Leny – Luiz – Clube do Choro – Uma terça-feira para se guardar na memória

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De repente a semana que seguia seu curso normal ganha uma terça-feira feita para se guardar na memória, com Leny Andrade

Fui ao Clube do Choro apenas três vezes em minha vida de brasiliense – uma para ver Pepeu Gomes cantar e tocar violão, sozinho no palco; outra para escutar João Donato e ontem, a terceira vez, para me encantar com Leny Andrade e Luiz Meira. Num par de horas a dupla transformou uma banal terça-feira em data para ficar na história, para se guardar na memória.

Leny Andrade conheço há muitos anos, sempre fui sua fã de carteirinha e me orgulho em dizer, tive o privilégio de conviver com ela por conta de temporadas em que ela soltava a voz em São Paulo, na Catedral do Samba, lugar de música ao vivo onde os artistas que se apresentavam em outros palcos escolhiam para terminar a noite, tomar um drinque e, por que não?, dar uma canja, para sorte e felicidade dos boêmios paulistanos.

Luiz Meira vi pela primeira vez ontem, 13 de março, e descobri que preciso trazer de volta meu interesse pela música, pelos músicos que existem no território tupiniquim. Fui atrás da biografia desse exímio violonista e me descobri um tanto descuidada musicalmente falando uma vez que já devia saber desse rapaz que além de excelente músico é uma bela figura.

Me despertei hoje em estado de graça, encantada com a noite de terça-feira – o Clube do Choro da minha memória era o antigo, pequeno e aconchegante. Para minha surpresa, em sua atual versão, a casa ganhou espaço físico maior mas manteve o charme da anterior. Estava lotada com uma plateia composta de pessoas que foram lá por prazer, por amor à música e sobretudo por admirar os artistas que se apresentaram.

Garçons silenciosos e atenciosos cumpriam muito bem seu papel. Da cozinha vinham pratos para quem quisesse jantar e para os que preferem de fato algo que combine mais com o ambiente – petiscos e drinques. Nada contra quem prefere jantar mas é estranho dar garfadas em pratos enquanto cantantes soltam a voz no palco, especialmente se forem servidos e degustados em uma das mesas da fila do gargarejo. Deixa no ar um clima de churrascaria e isso é tudo o que o Clube do Choro não é.

Mas nada disso ofuscou o brilho da noite nem prejudicou o prestígio da casa. Daqui para a frente vou ficar atenta ao calendário de shows do Clube do Choro –  é lugar que não discrimina saldo bancário. Vou mais longe, paga-se pouco por tamanha diversão.

Mando um recado ao Reco do Bandolim: PARABÉNS!!!!!!!!

Mariza de Macedo Soares

Publicado por
Mariza de Macedo Soares

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