Michelle Manzur, diretora executiva do Leonardo da Vinci | Crédito: Divulgação

Um legado de paixão pela educação

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O sonho de transformar vidas foi o que motivou a fundação do Leonardo da Vinci, em 1969. Criada com a convicção de que a educação é o mais poderoso instrumento de transformação, a instituição busca abrir horizontes, formar cidadãos críticos e construir um futuro mais justo. Há mais de cinco décadas, o colégio se mantém como referência de um ensino que preserva os seus valores ao mesmo tempo em que se adapta aos desafios e às demandas de cada nova geração.

A ideia de criar a escola surgiu a partir de um grupo de jovens professores, que se uniu para oferecer aulas de cursinho preparatório para vestibulares – entre eles, o fundador Jorge Manzur e o diretor executivo Dalvo Cardoso. “Brasília ainda era uma cidade jovem, fervilhando de construções e sonhos, e muitos profissionais chegavam em busca de oportunidades”, conta Michelle Manzur, diretora executiva da instituição e filha de Jorge. À época, os próprios fundadores se desdobravam para executar todas as funções: desde as matrículas e as aulas até a limpeza do espaço. 

Para Michelle, a relevância dessa origem está justamente na força simbólica de ter crescido junto com Brasília. “Assim como a capital, o Leonardo da Vinci foi erguido sobre o trabalho árduo, a coragem e a crença no futuro. A resiliência e o comprometimento dos primeiros anos ditaram os passos de toda a trajetória que veio depois”, ressalta. 

A dedicação trouxe resultados: o número de alunos cresceu rapidamente, o que levou à aquisição do terreno da Unidade Sul, onde passaram a funcionar o supletivo, o cursinho e, em seguida, o ensino médio. Na sequência, na década de 1990, a instituição decidiu investir ainda mais na educação básica, ampliando sua atuação para o ensino fundamental.

No entanto, no início, a diretora ressalta que haviam muitas dificuldades para a atuação da instituição. A questão financeira era um deles, visto que, na época, havia poucos recursos financeiros e sem conhecimentos de gestão. Outro aspecto que também foi desafiador envolveu o trabalho exaustivo e a necessidade de conquistar credibilidade. “Mas a equipe enfrentou tudo com coragem e espírito de união”, conta.

Pessoas e sonhos

Para o Leonardo da Vinci, a instituição é feita de pessoas e sonhos. Michelle explica que isso significa que o maior patrimônio da escola são as pessoas, enquanto os sonhos são os aspectos que os movem. “Acolhemos cada novo colaborador com um mergulho profundo na cultura da escola. O fato de termos os mantenedores presentes faz com que todos possam beber diretamente da fonte do legado”, conta. 

Atualmente, muitos dos primeiros alunos se tornaram avós de estudantes que, hoje, frequentam a escola. Essa continuidade de gerações, para a diretora, mostra o vínculo afetivo e a confiança construída ao longo do tempo. “Também é comum vermos histórias cheias de significado: casais que se conheceram na época de estudantes e, anos depois, voltam à escola para registrar suas fotos de casamento. São cenas que revelam o quanto o nossa escola faz parte da história e das memórias afetivas de tantas famílias”, destaca.

Jorge e Dalvo, presentes até hoje no dia a dia escolar, compartilham histórias e buscam inspirar a equipe constantemente. “Assim, o sonho deles passa a ser o sonho de todos, e o propósito se torna coletivo”, avalia. Com esse diferencial, a instituição consegue unir a tradição com inovação, mantendo os olhos atentos às novidades do mundo. 

Michelle ressalta que o Leonardo da Vinci busca inovar sem perder a essência. “Entendemos que acompanhar as transformações é parte do compromisso de preparar as novas gerações. Hoje, esse movimento é estimulado pelo Comitê de Inovação, que mobiliza as equipes e impulsiona melhorias contínuas — mantendo vivos os princípios do ensino tradicional, mas com a mente e o coração voltados para o amanhã”, acrescenta. 

Olhando para o futuro, a diretora indica que o objetivo da instituição é continuar sendo uma referência em Brasília e no Brasil pela qualidade da educação oferecida. “Queremos seguir formando gerações de estudantes éticos, competentes, curiosos, criativos e solidários, preparados para fazer a diferença no mundo. Nosso propósito é consolidar o Leonardo da Vinci cada vez mais como um espaço de aprendizagem significativa, onde o conhecimento se une aos valores e à formação integral de cada aluno”, acrescenta. 

Três perguntas para Michelle Manzur, diretora executiva do Leonardo da Vinci:

Como foi o processo de expansão de unidades?

Em 1975, foi construída a Unidade Sul (SGAS 903), a primeira sede própria. Em 1995, foi fundada a Unidade Norte (SGAN 914), para atender à comunidade daquela região. Em 2003, a escola deu mais um grande passo com a implantação da Unidade Taguatinga (QS 03 Rua 420). Em meio ao crescimento acelerado de Águas Claras, levamos uma escola de referência para aquela comunidade. Em cada expansão, o compromisso com a essência original permaneceu: oferecer uma educação de excelência, com proximidade e cuidado genuíno.

O que é mais desafiador em gerir uma instituição com tanta história? 

Um dos maiores desafios é lidar com tantas pessoas – colaboradores, famílias e alunos – garantindo que todos se sintam acolhidos e satisfeitos. Somos uma escola de resultados, reconhecida por suas excelentes aprovações. As exigências dos vestibulares são crescentes e as mudanças do mundo contemporâneo são constantes. Diante de tudo isso, é um desafio formar jovens críticos, solidários e emocionalmente saudáveis. E, sem dúvida, manter vivo o legado construído ao longo de décadas é também uma responsabilidade enorme.

Como vocês avaliam o futuro da educação?

Acreditamos que o futuro da educação está em um caminho cada vez mais humano, mesmo em meio à presença crescente da tecnologia. O grande desafio – e também a grande oportunidade – será personalizar as aprendizagens, fortalecendo as competências socioemocionais e formando cidadãos conscientes, capazes de pensar de forma crítica e agir com empatia. A tecnologia seguirá como uma aliada poderosa, ampliando possibilidades e aproximando mundos. Mas o essencial continuará nas mãos das pessoas – no encontro, na escuta, no diálogo e na capacidade de atribuir significado ao que se aprende.