O termo ESG, no Brasil, tem chamado a atenção em diferentes nichos do mercado. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a sigla faz referência a um conjunto de práticas voltadas para a preservação do meio ambiente, responsabilidade com a sociedade e transparência empresarial.
De acordo com o levantamento da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), o engajamento com a agenda ESG, no território brasileiro, salta 24 pontos percentuais em 2024 frente a 2023, com 71% das empresas adotando-a. Indica-se que o movimento é liderado pelo setor industrial, que se destaca na implementação de iniciativas sociais e ambientais. No levantamento, ainda é pontuado que os resultados sugerem a urgência de integrar a sustentabilidade de forma mais profunda nas estratégias empresariais.
No entanto, o assunto, para muitos, ainda pode ser complexo. Ciente desse cenário, Mariana de Góes Borges buscou auxiliar as empresas nessa jornada. Foi nesse contexto que surgiu a Consultoria Mariana Borges. “Comecei a operação em 2023, quando percebi a crescente necessidade de as empresas se adaptarem às novas exigências de sustentabilidade e responsabilidade social. Foi um momento de virada, onde juntei minha paixão pelo tema com a vontade de fazer a diferença no mundo corporativo”, explica.
Mariana conta que, ao longo da sua trajetória profissional, viu muitas empresas enfrentando dificuldades para se alinhar com as práticas ESG. A partir dessa avaliação, a empresária buscou ajudar a transformar esse cenário, oferecendo uma orientação voltada ao tema. “Em 2020, ouvi o termo ESG pela primeira vez. Fui selecionada para ser Fellow da Universidade da Cidade de New York, uma iniciativa que reúne profissionais de todo o mundo para discutir temas e realizar pesquisas ligadas ao terceiro setor. Lá, discutimos muito sobre problemas globais, tendências e desafios do terceiro setor e da sociedade em geral”, conta.
Na avaliação da consultora, no contexto atual dos negócios, não basta acompanhar as tendências, é importante preparar-se, antecipar-se a elas, prevê-las. Para isso, torna-se necessário o investimento das organizações nas pessoas do seu núcleo corporativo. “Acredito muito que o que transforma as empresas são as pessoas, então, precisamos investir no desenvolvimento delas e em novas habilidades para fazerem a transformação que as empresas precisam. Enraizar a sustentabilidade na cultura é fundamental para implementar a agenda ESG na estratégia das empresas”, ressalta.
Por essa razão, a consultoria de Mariana atua em conjunto com as organizações, com capacitação e mentorias individuais ou em grupo. A abordagem é desenvolvida com a formação de equipe sobre os princípios do ESG, suas implicações e como incorporá-los no dia a dia da empresa. O objetivo é capacitar os colaboradores para a mudança de mentalidade e para compreender e abraçar a cultura ESG, promovendo a conscientização e a adoção de práticas responsáveis.
“Desenvolvi uma metodologia de implementação da agenda ESG, baseada em práticas recomendadas brasileiras e referências internacionais, que chamo de Jornada ESG. Esta jornada é dividida em sete fases, desde o alinhamento estratégico com a alta liderança sobre suas motivações e expectativas, passando por um diagnóstico profundo dos impactos positivos e negativos que a empresa gera, desenvolvimento de um plano de ação, implementação, monitoramento e comunicação”, contextualiza.
Três perguntas para Mariana de Góes Borges, CEO da Consultoria MB:
Por que o ESG é tão relevante nos dias de hoje?
O tema é super relevante, porque estamos em uma fase de transição econômica e social, onde a sustentabilidade e a responsabilidade social são muito importantes na nova economia. Basicamente, trata-se de um jeito diferente de fazer negócios, onde as empresas não pensam só em ganhar dinheiro, mas também em cuidar do meio ambiente e das pessoas. Isso é movido pelas novas tecnologias e pelas mudanças no que consumidores e investidores valorizam. As empresas que adotam práticas ESG estão na frente, pois são vistas como mais responsáveis e preparadas para o futuro. É um jeito mais sustentável e consciente de crescer e ter sucesso.
Para você, qual o futuro das empresas?
Acredito que o futuro das empresas está relacionado a elas se tornarem cada vez mais responsáveis e sustentáveis. As que abraçarem o ESG como parte fundamental de suas estratégias estarão melhor posicionadas para enfrentar os desafios futuros e terão um papel central na construção de uma sociedade mais justa e sustentável. E isso gera vantagem competitiva e resultados. Pelo lado dos profissionais, os que estiverem atentos, estarão mais bem preparados para aproveitar as oportunidades que surgirão em suas carreiras.
Quais são as dúvidas mais frequentes relacionadas ao seu negócio?
As dúvidas mais comuns são sobre como começar a implementar práticas ESG, se são para todas as empresas e como medir o impacto dessas iniciativas. Muitos também perguntam sobre os custos e benefícios a longo prazo, além de como engajar todos os níveis da organização nesse processo. Por onde começar, minha metodologia responde: seguir os passos da Jornada ESG é o caminho e pode ser feito com o apoio de uma consultoria ou por profissionais da empresa. Sobre se adotar os princípios ESG é para todas as empresas, eu respondo que sim. É para todas as empresas, independentemente do porte, setor ou segmento.