Após ser socorrido enquanto andava bêbado pelas ruas de Nova York, um homem soltou o cinto, abriu a porta e pulou de uma ambulância em movimento, sofrendo vários ferimentos. Agora, o bielorrusso Yaugeni Kralkin, 56 anos, há oito morando nos Estados Unidos, decidiu processar o Corpo de Bombeiros, quatro funcionários do serviço médico e a própria a cidade por tê-lo deixado fazer isso.
O processo foi aberto na última sexta-feira (16/6), mas o caso aconteceu em junho do ano passado. De acordo com o jornal The New York Times, Kralkin, que é motorista de caminhão, estava voltando de uma longa viagem, mas, ao chegar em casa, não foi muito bem recebido por sua mulher e seu filho.
Desiludido, ele, então, bebeu uma garrafa de conhaque e saiu para uma volta. A partir daí, o homem contou que se lembra apenas de ter caído em frente à casa de um vizinho. Depois de ter pulado da ambulância, Kralkin caiu no chão inconsciente, teve uma convulsão e sofreu diversos cortes e ferimentos. Uma nova viatura médica foi enviada ao local para levá-lo a um hospital.
“Ele, certamente, saiu sozinho da ambulância, mas a nossa posição é de que ele estava tão bêbado, havia tanto álcool em seu organismo que a sua condição era equivalente a de um indefeso, absolutamente indefeso para tomar decisões sobre sua própria segurança”, alegou o advogado de Kralkin, Borislav Chernyy.
“Mesmo quando fazemos escolhas erradas, as pessoas que estão ali para nos proteger, como os paramédicos, devem nos ajudar sempre que precisarmos. Até mesmo no momento em que as nossas necessidades são fruto de uma escolha muito errada”, completou o defensor, que pede o ressarcimento das despesas médicas de Kralkin, além de uma indenização.
Procurados pelo NY Times, o Corpo de Bombeiros preferiu não comentar o caso e o Departamento de Justiça de Nova York disse ainda não ter sido comunicado sobre o processo. Já o porta-voz do sindicato dos paramédicos da cidade, Robert Ungar, defendeu os profissionais acusados no processo, afirmando que eles não têm autoridade para impedir uma pessoa de fazer aquilo que deseja. “As ‘amarras’ na ambulância são apenas cintos de segurança. Não são restrições involuntárias. Não são como uma camisa de força”, justificou.
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