online. Para Ernani Pimentel, sendo o Brasil um país com território vasto e com algumas áreas com comunicação precária, fica impossível que em apenas seis dias úteis, moradores de outras regiões tomem conhecimento do edital – isso sem mencionar o prazo entre a publicação do edital e a realização da prova, que está estrangulado. “É preciso coerência e um período mais elástico para que os estudantes tenham condições de se preparar adequadamente”, disse. O concurso pretende formar cadastro reserva nos cargos de escriturário nos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Paraíba e Paraná. Estatuto do Concurso Público A Anpac nos últimos anos tem sugerido aos parlamentares um modelo de Estatuto do Concurso Público, que prevê certames isonômicos e transparentes, com prazo mínimo de 30 dias entre divulgação do edital e inscrição. “No caso do concurso do Banco do Brasil, os candidatos terão 23 dias para estudarem para as provas, o que é um tempo muito curto e a preparação quase inviável”, afirmou Pimentel. A Fundação Carlos Chagas não quis comentar o caso.