Marcelo Márcio Souza, diretor-geral do Nicolândia | Divulgação

Terra mágica no coração do DF

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Brincar faz parte do desenvolvimento infantil, de acordo com especialistas da área de educação. Além de liberar endorfina, ocitocina e dopamina hormônios relacionados à sensação de alegria e bem-estar —, a prática de atividades lúdicas também desenvolve habilidades motoras e cognitivas. Nesse sentido, incentivar momentos ao ar livre, por exemplo, agregam positivamente à vida das crianças. 

Para isso, os parques surgem como opções interessantes quando o objetivo é entreter os pequenos. Em Brasília, um local que possui o carinho da população há quase cinco décadas, é o parque urbano Nicolândia. Responsável por promover lazer e diversão para diferentes idades, o espaço oferece atrações especiais com comidas e músicas características que encantam e envolvem até mesmo os adultos. Anualmente, reúne aproximadamente 200 mil visitantes.

“A principal inspiração por trás do Parque Nicolândia sempre foi criar um espaço onde as memórias se tornem inesquecíveis e as famílias possam se sentir verdadeiramente conectadas. Desde o início, o objetivo foi proporcionar um ambiente acolhedor e divertido, onde as pessoas pudessem escapar da rotina e compartilhar momentos de alegria e união com seus entes queridos”, conta Marcelo Márcio Souza, diretor-geral do Nicolândia. 

A premissa, segundo Marcelo, é que o parque seja considerado um refúgio de diversão, onde cada visitante possa criar lembranças especiais para perdurar por toda a vida. Esse sentimento foi transmitido por Antônio Hilário de Souza, responsável por fundar o Nicolândia. Aos 22 anos, saindo do interior de Minas Gerais, ele buscou oportunidades em outras cidades do país. 

“Inicialmente, trabalhou no famoso cassino do bairro da Urca, mas com o fechamento dos cassinos em 1945, sua vida tomou um rumo inesperado”, informa o diretor-geral e filho de Antônio. Marcelo conta que o seu pai passou a trabalhar em uma rede de parques de diversões e, após o encerramento de suas atividades, ele recebeu, como parte de um acordo trabalhista, uma pequena roda gigante, conhecida como Roda Magrela, iluminada por mini lâmpadas de fundo de geladeira. 

Antônio, na visão de Marcelo, estava determinado a realizar o seu sonho de trazer alegria às crianças. Para isso, ele percorreu o país com a pequena roda gigante até que, finalmente, conseguiu fundar o Parque Nicolândia. “O que começou com uma humilde atração se transformou em um dos principais parques de diversões de Brasília, trazendo alegria e diversão para gerações de brasilienses”, ressalta. 

O nome do parque, conforme informado por Marcelo, veio do apelido “Nico”, uma forma abreviada do nome Antônio. Encantado com a ideia de criar um espaço mágico para crianças e suas famílias, viu no nome Nicolândia uma oportunidade de fazer uma referência à famosa Disneylândia, combinando o seu apelido com a visão de um lugar repleto de diversão e encantamento. “Assim, nasceu a ‘terra mágica’ de Seu Antônio”, destaca. 

Para o diretor-geral, o Nicolândia tem o compromisso de manter viva sua essência, preservando sua rica história e tradições, enquanto se moderniza constantemente. “A empresa se mantém em contínua evolução, trazendo novas atrações que encantam gerações, sem perder de vista sua origem. A missão do parque sempre foi marcar infâncias, criar memórias duradouras e deixar um legado para os brasilienses”, indica.

Momentos marcantes 

Em 2001, o parque recebeu a sua primeira montanha-russa, a Rollercoaster. A atração, pontuada por Marcelo, iniciou a fase de expansão do Nicolândia. Logo após, com a pavimentação de parte da área do parque, foi inaugurada uma das atrações mais emblemáticas, o Typhoon, que rapidamente se tornou uma das âncoras do local. 

“No entanto, o grande divisor de águas aconteceu em 2014, quando Brasília se preparava para sediar a Copa do Mundo. Para celebrar esse momento histórico, a Nicolândia presenteou a cidade com a Ferris Wheel, uma roda-gigante de 40 metros de altura, que proporciona uma vista espetacular dos principais cartões-postais de Brasília, tornando-se um ícone não só do parque, mas também da capital”, diz.  

Três perguntas para Marcelo Márcio Souza, diretor-geral do Nicolândia:

Como o parque contribui para a economia local?

O Nicolândia desempenha um papel importante não apenas como uma atração turística, mas também como um gerador de empregos diretos e indiretos. Ao longo dos anos, o parque tem contribuído para a geração de renda na região, contratando funcionários para diversas funções, além de fomentar o comércio ao redor com o aumento do fluxo de visitantes. O parque também se envolve em projetos sociais, promovendo eventos e atividades que valorizam a cultura local e a inclusão.

Quais as novidades para os próximos meses? 

A Semana da Criança, no Nicolândia, será ainda mais especial este ano com o evento temático “Parque Encantado”. Durante essa semana, o parque se transformará em um verdadeiro espetáculo mágico, com um palco central dedicado a apresentações de artistas circenses, shows ao vivo e uma programação repleta de atividades interativas. 

Qual mensagem você deixaria para a população? 

Para a população de Brasília, que cresceu com o Nicolândia, a nossa mensagem é de profundo agradecimento. Vocês são parte essencial da nossa história e da nossa evolução ao longo dos anos. O parque foi construído para ser um lugar onde memórias especiais são criadas, e é uma honra saber que tantas gerações guardam lembranças queridas de momentos vividos aqui.

Para as futuras gerações, queremos dizer que o Nicolândia continuará sendo um espaço de diversão, magia e união familiar. Estamos sempre nos reinventando para garantir que cada visita ao parque seja tão inesquecível quanto a primeira. Esperamos que, assim como no passado, o parque siga sendo um refúgio de alegria e uma fonte de boas memórias por muitos e muitos anos.