Sonhos intranquilos

foto da cadelinha Lolla.sono dos bichos
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Sono: Cães podem sofrer de apneia, ronco, narcolepsia e até de insônia. Distúrbios do sono não têm causa definida e devem ser avaliados caso a caso

 

Uma boa noite de sono repercute em diversos aspectos da saúde e do bem-estar. A hora do repouso é algo esperado e valorizado inclusive pelos bichinhos. Assim como os humanos, eles sonham e podem ter distúrbios do sono. Quem entende bem disso é a estudante Carla Teixeira, 20 anos, dona da cachorrinha Frida. Desde a tenra idade, a chin (spaniel japonês) de 4 anos apresenta falta de ar enquanto dorme. O diagnóstico? Apneia noturna.

A tutora conta que a cachorrinha, de focinho pequeno e achatado (braquicéfalo), nunca havia dado sinais de dificuldade respiratória enquanto acordada. “Quando ela começou a apresentar esse quadro, levamos um susto. Para nós, era tudo novo e não sabíamos como lidar. Acreditávamos que era uma espécie de espirro reverso e fazíamos massagem no pescoço dela. Depois, notamos que poderia ser algo mais”, lembra. Como as crises eram angustiantes, Carla resolveu procurar ajuda. “Acredito que ela já tenha se acostumado. Ficamos atentos à respiração e a barulhos que ela faz durante a noite”, diz. A família dá todo o suporte e, segundo a estudante, as visitas ao veterinário são constantes.

Além da apneia, que geralmente é acompanhada de ronco e cansaço durante o dia, os pets são muito suscetíveis a narcolepsia  — estado de sono súbito e profundo, com paralisação total ou parcial dos músculos. Já a insônia é um tanto quanto rara e, na maioria das vezes, reflexo de outros problemas, tais como artrite, insuficiência renal, alergia ou tireoidismo. A médica veterinária

Francielle Kushminski explica que os donos precisam estar atentos à quantidade de cochilos do animal durante o dia. “Os distúrbios do sono podem estar atrelados a problemas de saúde, como vermes e até mesmo problemas neurológicos. Normalmente, as sonecas são um alerta”, explica. O quadro pode ser passageiro e inofensivo, mas apenas exames clínicos e laboratoriais fecharão o diagnóstico.

Quando a estudante Gabriela Abreu, 18 anos, levou a buldoque francês Kira, 4, ao veterinário, confirmou suas suspeitas: a raça é muito suscetível a problemas de sono por conta do focinho achatado, que dificulta a respiração. Os roncos de Kira são tão altos que a caminha dela fica em local afastado, para que o barulho não incomode os demais moradores da casa. “Recebemos orientação de que é melhor poupá-la de exercício físico, sobretudo em dias secos e ensolarados. Além disso, a Kira tem muita alergia — creio que isso colabore ainda mais para os roncos dela”, aponta a jovem. Fora os roncos, a cachorrinha é tranquila e, no quesito sono, acompanha os horários da família.

A veterinária Ana Catarina Valle alerta para os casos de sono irregular. A inconstância é um indício forte de distúrbio, mas a confirmação é feita com exames como tomografia e ressonância magnética. O tratamento varia de animal para animal, mas, para a especialista, a homeopatia e a acupuntura são excelentes aliados. “A medicina chinesa tem base em horários biológicos. Por exemplo, se o cãozinho apresenta insônia entre a 1h e as 3h, investigamos uma alteração hepática”, esclarece.

foto de um casal com sua cadelinha.sono.
Foto: Jhonatan Vieira/@cbfotografia Cadela Lola, de Rogerio Duarte e Ariella Oumori.

A beagle Lolla, de 3 anos, vive assustando os donos, Ariella Oumori, 25, e Rogério Duarte, 27. A cadelinha tem um sono agitado, com sonhos que a fazem chorar, mexer as patinhas e até latir. “Às vezes, ficamos com vontade de acordá-la, mas sempre deixamos pra lá”, comenta Ariella. A veterinária Francielle Kushminski ressalta que o sono dos pets é dividido em duas fases: não REM (Rapid Eye Movement) e REM. “Na segunda, o sono é profundo. Os cães sonham, podem fazer sons e até mesmo movimentos”, ensina.

Especialistas acreditam que o cão deve ter um sono calmo e um horário biológico que acompanhe o do dono. Para a veterinária Ana Catarina Valle, uma casa com harmonia colabora diretamente para um sono tranquilo. Hábitos saudáveis também colaboram para o bem-estar dos fiéis companheiros — inclusive nas horas de descanso.

 

Você sabia?

Humanos costumam seguir um padrão binário de sono: dormem cerca de 8 horas durante a noite e ficam acordados de dia. Cachorros, não.

         Normalmente, eles ficam:
20% do dia acordados e ativos
30% do dia acordados, mas inativos
50% do dia dormindo

         Hora de sonhar
Entre os humanos, o estágio REM corresponde a 25% do sono.
Entre os cães, não passa de 10%

 

(da Revista do Correio)

Cães e gatos: Dupla dinâmica

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Cães e gatos são inimigos em desenhos animados, mas, na vida real, podem se dar superbem

 

A velha história de que cães e gatos não se dão bem não passa de lenda. Os bichinhos podem, sim, viver em harmonia no mesmo ambiente. A professora Patrícia Marangon tem, em casa, três gatos (Pitágoras, Catarina e Gael) e uma cadela (Dalila) e, por incrível que pareça, os pets nunca precisaram ser apartados. “Eles se curtem muito. Cada um tem a sua personalidade e jeitinho de ser, e isso influencia muito, mas sempre os vejo muito abertos a uma aproximação.”

(da Revista do Correio)

foto mostra amizade4 entre cães e gatos
Foto: Arquivo Pessoal. Todos juntos – cadela Fridha e gatinhos Catarina, Pitágoras e Gael.

O primeiro adotado foi Pitágoras, que, apesar de uma síndrome no intestino que causava receio quanto  à introdução de outro bicho na família, abriu espaço para Catarina. Antes de Dalila, havia ainda a cadela Fridha, hoje falecida. “Quando a Fridha chegou, ficou totalmente recuada. Ela sempre respeitou muito o espaço dos gatos”, lembra a professora. A convivência foi pacífica desde o primeiro momento, mas, um dia, Gael tomou a iniciativa de acariciar as patas da cadela. Foi o início de uma bela amizade. “O Gael tem um espírito meio de cachorro e viu em Fridha uma mãe — dormia com ela, ficava juntinho o tempo todo”, recorda a dona.

Dalila entrou na história em 2014, quando Fridha já havia partido. Como ela havia sido resgatada da rua, pouco se sabia sobre sua personalidade. Felizmente, deu tudo certo. “Ela e Gael se dão superbem. Às vezes, ela tenta brincar com os outros gatos, mas eles já não curtem tanto”, detalha. Há momentos em que cada um fica na sua, mas quando Patrícia e a companheira estão em casa, a família se reúne — nos fins de semana, já é uma tradição que fiquem todos no sofá para ver televisão. “Essa história de cães e gatos não se darem bem é besteira. Vejo que todos se respeitam muito e o que faz diferença é a forma como o ser humano possibilita a aproximação”, resume.

A médica veterinária Valéria Cunha explica que qualquer animal pode conviver com outro desde que haja um preparo para isso. Quanto antes o novo pet for introduzido, melhor para a dinâmica do lar. “Isso não quer dizer que, se um deles for mais velho, não dará certo. É só apresentar de forma correta”, aconselha. Pedro Ilha, também médico veterinário, concorda e vê benefícios na companhia que um bichinho faz ao outro. “Hoje em dia, as pessoas trabalham muito, ficam muito tempo ausentes de casa. Então, é legal um ter ao outro. Assim, ficam menos solitários.”

Esse é o caso da cadela Nina e do gatinho Mimi, que não se desgrudam.
A dona, a estudante Amanda Medeiros, conta que Nina sempre gostou de gatos. “Quando descíamos para passear, ela corria para um prédio onde havia uma gatinha e ficava de olho. Por causa desse encanto dela, eu quis adotar um gato, mas o meu medo era de que o bichano a arranhasse.” Amanda deu uma chance e adotou Mimi, que, quando chegou, fez Nina pular de tanta alegria. “Ela cheirava, lambia e não saía do lado da caixinha dele. Ela virou mãe do Mimi. Os dois são superunidos”, relata.

foto mostra amizade entre cães e gatos
Foto: Arquivo Pessoal. Cadela Nina com o gatinho Mimi.

O carinho de um pelo outro é tão grande que, quando Mimi tenta dar uma escapadinha e desce escondido as escadas do prédio, Nina vai atrás e o busca. Quando chegam em casa, os dois brigam, mas logo se acertam novamente. Se tem visita e alguém quer passar a mão em Mimi, Nina fica cheia de ciúme e já chega cheirando a pessoa para ter certeza de que está tudo bem. Além disso, os dois dormem juntos e, quando um acorda, o outro também se levanta.

Amanda acredita que essa interação depende muito da personalidade de cada animal. “Existe cachorro que não se dá bem com cachorro, e gato que não gosta de gato. Isso não tem nada a ver com a espécie. Esse papo de que cão e gato se odeiam é uma ideia vendida por filmes e desenhos animados”, critica. O veterinário Pedro Ilha ajuda a desmistificar essa questão: “Cães e gatos têm formas diferentes de manifestar carinho. É errado comparar os dois. Às vezes, o felino pode se estressar só de sentir o cheiro de cachorro, mas são felinos que nunca tiveram nenhum contato com cães”.

Outra história de amizade entre espécies é a dos pets da jornalista Ana Maria Sousa. A cadela Letícia era a única na casa até a chegada de Lancelot, que por ser muito pequeno, era o “protegido”. “Quando minha filha, Bárbara, chegou com o gatinho, pensei que seria uma confusão enorme. Ela o protegia o tempo todo para que Letícia não fizesse nada contra ele.” Mas, ao contrário do que imaginavam, depois de um tempo, os dois se deram muito bem e hoje não se incomodam em dormir juntos ou dividir rações e carinhos.

Para Ana Maria, o fator decisivo para a adaptação é o ambiente. “Acho que o animal absorve muito do estilo de vida dos donos, então a forma que os criamos facilitou. A Lele é muito receptiva com tudo e todos, talvez por isso tenha sido tão tranquilo.” De vez em quando, o gatinho Lancelot gosta de atiçar a cadela com tapas, mas, mesmo assim, Letícia mantém a pose e continua sossegada em seu canto, provando que até os pets sabem relevar alguns comportamentos em prol da boa convivência.

Assista o vídeo:

https://youtu.be/M7vzaiwhVLE

Bichos: Confira os eventos do fim de semana

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Muitos bichos para adoção em três feiras, evento de observação de pássaros prometem balançar o fim de semana do brasiliense. Aproveite,adote um peludinho e seja uma pessoa mais feliz!

 

cartaz da feira de adoção de bichos da SHB

 

 

Feira de adoção SHB

Sábado 22, das 10h às 16h

SIA trecho 2 – Petz

 

 

 

 

 

 

 

cartaz da feira de adoção de bichos do armazém rural

 

Feira de adoção do Armazém Rural

Sábado 22, das 9h às 15h

409 sul

 

 

 

 

 

 

 

cartaz de feira de adoção de bichos Atevi

 

 

 

Feira de adoção ATEVI

Sábado 22, das 09h às 15h

408 Norte

 

 

 

 

 

 

 

Bichos.foto de uma pessoa observando pássaros

 

Big Day Brasil: um dia para passarinhar

No dia 22 de outubro acontece o Big Day Brasil, evento que reúne pessoas de todo o País para um desafio: observar o maior número de espécies de aves livres em 24 horas. É possível participar de qualquer lugar, seja da janela de casa, nas ruas, em um parque ou numa Unidade de Conservação. O importante é “capturar” a ave com os olhos, sem incomodar o pássaro ou o ninho. As espécies observadas devem ser listadas na plataforma colaborativa eBird  com informações, fotos e/ou filmes.

 

 

 

O menino que sofre e se indigne diante dos maus tratos infligidos aos animais, será bom e generoso com os homens.

Benjamin Franklin

Adoção de animais: Confira as feiras do fim de semana

Confira as feiras de adoção de animais
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Adoção de animais nesse fim de semana

Abrigos do DF realizam várias feiras de adoção de animais neste fim de semana. Agora só não adota quem não quer.

imagem mostra cartaz de feira de adoção de bichos

Feira de adoção de bichos do Abrigo Flora e Fauna

sábado 15/10 das 11h às 16h

108 sul

 

 


imagem mostra cartaz de feira de adoção de bichos

 

Feira de adoção de bichos e campanha de prevenção do câncer de mama em animais

do Projeto São Francisco

sábado 15.10 das 10h às 15h

SIA trecho 2, ao lado da Gravia

 

 


imagem mostra cartaz deimagem mostra cartaz de feira de adoção de bichos

 

Feira de adoção de bichos da  Atevi

sábado 15.10 das 09h às 15h

CLSW 101,bloco A, loja 42

 

 

 


imagem mostra cartaz de feira de adoção de bichos

Feira de adoção de bichos do Abrigo Flora e Fauna

Domingo 16/10 da 11h às 15h

SIA trecho 2, ao lado da Gravia

 

 

 

Os animais são amigos tão agradáveis: não fazem perguntas, não criticam.

George Eliot

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Adotar um pet: Até parecem de pelúcia

imagem mostra crianças com seus pets.Adotar um pet
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Adotar um pet é um presentão para as crianças. Além de encantar, os bichinhos  contribuem para uma vida mais sadia

 

É comum as crianças pedirem um bichinho de estimação “de presente”. Preocupados com o trabalho e a responsabilidade resultantes da adoção, os pais nem sempre cedem. Há, porém, um bom argumento para aumentar a família: os pets colaboram para o desenvolvimento da inteligência emocional infantil.

A bióloga Deborah Villeth é defensora dessa tese. Mãe da Beatriz, 10 anos, e da Mariana, 7, tem, atualmente, seis cachorros em casa. “Desde que minhas filhas eram bebês, elas convivem com cães e gatos. Sempre que posso, resgato, cuido e doo animais. Já cheguei a ter 13 em casa”, revela. Deborah cresceu rodeada de mascotes e contou com a compreensão dos pais, pois queria levar para casa todos os animais abandonados que encontrava.

Graças a essa influência, as filhas da bióloga convivem muito bem com animais desde bebês — ao chegar da maternidade, as duas foram apresentadas e acolhidas pelos pets. “Elas amam. Abraçam, brincam de vestir, de mamãe e filho… Por vezes, digo que os cachorros sofrem na mão delas. Elas fazem das pobres os melhores brinquedos”, brinca.

Foto mostra garota e seu gato.Adotar um pet
Foto: Arquivo Pessoal. Beatriz e a gatinha Síria.

O carinho não é apenas com os cães. Apesar do preconceito que ainda cerca a relação entre gatos e bebês, a família tinha uma gatinha chamada Síria, que demonstrava muita paciência com a Beatriz. As duas eram grandes companheiras — a menina ficava agarrada à felina como se fosse pelúcia — e sempre assistiam à televisão juntas. Além de todo o amor desenvolvido entre as crianças e os pets, é sabida que a interação proporciona liberação de endorfina, dopamina e outros hormônios que reduzem a ansiedade e relaxam os humanos.

Segundo estudo realizado pela Universidade de Oklahoma, crianças que convivem com cães de estimação têm menos probabilidade de sofrer de ansiedade infantil. Para Deborah, os benefícios são óbvios, a começar pelo senso de responsabilidade — as filhas ajudam nas tarefas que envolvem os pets e, quando estão em locais públicos, se preocupam em recolher as fezes dos animais. Quando veem, por exemplo, pessoas gritando ou puxando as guias das mascotes, pedem para a mãe intervir. “Sinto muito orgulho da empatia que elas têm e não consigo imaginar nossa casa sem bichos.”

Daniele Vilas Boas é especialista em psicologia infantil explica que a relação entre crianças e bichos de estimação pode trazer grandes recompensas. Mesmo os bebês se beneficiam com o estímulo e interagem engatinhando e emitindo sons. “Não tem por que estipular uma idade específica para introduzir um bichinho na família, já que a troca afetiva e a sensação de bem-estar são enormes”, defende. “O maior aprendizado que posso citar em relação a essa interação é o de se colocar no lugar do outro. A criança aprende novas linguagens, como a corporal e a gestual — isso amplia a capacidade de percepção.”

O médico veterinário Paulo Henrique Lino concorda e completa: “Os animais favorecem muito a evolução das crianças. Elas se tornam mais sociáveis e menos introspectivas — desenvolvem sensibilidade e respeito ao lado humano e animal”. É uma forma de ajudar a criança a não ser somente cuidada, mas a ter noção de como é cuidar de alguém. É o caso da filha da professora Rosalina Bernardo. Ana Beatriz, 9 anos, faz da shih tzu Lucy sua grande companheira. “Ela sempre amou animais, principalmente cachorros. As duas fazem tudo juntas. Brincam, passeiam, dormem na mesma cama. Acho ótimo porque ela também está sempre disposta a ajudar com as obrigações da cadelinha. O senso de responsabilidade dela hoje é outro”, comenta a mãe.

foto mostra garotinha com seu cãozinho.Adotar um pet
Foto: Arquivo Pessoal. . Ana Beatriz e sua cadelinha Lucy.

Lucy está na família há dois anos e meio e conquista a todos. Antes dela, aos 4 anos, Ana Beatriz teve outro cachorrinho. Por ser seu primeiro contato com um bichinho de estimação, a menina era encantada pelo animal. “Os dois eram ainda mais próximos. A troca de carinho era imensa, e vejo que foi ótimo para estimular a fala e tudo mais.” Paulo Henrique explica que os pets podem ser um ótimo estímulo à linguagem infantil. “As crianças são sempre encorajadas a chamar o pet pelo nome ou mandar sentar, por exemplo.”

De acordo com um estudo realizado pela Universidade da Califórnia, os pequenos que convivem com cães melhoram consideravelmente as habilidades em leitura. A explicação científica envolve um mundo de sonhos — segundo os especialistas, quando na presença de um cão, as crianças pensam estar lendo histórias para o animal, esquecendo-se do seu próprio aprendizado. Dessa forma, o estímulo torna-se completamente satisfatório. Por presenciar os benefícios em sua própria casa, Rosalina Bernardo não hesita em incentivar outras famílias a adotar uma mascote. “Sempre falo para as mães terem bichos em casa. Muitas relutam porque dá trabalho, mas é ótimo e vale super a pena, principalmente por conta da companhia e da alegria”, resume.

Para Ana Beatriz, que é filha única, a cadelinha tem um papel ainda mais importante. “As crianças têm nos animais um companheiro, alguém para quem podem contar tudo sem medo de serem censuradas. Tudo se resume a um novo conhecimento, a lidar com as diferenças e as deficiências. É possível notar o desenvolvimento do senso humanitário desde cedo, com valores como bondade e altruísmo”, detalha a psicóloga Daniele Vilas Boas. Apesar de todos os benefícios, é importante ressaltar que a adoção ou compra de um bicho de estimação deve ser feita de forma consciente. A família e a criança devem levar em consideração os gastos e o trabalho envolvidos, para que não haja abandono posteriormente.

 

Bom para a saúde

Além de estimular a inteligência emocional das crianças, animais de estimação também têm influência comprovada na saúde dos pequenos. Pesquisas da Universidade de Melbourne apontaram que as crianças que tiveram algum tipo de animal até a idade de 5 anos, posteriormente se tornaram mais resistentes a algumas doenças. Enquanto isso, aquelas que não tiveram a experiência eram mais propensas a desenvolver alergias e infecções respiratórias.

Outro ponto interessante é que presença de bichinhos combate o estresse. Donos de cães ou gatos tendem a apresentar frequência cardíaca e pressão arterial significativamente mais baixas se comparadas àqueles sem animais de estimação. Outro estudo, este publicado no American Journal of Public Health, revelou que a exposição ao ar livre nos passeios com cães pode reduzir os sintomas do deficit de atenção em crianças.

Socorro! Elas precisam de um lar e muito amor

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De vez em quando, aqui no Blog Mais Bichos, chegam histórias comoventes. Escolhemos essa manhã de sábado para para tocar seu coração, caro leitor.
Essas duas mocinhas aí embaixo são mãe e filha. Lindas, saudáveis e castradas,
não conseguem ficar longe uma da outra, o que torna a sua adoção muito mais difícil.
Nas tentativas já feitas, chegam a adoecer, param de comer e partem o coração de qualquer um,
como nos relatam as responsáveis pelo Projeto Rua Nunca Mais.
Foram resgatadas na rua há um ano, numa tarde chuvosa.
Chamam-se Suri, 2 anos, e Gabi, a filhota, uma formosura de 1 ano.
cadelinhas cópia
Contato pelo WhattsApp: (61) 9 9974-4889
Projeto Rua Nunca Mais

Patricia Queiroz e Ana Paula Ferreira – Caipi Violet

 

No Dia Nacional de Adotar um Animal, conheça Jade e outros pets

Dia Nacional de adotar um animal
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Em homenagem a São Francisco de Assis, o 4 de outubro foi escolhido o Dia Nacional de Adotar um Animal. Os abrigos estão lotados de cães e gatos. Leve um — ou mais — e seja muito feliz!

(por Roberta Pinheiro-Especial para o Correio) (fotos Luís Nova-Especial para o Correio)

“Você gosta mais do Jonatan do que mim”, disse uma vez Paola, 14 anos, para a mãe, Ana Paula de Vasconcelos, 38. “Até em viagem ela (Ana Paula) encontra um jeito de cuidar dos animais. Eles vão para a porta do hotel atrás de comida”, conta outra vez a filha. A dedicação e o empenho da advogada Ana Paula começaram em 2011 quando ela se mudou para o Lago Norte e teve contato com a realidade do abandono. Primeiro, cuidando dos bichos que encontrava atropelados. Depois, passou a dar comida para os que passavam fome até, atualmente, ser procurada por pessoas que querem denunciar maus-tratos. No Dia de São Francisco e no Dia Nacional de Adotar um Animal, pessoas como Ana Paula mostram a importância da corrente do bem da adoção.

O envolvimento de Ana Paula com o universo da proteção dos animais foi inevitável. A cada cão que encontra precisando de ajuda, a advogada resgata, dá tratamento veterinário, castra e faz parceria com feiras de adoção. Em casa, já tem nove. A vontade era ter mais, mas sabe que não conseguiria oferecer um lar digno como eles merecem. O primeiro contato com a adoção veio com Lilica. Em uma feira, ninguém queria a cachorra de pelo branco e caramelo que não tinha uma pata. “Adotaram toda a ninhada, menos ela”, lembra Ana Paula. Hoje, Lilica é uma chamego com as donas.

Com a profissão, Ana Paula também descobriu uma forma de ajudar esses animais. Não sabe como as pessoas encontram o seu telefone, mas recebe ligações frequentes para denunciar maus-tratos. “Sempre que recebo uma denúncia, ajudo a polícia a instruir os inquéritos, custeio o tratamento veterinário e, se ficar comprovada a denúncia, quando o processo chega ao Ministério Público, o animal não volta ao agressor”, explica. Mas, sozinha, não é tão fácil, e Ana Paula percebeu isso. Pagar remédios, tratamento, encontrar um lar digno requer uma corrente. “Uma corrente do bem”, como define a advogada.

Foi assim que ela e a jornalista Rosimeire Marostica, 43, se tornaram amigas e companheiras no cuidado com animais abandonados. “Ficamos amigas, porque ela foi acompanhando a adoção da Tetê. Criamos afinidade e compartilhamos as mesmas ideias”, conta Rosimeire. Hoje, ela ajuda, temporariamente, Ana Paula a cuidar de Jade, uma preciosidade que a advogada retirou dos maus-tratos na última semana (leia Personagem da notícia). “A adoção traz uma oportunidade de dignidade, de vida, de amor para esses animais. Se não se preocupassem com status, com valor, não teríamos tantos abandonados. O amor não exige raça. É uma oportunidade para eles e para a gente também. O animal representa um amor completamente desinteressado. Quando você consegue amar um animal, você entende o amor desinteressado, ele te ama do jeito que você é, feio, bonito, rico, pobre”, afirma Rosimeire. A jornalista já adotou dois. Além de Tetê, tem o Gum. Um cachorro mais velho que viu sendo atropelado no Rio de Janeiro e pegou para cuidar.

Para a diretora do Projeto São Francisco, Dany Nardelli, ainda existem muitos casos de abandono no DF porque falta consciência do proprietário. “Nenhum animal nasceu na rua. O abandono não é privilégio de um animal vira-lata. Há vários casos de animais de raça. Pessoas que compram por impulso, antes de pensar em como vão administrar isso ao longo dos anos. Quando chega no fim do ano, acham que é mais barato abandonar e depois comprar ou adotar outro”, comenta. Além disso, ela ressalta sobre a importância do controle populacional desses animais.

Imagem mostra Paola e  Ana Paula de Vasconcelos que resgatam e cuidam de nove animais .Dia nacional de adotar um animal
Paola e mãe, Ana Paula de Vasconcelos(E), resgatam e cuidam de nove animais, entre eles Lilica (branca) e Jonathan (c). Agora, precisam de um lar para Jade.

 

 

Preciosa Jade

Dia nacional de adotar um animal
03/10/2016. Crédito: Luís Nova/Esp.CB/D.A Press. Brasil. Brasília – DF. Corrente do bem – Amigas que adotam animais. Na foto, a cachorrinha Jade, na Asa Norte.

Não é apenas no nome que Jade é uma pedra preciosa cheia de brilho. No olhar, desde que encontrou carinho e amor, também passou a ver tudo com mais cor e, mais importante, com a cabeça erguida. Na semana passada, a advogada Ana Paula De Vasconcelos, 38 anos, recebeu uma denúncia de maus-tratos. Mais uma ligação relativamente comum na rotina da protetora e cuidadora dos animais. Em uma fazenda, em Brazlândia, Ana Paula encontrou Jade acorrentada. Dos vizinhos, ouviu relatos de espancamento e a razão pela última surra, segundo eles, teria sido uma investida de Jade atrás das galinhas. A advertência do proprietário com um facão rendeu à preciosa cadelinha patas fraturadas e um olho furado. “Ela terá que fazer cirurgia. Está cega de um olho e uma das fraturas é tão antiga que já está calcificada. Preciso muito de um lar para ela. Para que ela tenha uma segunda chance. Para conhecer o lado bom do ser humano. Infelizmente, já cuido de nove cães abandonados em casa e não posso mais oferecer um lar digno para ela”, explica a advogada.

Enquanto espera a adoção, Jade está em um lar provisório. Bastou alguns chamegos que Jade voltou a latir e recuperou a autoestima. “Antes, não levantava a cabeça”, lembra Ana Paula. O brilho está aos poucos voltando. Ainda mancando, ela se aproxima pedindo carinho; se atreve a brincar com outros cachorros e até arrisca uma corrida. “Está aprendendo o que é o amor e o respeito. Apesar de conhecer o lado ruim do ser humano, não perdeu sua doçura e amor. Já está aprendendo a brincar e a receber carinho. Nos primeiros dias, não podia ser tocada que urinava e chorava, com muita paciência e carinho, estamos conquistando a confiança dela e ela já sabe que não irá apanhar mais”, afirma a advogada.

Da vida passada, a pequena de aproximadamente 6 meses deixou para trás o hábito de comer direto no chão e passou a buscar o alimento na vasilha. Agora, também espera reencontrar uma nova casa onde possa até arriscar mais intimidade, como subir na cama, lamber o dono e ganhar pequenos agrados todas as vezes que aprender um novo truque.

Quer adotar Jade? Entre em contato com Ana Paula pelo telefone: (61) 9821.54751

Para adotar, procure:

Projeto São Francisco
adocaosaofrancisco@gmail.com
Instagram: @adocaosaofrancisco
Fb/projetoadocaosaofrancisco


 

Abrigo Flora e Fauna
abrigofloraefauna@gmail.com

www.facebook.com/abrigo-flora-e-fauna
Orcilene: (61) 9842-5461


 

Sociedade Humanitária Brasileira (SHB)
shb.protecaoanimal@gmail.com
contato@shb.org.br
www.facebook.com/SHBAnimal
Alice: (61) 98144-3794


 

Projeto Acalanto
Lucimar: (61) 991076989


Assista o vídeo:

Me adote:

ANGEL_SaoFrancisco APOLLO_SaoFrancisco BELA-acalanto CANJICA_SaoFrancisco GIBA-saofrancisco KIABO_SaoFrancisco LARA_acalanto PIXULA_SaoFrancisco RAISSA_SaoFrancisco Sebastian_Acalanto SISSA_SaoFrancisco TONHO_SaoFrancisco

TADEU_acalanto

Bênção aos animais

Em 4 de outubro, celebramos São Francisco de Assis, o santo protetor dos animais. Os alunos do colégio Santo Antônio, na 911 Sul, costumam levar seus bichinhos para a bênção, às 8h, e às 14h.

Missas no Santuário São Francisco de Assis, na 915 Norte:

Horários: 7h, 8h, 10h, 12h15, 17h, 19h

Saúde: cuidado com os beijos

a foto mostra uma jovem com sua cachorrinha para ilustrar a matéria de saúde
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O contato muito próximo com animais de estimação guarda alguns perigos para a saúde. Fique atento, pois certas zoonoses são transmitidas pelo contato com a saliva do pet

 

Ninguém duvida que o amor dos donos por seus pets é imenso. Contudo, independentemente do carinho, é essencial ficar atento às possíveis zoonoses que o indivíduo está sujeito a contrair. De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia, os animais domésticos podem transmitir mais de 100 doenças para os humanos. Dos tutores entrevistados, 56% deixam os cachorros dormirem na cama. Já os donos de gatos que tomam essa atitude somam 62%.

Esse é o caso da estudante Gabrielli Mayumi, 20 anos, que adotou a cadelinha Mist há cinco e a tratava como parte da família — a cama era um território livre para a mascote. Após algum tempo, Mist começou a se coçar demais e a dona logo a levou ao veterinário para descobrir o diagnóstico: sarna. A cadela iniciou o tratamento, mas o que Gabrielli não imaginava é que ela também poderia ser contaminada com a infecção. Os mesmos sintomas surgiram e praticamente o mesmo tratamento foi receitado. As duas tiveram que usar sabonetes específicos por cerca de dois meses.

Depois do incidente, a estudante tomou algumas atitudes para evitar outra possível contaminação.

“A Mist continua dormindo comigo, mas sempre fico atenta para ver se ela volta se coçando do petshop. Também tento evitar que ela me lamba, pois não acho muito higiênico e tenho medo de alguma doença”, comenta.

Existem três tipos de sarna, mas apenas uma se caracteriza como zoonose — a sarcóptica. Para ser transmitida, é necessário que haja contato direto com a pele do bichinho. O sintoma é idêntico para humanos e animais: coceira. Felizmente, a doença não oferece maiores riscos, mas é indispensável que seja tratada imediatamente para que não haja descamação da pele ou dermatites.

Segundo a médica veterinária Simone Gonçalves, coordenadora técnica do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Distrito Federal, a sarna está entre as zoonoses mais comuns, assim como a raiva, a toxoplasmose e doenças de carrapato. “É importante cuidar bem da higiene do animal, caso a relação entre ele e o dono seja muito próxima.” Isso vale como prevenção tanto para a sarna quanto para qualquer outra doença.

Beijar o bicho e ser lambido por ele não está livre de perigos. Cães e gatos portam bactérias na boca. A Pasteurella, por exemplo, fica na saliva e causa infecção caso entre em contato com feridas abertas. Os sintomas costumam aparecer nas primeiras 24 horas após a infecção e compreendem febre, inchaço, vermelhidão e dor na ferida. A raiva também pode ser transmitida por meio da saliva do animal e oferece grandes riscos para pets e humanos. Ocasionada por um vírus, a doença não tem cura e pode levar à morte. A prevenção consiste em vacinar o melhor amigo.

Apesar disso, Simone Gonçalves acredita que os beijos são quase inofensivos. “Não acho que as lambidas sejam tão preocupantes, pois, em sua maioria, as pessoas que têm o costume de dar beijos nos animais de estimação têm muito cuidado com a higiene deles, o que evita a transmissão de possíveis doenças.”

O médico veterinário Rodrigo Verdade concorda: “Isso depende muito de cada indivíduo, mas, se você tem um animal sadio, vacinado, vermifugado, com hábito de ir ao veterinário, os riscos são muito pequenos”. Ele explica que bebês, pessoas idosas ou com imunidade baixa estão mais propensas a contrair alguma doença, mas somente se o bichinho estiver contaminado.

A economista Camila Moraes, 26 anos, nunca teve animais de estimação, mas, quando era criança, ela e sua família tinham o costume de passar as férias em uma fazenda. Em certa ocasião, os pais de Camila ficaram preocupados ao encontrar dois carrapatos presos à axila da filha. “Eu me lembro que minha mãe ficou muito assustada. Logo arrancou os insetos de mim, mas ficou preocupada e resolveu me levar ao médico para ter certeza de que estava tudo bem.” Segundo o veterinário Rodrigo Verdade, as doenças transmitidas por carrapatos, como a Doença de Lyme e a febre maculosa, afetam o sangue e podem ser fatais. A infecção, porém, é relativamente rara.

A remoção do inseto deve ser feita com muito cuidado para que o ferrão não fique preso na pele e, após removido, é importante que a área seja limpa com álcool ou alguma solução antisséptica. Vale ressaltar que o médico deve ser procurado caso algum sintoma seja desenvolvido, como febre, dores musculares, torcicolo e inflamação nas articulações. “Para manter os carrapatos longe dos animais, existem produtos específicos, como coleiras e medicamentos. Além disso, a visita ao veterinário deve ser frequente”, resume.

Atenção aos felinos

Algumas zoonoses são transmitidas somente pelos felinos, como a Doença da Arranhadura de Gato, provocada pela bactéria Bartonella henselae e que desencadeia uma infecção na pele de pessoas com o sistema imunológico comprometido. Para evitar, basta manter certa distância de gatos muito ariscos.

Outra doença recorrente dos felinos é a toxoplasmose. Ela oferece grandes riscos para mulheres grávidas, pois leva à malformação do feto e, até mesmo, ao aborto. A zoonose é causada por um protozoário que vive nas fezes dos gatos (os bichanos são hospedeiros intermediários e não manifestam sintomas). “Por oferecer riscos às grávidas, muitas mulheres ligam desesperadas, dizendo que os médicos aconselharam que elas se livrassem dos seus gatos, mas não há motivo algum para isso. Se a higiene dos bichinhos estiver em dia, e todo o cuidado for tomado na hora de catar as fezes, não há riscos”, explica a veterinária Simone Gonçalves.

A toxoplasmose também pode ser contraída pela ingestão de alimentos contaminados, como carne crua ou malpassada. Assim, lavar bem os alimentos e as mãos é de suma importância para a prevenção da doença.

Bravos sobreviventes

Imagem do Cão Jojo, que possui uma deficiência física
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Deficiência física, os desafios do dia a dia não são enfrentados apenas por pessoas, alguns animais também têm que aprender a conviver com certas dificuldades.

 

Na casa da professora Luciana Pereira, 50 anos, foi preciso criar uma rotina rígida para facilitar o convívio com a bull terrier albina Zara, de 9 anos. A cachorrinha, por ter nascido surda, não atende a comandos para comer ou para passear. Quando filhote, ela não escutava os rosnados e os latidos dos cães mais velhos no canil em que vivia. Assim, Zara sofreu com ataques e mordidas que lhe renderam cicatrizes no focinho.

A família desenvolveu, então, técnicas para condicionar a cadela. Foi estabelecido um horário fixo para o café da manhã e para o jantar, as duas refeições diária de Zara. Às 7h da manhã, ela sai de sua casinha e come do lado de fora da cozinha, perto de seus tutores. O mesmo comportamento é repetido ao fim do dia, na hora do jantar. Além disso, a família estabeleceu uma nova forma de comunicação com a cachorra: “Criamos alguns gestos que ela se acostumou a obedecer. Por exemplo, braço estendido é para ela ir para a casinha; quando damos alguns pulos laterais, ela sabe que a estamos chamando para brincar. Nós criamos uma espécie de libras canina”, explica Luciana.

Já a gata, Monalisa, 6 meses, foi encontrada pela estudante de medicina veterinária, Isabela Simas, 22 anos, em um bueiro, com as duas patas traseiras e o rabo arrancados. Após uma cirurgia para retirar o osso exposto e o tecido morto, a gatinha não conseguia se movimentar direito, nem fazer as necessidades na caixinha de areia. Isabela conta que não podia sair de casa, pois tinha que ficar cuidando dela.

Toda essa atenção foi recompensada. Hoje, a gatinha já está quase totalmente adaptada. Para se movimentar, ela se arrasta pelo chão. “Depois de dois meses aqui em casa e sem os curativos, ela já usa a caixinha de areia sozinha, pula da cama, e aprendeu a subir, escalando, só com as patinhas da frente”, comemora Isabela. A estudante conta que agora está tentando conseguir próteses para Monalisa, por meio de uma campanha no Facebook (A pequena Monalisa). O objetivo é dar à companheira a chance de voltar a andar normalmente. Como reconhecimento de tanto cuidado, Monalisa, apaixonada por colo, segue Isabela pela casa. Segundo sua tutora, ela é dócil com todos e ama brincar com seu arranhador em forma de ratinho.

Outro sobrevivente é Jojo, um vira-lata de 4 anos, que tem uma pata mais curta do que as outras. Ele foi abandonado após um atropelamento e adotado pela estudante de design, Giovanna Freitas, 21 anos. Ela conta que o cachorrinho não apresenta grandes dificuldades de locomoção. Ele é completamente adaptado à sua limitação: ama correr e observar a rua deitado em um banco de madeira na varanda da casa. Apenas se desequilibra quando o chão está um pouco molhado ou quando, afoito, se mexe muito rápido.

Apesar de um ser pouco desconfiado, logo se acostuma com a presença do visitante.  Jojo é brincalhão e vive “sorrindo” para as pessoas, como define a dona. Foi esse “sorriso” que dificultou ainda mais a adoção dele. “Ele ‘sorri’ quando fica feliz e as pessoas achavam que ele era agressivo. Quando fazia isso, achavam que era rosnado, mas não era. Ele faz isso sempre”, explica Giovanna. Ao contrário, ele é muito sociável. Jojo não desgruda das outras cadelas da casa. A dona dele conta qu,e se as duas não forem juntas aos passeios, o cãozinho fica pedindo para voltar para casa.

Quando a veterinária Isabela Lacerda, 24 anos, decidiu adotar o gatinho Nemo, achou que a adaptação seria um processo difícil. Aos 4 anos, ele perdeu a patinha dianteira da direita, mas vive normalmente. Ele  adaptou-se facilmente e não foi preciso mudar a rotina da casa, ao contrário do que se imaginava. “Ele tem apenas uma dificuldade de alcançar lugares mais altos e convive muito bem com outro gato e uma cadela. Os dois gatos são como irmãos, vivem entre tapas e beijos. A cadela, digamos que eles se aturam”, brinca Isabela.

Tratamentos

 

A médica veterinária Ana Catarina Vale, da Clínica Naturalpet, explica que, no caso da gata Monalisa, o ideal seria o uso de carrinhos, porém, é necessária uma atenção redobrada durante a adaptação do pet ao acessório. “Caso não se acostumem ao carrinho, a roupinha de couro ou feita de algum material mais resistente são ideais para os animais que têm apenas duas patas e se arrastam, para eles não se machucarem e viverem normalmente”, explica a veterinária. No caso de cães ou gatos que tenham sofrido algum acidente; que tenham com hérnias de disco; que sejam diagnosticados com doenças degenerativas, que acometem a coluna e afetem a locomoção, a profissional indica a utilização de medicina integrativa, com homeopatia, acupuntura, além da fisioterapia. “A acupuntura diminui significativamente a dor do animal. Além disso, o dono pode realizar massagens em casa para aumentar o conforto do bichinho”, esclarece.

Pela adoção de animais resgatados

imagem de militares veteranos e policiais americanos com animais resgatados.Projeto de uma fotógrafa que produz calendários com o propósito de ajudar a adoção de animais
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Para incentivar a adoção de animais resgatados, fotógrafa Ricki Beason lança terceira edição do calendário que reúne bombeiros, militares veteranos e policiais americanos. Eles posaram para fotos ao lado de cães tirados das ruas

 

Em fevereiro de 2014, para contribuir com a comunidade de resgate de animais abandonados de Dallas, Ricki Beason decidiu fotografar cães disponíveis para adoção depois de retirados das ruas de áreas rurais, nas quais eram mais difícil encontrar tutores devido à localização. “Eu não sabia nada sobre fotografia, então eu aprendi sozinha as habilidades que eu precisaria e elas foram melhorando com o tempo e a experiência”, conta em entrevista, por e-mail, ao Blog Mais Bichos. A iniciativa evoluiu, em outubro daquele ano, para o projeto HeartHops and Hound Dogs. Em dois meses, estava pronto o calendário de 2015, no qual bombeiros de New Braunfels, Dallas e Houston posavam com cães resgatados e disponíveis para adoção. “Fiz as fotos, o design gráfico, imprimi e vendi os calendários. Foi impressionante! No primeiro ano, eu arrecadei mais ou menos 6 mil dólares, então cada um dos seis abrigos recebeu 1 mil dólares.”
imagem de militares veteranos e policiais americanos com animais resgatados.Projeto de uma fotógrafa que produz calendários com o propósito de ajudar a adoção de animaisimagem de militares veteranos e policiais americanos com animais resgatados.Projeto de uma fotógrafa que produz calendários com o propósito de ajudar a adoção de animais
Para 2016, Ricki fez mudanças. “Eu comecei a trabalhar no calendário em março e mudei para militares veteranos, ao invés de bombeiros. O calendário 2016 tinha veteranos de Dallas, Austin e Houston com cachorros de seis abrigos novos. O calendário de veteranos decolou! Apareceu no Bark Post, Huffington Post, Animal Planet (página do Facebook) e The Dodo.” O resultado foi impressionante: 30 mil dólares.
Ricki Beason Rescue Photography quer repetir a dose em 2017. O calendário já está pronto e sendo comercializado. “Para o terceiro ano, 2017, mudei algumas coisas de novo — teremos militares veteranos de Dallas, policiais de Austin e bombeiros de Houston com seis novos grupos de resgate. Esse ano eu fiz as sessões de foto em cada cidade e fiz toda a edição e design gráfico do calendário, o que equivale a quase 400 horas de trabalho. Os calendários estão disponíveis agora e eu estou esperando que façam tanto sucesso quanto o de 2016.”
A fotógrafa espera, com o Heartthrobs and Hound Dogs, mudar a percepção das pessoas sobre animais resgatados e construir uma admiração pelos “homens de serviço”, que não são modelos nem atores. “Aqui, eles não só protegem as nossas cidades e país como também oferecem um pouco do seu tempo para ajudar esses cães resgatados”, diz. E continua: “Com muita frequência nós não damos atenção para o animal de abrigo porque ele não é tão glamoroso quanto um de raça, mas esses cães, se recebem uma chance, são os mais bonitos e amorosos cães que uma pessoa poderia pedir”.
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 imagem de militares veteranos e policiais americanos com animais resgatados.Projeto de uma fotógrafa que produz calendários com o propósito de ajudar a adoção de animais
imagem de militares veteranos e policiais americanos com animais resgatados.Projeto de uma fotógrafa que produz calendários com o propósito de ajudar a adoção de animais