Patrocinadores de sonhos – Parte 3

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Com a coluna, teço loas a Thomas William Selleck, que me faz feliz com seu trabalho e, por isso, é um dos meus patrocinadores de sonhos. E… tenho dito!

Thomas William Selleck, o Tom, que, na década de 1980, arrancou de minha pessoa suspiros de encantamento ao interpretar o papel título na série Magnum P.I, é o protagonista de Blue Bloods. Para ser honesta, o rapaz arrancou suspiros de muitas moças que, como eu, faziam o possível e o impossível para acompanhar o então detetive particular que — se não me falha a memória—“detetivava” numa cidade praiana. Talvez o Havaí, mas isso não importa tanto.
O importante é que agora a telinha traz de volta esse moço que nasceu em Detroit há 73 anos estrelando Blue Bloods (uma série, of course), muito mais bonito que em outras décadas, moço a quem a idade fez um bem danado!

Pois muito bem – esse senhor, o terceiro dos meus patrocinadores de sonhos faz o papel de Frank Reagan, comissário de polícia em New York, membro de uma família com ascendência irlandesa (me parece), três gerações no serviço público, quatro homens (o patriarca, ex-comissário já aposentado, dois filhos homens de Frank “batendo ponto” na NYPD e a única mulher mandando prender ou soltar na promotoria da cidade). Praticamente uma dinastia dedicada à Justiça.


Que não se pense ser uma série pesada. Não é, apesar de se encaixar na categoria “dramas policiais” – os delitos são visualmente tratados com estética cuidadosa de forma a não exibirem cenas sanguinolentas, violentas, imagens chocantes, enfim. Os conflitos estão lá – roubos, assassinatos e por aí vai, mas as imagens não tiram o sono de ninguém. Os episódios são curtos (41, 42 minutos); a fotografia, o cenário e o figurino são ótimos e a melhor parte – tudo acaba bem.

As fotos de New York (uma da cidade ao amanhecer e outra à noite) provocam uma vontade enorme de morar lá, de tão linda e fotogênica se mostra tal metrópole. O tema musical, Reagan’s Theme, apesar de “grudar” na cabeça não enjoa; os closes em Tom Selleck com suas rugas respeitadas, olhos expressivos de um verde meio escuro, barriguinha compatível com a idade, sorriso e voz de sempre deixam na gente a vontade de assistir sem parar a Blue Bloods.

A família de católicos se reúne a cada episódio em torno da mesa de jantar, o que confirma o ambiente familiar. Frank Reagan (Selleck) e o pai, ambos viúvos, ocupam as cabeceiras da mesa. Numa das laterais se acomodam o detetive Danny, filho mais velho de Frank ao lado da esposa e de seus dois filhos ainda meninos. Na outra lateral se sentam sua filha mais velha que é promotora, a adolescente que autenticamente “adolesce” e o irmão mais novo que é… Policial, claro. Tudo isso traz familiaridade a muita gente e talvez seja este o motivo do tamanho sucesso da série. Um dos motivos, melhor dizendo.


Pessoalmente adoro e dou vazão a minha seriemania com grande felicidade. Recomendo.

Blue Bloods é da CBS e está na Amazon Prime. Foram rodadas nove temporadas num total de mais ou menos 177 episódios. Já estou na sexta temporada e torço muito para que gravem logo a décima etc., etc.

Desnecessário dizer que é série em que uma vez mais se vê na América do Norte um lugar onde vale muito a pena viver. Mas essa mania de divulgar o tal de american way of life como sendo a melhor coisa que já se criou no universo faz parte do ufanismo de nossos irmãos do norte. E não se discute. Fim de papo.

Mariza de Macedo Soares

Publicado por
Mariza de Macedo Soares

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