Dados apresentados pelo Índice de Cidades Empreendedoras (ICE), em 2023, indicaram que Brasília se tornou uma das cidades mais empreendedoras do Brasil. A pesquisa, desenvolvida pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), pontuou que quatro aspectos estimularam o crescimento da capital no ranking, sendo eles infraestrutura, mercado, cultura empreendedora e o acesso à região.
O salto expressivo de Brasília, que ocupava a 69ª posição, é explicado devido ao estímulo ao ambiente de negócios. Nesse sentido, para somar ao segmento, mais uma iniciativa surgiu na cidade, neste ano, procurando potencializar o desenvolvimento do empreendedorismo brasiliense: o Conselho Internacional de Empreendedorismo, Relações Governamentais e Intercâmbio Comercial.
Lançado na primeira quinzena do mês de março, o Conselho Internacional, colegiado da Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF), foi construído com a premissa de conectar empresários do Distrito Federal a oportunidades de negócios em outras partes do mundo.
“Queremos ser a ponte de ação entre o ambiente interno, o ecossistema do setor produtivo do Distrito Federal e região e as oportunidades de negócio externas. Vamos fazer isso em parceria com as embaixadas, organismos e entidades internacionais”, afirmou a presidente do Conselho, Vanessa Mendonça.
Ela indica que, para isso, esses diálogos serão estabelecidos de maneira sólida e confiável, fundamentado em experiências prévias bem-sucedidas e por meio de parcerias estratégicas com diversos mecanismos de cooperação. “Além da participação ativa em eventos internacionais relevantes, o Conselho buscará estabelecer uma comunicação constante e transparente, promovendo o intercâmbio de informações e experiências para fortalecer as relações comerciais e facilitar o acesso a novos mercados para os empresários”, explica.
Segundo Vanessa, a ideia do Conselho surgiu a partir do presidente da ACDF, Fernando Brites. A iniciativa foi inspirada pela visão, experiência e necessidade percebida de fortalecer e promover o intercâmbio comercial e as relações governamentais internacionais, visando o crescimento do empreendedorismo em diversos setores.
Para a presidente, o colegiado pode ser considerado uma plataforma dedicada a fomentar parcerias e oportunidades de negócios, visando o crescimento sustentável dos empreendedores. “Nosso foco prioritário é o Distrito Federal, conectando oportunidades de negócios com empresas nacionais para atender o mercado internacional”, ressalta.
Na visão da presidente, a relevância do Conselho na capital está relacionada ao potencial internacional do Distrito Federal devido à sua posição estratégica no centro do país, à presença de um eficiente HUB aéreo e à concentração de diversas representações diplomáticas. “Além disso, a região se destaca pela produção agrícola diversificada, que inclui grãos, frutas, hortaliças e flores, bem como pela pecuária, com criação de gado bovino, aves e suínos. Na área de agroindústria, destacam-se produtos como queijos e vinhos”, avalia.
Vanessa ainda destaca que outras áreas também fomentam a conquista de mercados internacionais, como é o caso do setor artesanal. “Oferecemos uma variedade de produtos, desde cerâmicas, flores até peças de madeira e esculturas. Essa diversidade de produtos e a qualidade de sua produção representam oportunidades promissoras para o comércio internacional, contribuindo para o desenvolvimento econômico e cultural da região”, complementa.
Expansão empresarial
Composto por 40 empresários de diversas áreas de atuação, como tecnologia, eventos, comunicação, turismo e artesanato, Vanessa destaca que o Conselho tem a convicção de que promover oportunidades e benefícios para os empresários brasileiros é fundamental para o crescimento econômico e a expansão global de nossas empresas.
“Acreditamos firmemente que Brasília pode desempenhar um papel crucial como o HUB de exportação do Brasil para o mundo, aproveitando sua posição estratégica e a presença de diversas representações diplomáticas. Estamos prontos para sermos um elo de conexão entre os interesses dos países representados pelas embaixadas, numa atuação estritamente comercial, buscando fortalecer as relações bilaterais e facilitar o comércio internacional”, ressalta.
Três perguntas para Vanessa Mendonça, presidente do Conselho Internacional de Empreendedorismo, Relações Governamentais e Intercâmbio Comercial:
Quais os objetivos do Conselho a curto e a longo prazo?
Os objetivos a curto prazo incluem estabelecer parcerias estratégicas, enquanto a longo prazo buscamos a expansão global das empresas brasileiras.
Quais os projetos que serão implementados?
Projetos como missões comerciais, networking internacional e programas de capacitação estão sendo planejados. Algumas iniciativas já estão em andamento, a exemplo de missões comerciais que receberemos nessa próxima semana em Brasília. E eventos com temas internacionais que atendam de forma efetiva a demandas dos empresários.
Por que a atuação na área de empreendedorismo?
Brasília, a capital brasileira, nasceu do empreendedorismo visionário de Juscelino Kubitschek, um símbolo do espírito audacioso de empreender e criar algo do zero, do nada. Mesmo diante das incertezas, inseguranças e desafios inerentes ao processo, o empreendedorismo resplandece como uma força transformadora e inspiradora.
Acreditamos firmemente que, seguindo os passos de Juscelino, o Conselho Internacional de Empreendedorismo, Relações Governamentais e Intercâmbio Comercial pode ser um agente catalisador de novas oportunidades, crescimento e desenvolvimento para Brasília e para todo o Brasil.