Sou a Mariza de Macedo-Soares jornalista, crítica de moda, estilo e comportamento. Sem bisbilhotar a vida alheia, consigo “palpitar” sobre assuntos que algumas (muitas…) vezes não me dizem respeito, porém, se perguntada, respondo.
Ou seja, divido com o inquiridor a responsabilidade de opiniões que nem sempre agradam, uma vez que ninguém é unanimidade na difícil arte do deleite. Eu, como não poderia deixar de ser, não sou a exceção que confirma a regra. Nem pretendo.
Vamos em frente – sou paulistana, frequento em bancos, aeroportos e caixas de supermercados as filas lentas e cada dia maiores destinadas aos que já viveram mais de 6 décadas. Nasci em junho na hora exata em que Gêmeos muda para Câncer, o que me permite usar – para me justificar ou “fazer média” – o signo que em melhor condição me coloque.
Dessa forma, me favorecem dois infernos astrais, o grande recurso para melhorar atitudes pouco sociais, descorteses, sobretudo crises de mau humor. A frase – sol em gêmeos (ou em câncer) me tira do sério, mas já, já passa – é um quebra-galho que funciona; ou não…
Apesar disso tudo, por incrível que possa parecer, sou alegre e tenho a terrível mania de ser feliz. Perrengues, como todos nós, já passei e deles consegui sair ilesa. Aliás, nesse momento ando superando um que pode ser considerado “danado”. Explico.
Sem aviso prévio, sem sinais externos, há dois anos fui diagnosticada com câncer. A doença, descoberta num resultado de rotineiro e prosaico exame de sangue, me fez sentir, por um breve momento, um desapontamento com a vida, uma sensação de injustiça que podia me levar à autopiedade.
Comigo não, violão!!!!! Se sou alegre e tenho mania de ser feliz, “vamos em frente que atrás vem gente”. E funcionou a postura que aparentemente poderia ser rotulada de irresponsável ou dissimulada.
Há que se esclarecer que apenas a postura não produziria resultado de deixar contentes os médicos que me acompanham até hoje – foram meses e meses de sessões de quimioterapia, radioterapia e de não interromper a rotina jamais.
Efeitos colaterais? Quase nenhum, a não ser pela queda de cabelos que, ao primeiro sinal de sua inevitabilidade, me levou a tomar rápida e firme decisão: raspei a cabeleira que não era feia, pelo contrário, bem cuidada e sai por aí fazendo gênero, careca, sem lenço nem peruca como disfarce, apenas chapéu para proteger do sol a calva. Afinal, fazer gênero pode ser bom e lançar tendência (como aconteceu), melhor ainda.
Sigo a vida normalmente, encaro o que resta do tratamento sem dramas ou traumas e faço o que mais gosto: escrever criticando (para o bem e para o mal) moda, estilo e comportamento, sem pretender ser “mãe da verdade”, apenas tentando mostrar que tais temas se interligam e bem observados geram elegância, aquela que vem de dentro e influencia o lado de fora de todos nós.
Que não reste nenhuma dúvida: o ponto de vista sempre será o meu, baseado no que vejo e já vivi, nos estudos de quem tem autoridade para descrever e justificar psiques e atitudes alheias – os filósofos, os profissionais do corpo e da mente e… numa assumida não bisbilhotice, observando tudo o que rola por aí.
Até mais!
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