2021, Saída da Matrix? Vivemos em uma Simulação?

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MATRIX !

Em 21 de Maio de 2021, estreia a quarta edição de Matrix, novamente estrelado por Keanu Reeves. Desde 1999, ano de seu lançamento, a série impacta e suscita debates tecnológicos e filosóficos pois seu enredo indica a possibilidade de estarmos todos a viver numa “Simulação da Realidade”.
Assim como seu personagem, Neo, o ator parece considerar como verdadeira a possibilidade desta vida terrena ser manipulada por poderosos com avançadas tecnologias a nos utilizar como laboratório biológico de suas experiências. Algumas de suas declarações, inclusive em entrevistas recentes para as principais revistas e jornais de ficção, sugerem que há uma clara certeza quanto a esta possibilidade apresentada na ficção: “A raça humana foi escravizada por milhares de anos, fomos mantidos em uma prisão mental por elites obscuras e sociedades secretas que fizeram todo o possível nos reprimindo e nos impedindo de atingir nosso potencial”.
“A humanidade está mostrando Sinais de se Libertar da Matrix. Que é o momento de estarmos vivos! Estamos vivendo em uma época emocionante.”
“Sim, claro, há muitas pessoas que estão interessadas apenas em acompanhar os Kardashians mas, uma parte significativa da população acordou. As pessoas estão cansadas de guerras desnecessárias liderança totalitária e controle autoritário. As pessoas estão despertando para o que é realmente importante na vida!”


Mas sobre qual Despertar Keanu Reeves se refere, cujo caminho apontado não depende dos recursos financeiros e computacionais? Para quem espera uma resposta concreta vinda do Vale do Silício ou de qualquer outro ecossistema avançado na temática científica e tecnológica, ele recomenda: “Coloquem suas carteiras de volta nos bolsos. Isso não tem nada a ver com dinheiro ou computadores. É uma mudança espiritual que deveria ser e não por meio de um hacker.”Este conselho é dirigido especialmente aos Transhumanistas, como Elon Musk, dono da Space X, Tesla e da polêmica Neuralink, que apresentou recentemente em lançamento global, seu chip cerebral para recuperar degenerações e equiparar o ser humano com a capacidade de processamento de super computadores, sob a alegação de que este será o único caminho para que o “Homo Sapiens”, prossiga diante da ameaça da Inteligência Artificial. Em 2016, o excêntrico bilionário, declarou acerca da teoria de que vivemos em uma grande e orquestrada simulação: “A probabilidade de estarmos na realidade base (o que seria o mundo real) é de uma em bilhões”. Musk, afirmou também: “Não somos nada além de personagens de um videogame ou conteúdos do HD de algum extraterrestre”.

Recentemente o Astrônomo David Kipping, da Universidade de Columbia, declarou que de fato há 50% de chances de que nossa “Realidade Aparente” seja mesmo uma simulação computacional. Utilizando a analogia da moeda lançada ao alto, Kipping entende que não há meios científicos capazes de se comprovar o contrário, o que leva a probabilidade desta possibilidade ter duas faces, a real a irreal.
O Matemático Computacional, Houman Owhadi, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, parece concordar com todos eles : “se uma simulação tem poder computacional infinito, não há como dizer se você está ou não vivendo em uma realidade virtual, porque ela poderia computar o que quiser com qualquer grau de realismo.”

Até aqui, parece que eminentes pesquisadores, cientistas, bilionários da tecnologia, confirmam o que as escrituras orientais afirmam há milhares de anos. Refiro-me menos a possível teoria da conspiração de uma manipulação engendrada por um ser maligno, controlador de sistemas computacionais quânticos a nos aprisionar no “Domo” de nossas consciências, mas antes, de que é exatamente no Campo da Consciência em que as chamadas Realidades: Absoluta e Relativa, são processadas. Pessoalmente, adoro aquela cena em um dos episódios, em que Neo depara-se com um menino-monge em treinamento e o iniciado entorta por completo uma colher, afirmando diante do espanto de seu Observador, de forma interrogativa: “Quem disse que a colher existe?”. Indagações sobre a realidade há milênios são formuladas por pensadores mais atentos e na atualidade diversos físicos também passaram a questionar a “causalidade”.


A física da improbabilidade ou chamada física das múltiplas possibilidades, a Física Quântica, foi criada pelo Físico e Prêmio Nobel Werner Heinsenberg em 1927, com o princípio matemático demonstrado de que existem pares de variáveis que não podem ser medidos com total precisão (variáveis conjugadas). Trata-se do Princípio da Incerteza como passou a ser conhecido. Para melhor compreensão, a física quântica está mais voltada à quantização de energia verificada nos fenômenos atômicos, nas moléculas e partículas subatômicas enquanto a Física clássica concentra-se na quantização ao nível macro. O grande sonho da Ciência é alcançar a Teoria da Unificação em que se possa comprovar os mesmos princípios físicos, em ambas dimensões (macro e micro).

Diversos físicos sustentam e outros contestam uma das hipóteses mais intrigantes, de que a realidade aparente é reflexo da mente do Observador! Acreditam que a mente é capaz de alterar a vida aparente pelo poder que possui de mudar a disposição das partículas atômicas, criando o cenário imaginado ou crenças, com os quais estamos condicionados por nossos padrões de reconhecimento. Este entendimento está alinhado com a afirmativa da Lei da Sintonia em que é possível atrair aquilo que se pensa (pessoas, coisas, energias etc). Esta visão transcendente da Vida em que o molde mental com seus arquétipos, valores, crenças e padrões culturais são entendidos como relativos, provisórios, mutáveis enquanto a percepção essencial aponta para uma origem eterna, infinita, imutável e Una, reconhece as capacidades cognitivas do pensar, sentir, falar, como vibrações dotadas de poder materializador de “realidades”. Se assim for, a hipótese de vivermos uma Grande Simulação pode fazer sentido.


Quando utilizamos um óculos de realidade virtual, temos uma imensa clareza sobre a relatividade da vida! Nosso córtex recebe imagens, sons e provoca sensações como se tratasse de acontecimentos reais. Em 2014, Mark Zuckeberg, fundador do Facebook, controlador do Whatsapp e Instagram, adquiriu a empresa: Óculos VR, fabricante do Rift, um avançado modelo a altura de suas pretensões futuras (futuro este que já chegou). Na época, o negócio fechado entre dois jovens, envolveu a bagatela de US$2 bilhões. O cheque foi entregue para o fundador da Óculos VR, Palmer Luckey, de pouco mais de 20 anos de idade. Observe a declaração de Zuckeberg há seis anos atrás e veja se percebe alguma coincidência com a virtualização da vida, acelerada com o Covid 19 neste ano de 2020: “Imagine aproveitar um lugar privilegiado em um estádio, estudar em uma sala de aula com outros alunos e professores de todo o mundo ou se consultar com um médico – tudo isso apenas colocando os óculos na sua casa”. O Rift vai além, experiências demonstraram que é possível te colocar num avião, te vestir com roupa de esqui na neve, ligar o óculos com a gravação de uma estação como a de Aspen, onde você sentirá as sensações de frio e oxigenação, compatíveis com o lugar. Na sequência a experiência será revelada, te surpreendendo por te deslocado fisicamente não para a estação fria de Aspen, mas para um deserto, com 50 graus de temperatura na tua cabeça. Seu cérebro aceita a virtualização como real e seu corpo reage em conformidade com esta falsa realidade, ou seja, sente frio empacotado de roupa em pleno calor do deserto. Que louco, não?


Há 32 anos tenho a honra de aprender na fonte da filosofia oriental, especialmente os ensinamentos do fundador da Seicho-No-Ie, Mestre Masaharu Taniguchi (escreveu mais de 470 Livros) e recentemente, do extraordinário Yogue, mestre Paramahansa Yogananda, fundador da Self-Realization Fellowship. Tenho profunda clareza da relatividade existencial deste mundo projetado e a forma como as leis mentais, nele se manifestam. Compreendo que a espiral evolutiva requer um profundo mergulho interior na dimensão essencial do Ser e somente em contato com o “Eu” maior, amorfo (sem forma), com o “Eu” sistêmico, integrado (mente, corpo e espírito), transcendendo as limitações da compreensão do mundo percebido (tridimensional) e dos recursos limitados dos 5 Sentidos (Tato, Paladar, Olfato, Visão e audição) é que reconectaremos com o Todo Infinito que Somos, com o nosso Uno Essencial! Certamente este é o verdadeiro poder que te torna incontrolável pela Matrix. O Despertar de Consciência contudo, exige descontruir-se de quem você pensa ser para Ser quem Você É! Daí a minha concordância com Keanu Reeves, quando afirma que hackers, tecnologias e dinheiro não são os instrumentos que conduzirão a humanidade à saída da Matrix, mas sem dúvida alguma, a dimensão mais antiga, poderosa e original contida em todos nós, o Poder da Espiritualidade!

Em 2021, menos toxidade emocional e tecnológica, mais contato com o seu Eu, com a suas infinitas possibilidades, mais harmonia, reconciliação, autoestima, fé, determinação e acima de tudo alinhamento do seu propósito com o Ser Sistêmico (mente, corpo e espírito), em prol do coletivo. Mais Meditação!  Não há prisão para quem se reconhece ilimitado, capaz e livre e cujos desejos e sentimentos se direcionam verdadeiramente para o Bem Comum.
Namastech
(Acompanhe minhas Redes Sociais: gilbertonamastech)

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6 thoughts on “2021, Saída da Matrix? Vivemos em uma Simulação?

  1. Nossa, excelente matéria. Trás tanto para reflexão e contextualização quanto a física quântica, matrix, tecnologia, sentidos, desbravando mistérios. É chegado o momento de despertar, o poder está na espiritualidade e tem sim, uma sinergia voltada para o Despertar. O estar presente, o momento, a conexão…que matéria excelente e já com vontade de assistir este filme. 🙏

    1. Gratidão pelo seu valioso comentário, Ana Ruth. Toda terça-feira trago um Artigo voltado ao Desenvolvimento Humano, futurismo, reflexões sobre os impactos tecnológicos etc.

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