Espera-se ansiosamente pelo Natal, planeja-se comemorar a chegada de Noel durante um ano inteiro, tentando, com essa insana antecedência, descobrir como dar uma cara mais moderna para a noite feliz, buscando receitas inovadoras para a ceia, imaginando um diferente canto para montar a árvore e por aí vai. Tudo para transformar a volta à realidade, no dia 26, num rito de passagem mais leve, mais fácil de levar. Bobagem pura – planeja-se, porém, a coisa para por aí: nos planos.
Passei um Natal incrível, adorável, como sempre desejei – com meus sobrinhos, filha, irmão e cunhada hospedados em casa e muitos planos de fazer diferente a ceia e a troca de presentes. Tentei por vários dias descobrir uma forma de inovar, dar uma modernizada na celebração. Foi em vão porque tradição é tradição, acostuma-se a ela e não há saída – deve ser seguida.
Senão vejamos: preparei os quartos e banheiros de hóspedes com boa antecedência (segui direitinho o que recomendo sempre em minhas colunas) e carinho; comprei um presentinho para cada um; encomendei rabanadas na padaria; chequei adega e geladeira e deixei por três dias o peru imerso em tempero para que chegasse a seu destino final, o forno, no fim do dia 23.
No dia 22, um pouco antes da chegada de meus convidados, a casa já estava prontinha para recebê-los, a geladeira abastecida de bebidas e comidinhas pré-ceia de natal e as lembrancinhas embrulhadas e guardadas num canto porque (inovei!!!) não montei árvore de natal.
Dia 23: café da manhã normal, almoço corriqueiro, dolce far niente no resto do dia até o anoitecer quando a comecei a arrumação da mesa de jantar (para não deixar tudo para a última hora) e então, o bar foi aberto para drinques, tin-tins e aperitivos.
Dia 24, o dia D das comemorações cristãs: novamente café da manhã, almoço, arrumação mais elaborada da mesa de jantar e só depois de todos estarem (mais) arrumados para “festar” é que foi dado “início aos trabalhos” – os drinques foram servidos, as conversas, entabuladas e a vida seguiu alegre e leve, com troca de presentes, brindes, comidinhas e comidonas até a hora de felizes cada qual se retirar para seu quarto, dormir, sonhar ou não por muitas horas.
Ao acordar, com ou sem ressaca, a rotina natalina inevitavelmente prossegue – almoço com as mesmas comidas e bebidas da ceia, uma coisa meio parecida com o dia anterior. A diferença? Os presentes já foram distribuídos e, em alguns casos, uma ressaca acometendo um ou outro exagerado.
Como bem dá para perceber, no fim, não saí da rotina que segue hoje com o enterro dos ossos, arrumação da casa e preparação para o próximo feriado que igualmente será longo e nada inovador. Todos teremos de volta a ceia, os abraços, beijos e uma vez mais, votos de que tudo seja melhor no ano que vem.
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