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Projeto Cão-Guia do DF vai entregar mais dois cães a deficientes visuais
O próximo dia 26 de agosto será especial para o brasiliense Leonardo Moreno, 32, e o pernambucano Arthur Calazans, 46.
Os dois são deficientes visuais e estarão na Associação dos Delegados da Polícia Federal, em Brasília, às 14h, para uma cerimônia onde irão receber seus novos cães-guia.
Desta vez, tratam-se de dois jovens cães-guia que irão substituir os Labradores Cirus e Jasmin, que cumpriram com dedicação cerca de 9 anos junto a Leonardo e Arthur.
Os dois cães também são da raça Labrador, e passaram por todo o preparo de praxe de cães-guia do Projeto. “Eles viveram com famílias hospedeiras voluntárias por cerca de um ano, até atingirem a idade para o treinamento técnico.
O Projeto Cão-Guia já entregou 47 animais para deficientes visuais no DF e outros Estados desde 2002. Em média, ocorrem três entregas por ano e a ação de preparo envolve o esforço de muita gente.
Atualmente, existem 8 cães em fase inicial de treinamento, 3 cães prontos e uma lista de espera de 300 pessoas aguardando um cão-guia pelo Projeto.
Serviço
Entrega de cães-guia do Projeto Cão-Guia de Cegos do DF
Data: 26 de agosto
Horário: 14h
Local: Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal
Endereço: Shis Qi 7 Conjunto 6, Casa 2 – Lago Sul, Brasília – DF
Mais informações: http://projetocaoguia.com.br/
(por Ailim Cabral, da Revista do Correio) (fotos Zuleika de Souza/@cbfotografia)
O excesso de dobras; a aparência, até meio emburrada, do focinho encolhido; o andar cheio de rebolado e as tentativas de correr com as pernas curtas são características que conferem ao buldogue um imenso carisma. No entanto, os traços que atraem muitos compradores e adotantes podem indicar sérios problemas genéticos, que afetam a saúde da raça. Um grupo de pesquisadores do Centro de Companheiros da Saúde Animal da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, acaba de concluir que, justamente a busca pela reprodução do buldogue inglês somente entre os representantes mais puros da raça tem perpetuado certas especificidades genéticas que podem comprometer a qualidade de vida desses cachorros.
Segundo a tese, a seleção artificial feita ao longo dos anos e a partir de poucos indivíduos da raça — a reprodução começou em 1835, com 68 buldogues ingleses — contribuiu para que os problemas genéticos, como a displasia de quadril, dificuldades respiratórias pelo formato do crânio, câncer e cherry eye (condição na qual o cão tem um pequeno cisto na pálpebra interna do olho), se estabelecessem com muita frequência nos animais considerados de raça pura.
A partir do estudo realizado com 102 buldogues, sendo 87 deles dos Estados Unidos e 15 de outros países, os pesquisadores concluíram que a ausência de diversidade genética na raça pode ter chegado a um nível crítico e que a saúde apresentada pelos cães atuais não tem perspectiva de melhora. Significa dizer que os genes problemáticos que esses animais têm hoje serão mantidos e transmitidos aos filhotes. Assim, o resultado do estudo americano levanta a reflexão quanto ao verdadeiro valor de raças puras e se manter um certo padrão físico é realmente saudável para os animais.
A médica veterinária Lorena Andrade Nichel tem muitos buldogues ingleses como pacientes. Apesar de ser apaixonada pela raça e de duvidar que eles possam ser extintos, ela concorda com o alerta do centro americano. “Com a popularidade da raça, houve muita cruza sem estudos e os problemas foram sendo propagados. Acredito que não temos mais para onde ir no melhoramento genético do buldogue inglês”, explica. Lorena acrescenta ainda que a incidência de falhas genéticas aumenta as despesas e leva ao abandono de muitos filhotes. “As pessoas os compram de sites não confiáveis e de criadores que não têm responsabilidade para buscar um preço menor. Com isso, acabam abandonando o cão com problemas, que traz uma série de despesas”, lamenta a veterinária.
Dona de dois buldogues ingleses, Margot e Rover, a servidora pública Karla Cristina Rocha Botão, 40 anos, se compadece do sofrimento de seus cães: os dois apresentam problemas genéticos. Margot tem 2 anos e sofre com displasia de quadril e deslocamento de patela, ambas doenças ortopédicas genéticas muito comuns na raça. A cadelinha tinha apenas 6 meses quando começou a fazer fisioterapia e acupuntura para se preparar para uma cirurgia. Graças aos cuidados da dona com a saúde dela, a operação não foi necessária, mas Margot nunca poderá abandonar a acupuntura.
Apesar de ser saudável ortopedicamente, Rover, de 1 ano e 11 meses, tem cherry eye e doenças de pele com características genéticas. “Escolhemos a raça pelo temperamento, e sabíamos das chances de eles terem essas doenças, mas sempre achamos que não vai acontecer”, conta Karla. Ela também acredita que a busca pela pureza genética, da forma como tem sido feita, é prejudicial para a saúde dos cães, mas defende que, se houver uma mistura de buldogues com outras raças, muitos donos não vão querer os cães mestiços. Apesar das patologias, ela afirma que seus cães são felizes. “Isso nunca os impediu de correr, brincar, levar uma vida relativamente normal porque cuidamos muito da saúde deles e ficamos sempre atentos.”
Criador de buldogue inglês há 15 anos, o advogado Gilberto Pires Medeiros Filho discorda da conclusão dos pesquisadores americanos. “Acredito que a informação é metade verdadeira. É baseada em pessoas que reproduzem e vendem sem cuidado ou seleção genética, propagam os problemas e denigrem a imagem da raça”, explica.
Gilberto considera que o buldogue inglês nunca será um cão esportista, por exemplo, pois tem limitações naturais, mas que, quando reproduzido com responsabilidade e seleção genética, leva uma vida normal e saudável. “Hoje, existe uma preocupação dos criadores sérios. Cruzamos cães que tenham as narinas maiores para diminuir a dificuldade respiratória, buscamos um palato mole mais alongado, fazemos vários exames para evitar a displasia e temos o cuidado de castrar animais que apresentem muitas alterações genéticas”, defende Gilberto.
O criador acrescenta ainda que os concursos atuais da raça não consideram apenas o padrão da raça, mas sim a saúde. Gilberto explica que os juízes responsáveis observam as rugas ao redor dos olhos, o tamanho das narinas e diversos aspectos do físico do animal. “Os concursos têm colocado esse aspecto em pauta e a saúde do buldogue inglês é uma preocupação dos criadores sérios”, completa.
“Com a popularidade da raça, houve muita cruza sem estudos e os problemas foram sendo propagados. Acredito que não temos mais para onde ir no melhoramento genético do buldogue inglês”
Lorena Andrade Nichel, médica veterinária
Várias feiras de adoção para você adotar seu bicho.Confira!
Feira de adoção ATEVI
Sábado 13.08 das 09 às 15h
Quadra 101 do Sudoeste
Feira de Adoção Consciente
Sábado 13.08 às 09h
CSB 09 lote 04 loja 08 – Taguatinga
Feira de adoção Abrigo Flora e Fauna
Sábado 13.08 das 11 às 16h
108 Sul
Feira de adoção Projeto São Francisco
Sábado 13.08 das 10 às 15h
SIA trecho 2 ao lado da Gravia
Feira de adoção Projeto Rua Nunca Mais
sábado 13.08 das 10 às 15h
308 Sul
Bazar Beneficiente da ATEVI
Sábado 13 e Domingo 14 da 08 às 18h
Parque Olhos D’Água
Pet Day do Projeto São Francisco
Domingo 14.08 às 09h
Eixão 208 Sul
Feira de adoção Abrigo Flora e Fauna
Domingo 14.08 das 11 às 15h
SIA trecho 2,ao lado da Gravia
(da Revista do Correio)
O mundo animal é guiado pelos instintos e pelo desejo de preservação da vida: da própria e da prole. Por causa da necessidade de reproduzir e dar continuidade à espécie, as fêmeas, normalmente, tomam para si o papel mais ativo na criação dos filhotes. Na maior parte dos casos, os machos só ficam ao lado delas no período da reprodução. Depois, saem em busca da próxima conquista sexual, com o objetivo de espalhar o seu gene e ter como certa a sobrevivência ao longo dos anos.
Alguns, porém, seguem seus caminhos solitários. No caso dos ursos marrons, por exemplo, os machos não participam de nenhuma atividade com a fêmea, exceto o momento do acasalamento, e podem até matar os próprios filhotes por engano, se, por acaso, encontrá-la novamente.
Apesar disso, algumas espécies, porém, possuem uma organização familiar diferenciada, na qual os pais têm um papel ativo no cuidado dos filhotes. As responsabilidades são variadas e vão, desde alimentar, proteger, incubar os ovos, a até mesmo gerar a vida. Acredite: alguns papais bichos também engravidam.
Pinguim-imperador
O pai pinguim-imperador cuida dos seus filhotes no frio da Antártida enquanto as mães vão se alimentar no mar. No período em que elas estão fora, os machos incubam os ovos e “amamentam” os filhotes com uma substância superenergética, por meio de uma glândula do esôfago. Segundo o biólogo e professor de comportamento animal do UniCEUB, Raphael Corrêa, os pinguins passam meses sem comer e perdem quase 50% da massa corporal durante esse processo.
Raposa vermelha
Os machos dessa espécie, normalmente encontrada no hemisfério Norte, podem ser considerados verdadeiros “paizões”. Quando os filhotes estão ainda pequenos, são eles os responsáveis por alimentá-los, além de cuidar da fêmea e defender a família de predadores. Mesmo depois do amadurecimento da prole, os pais ainda têm um papel essencial: quando as crias deixam a segurança do núcleo familiar e seguem, sozinhos, seu próprio caminho, o pai as acompanham de longe e deixa carcaças de animais pelo trajeto para que não passem fome.
Cavalos-marinhos
O cavalo-marinho está entre os melhores exemplos de espécies em que os machos assumem uma postura importante na criação dos filhotes. Afinal, são eles quem engravidam. Eles possuem uma bolsa especial na região da barriga, na qual fêmeas depositam os ovos. Assim, são os machos que carregam, ali, os ovos fecundados até os filhotes nascerem.
Jaçanã (Jacana jacana)
“Nessa espécie, as fêmeas formam verdadeiros haréns de machos que são os responsáveis por cuidar dos filhotes”, conta Raphael. Estão entre as
atribuições masculinas a incubação e
a proteção dos filhotes.
Peixe esgana-gato (Gasterosteus aculeatus)
Esse peixe apresenta um comportamento muito protetor. “Ele faz um alto investimento na defesa e na manutenção do ninho, movimentando a nadadeira próximo aos ovos para deixar o local mais oxigenado. Também defendem bravamento o ninho contra o ataque de outros machos”, explica o biólogo Raphael Corrêa.
Olimpíadas, bazar e feiras de adoção vão agitar o fim de semana na capital.Confere aí!
Bazar solidário do Projeto São Francisco
Sexta 05.08 das 09 às 15h.
Loja Rosacruz, SGAN 607-L2 Norte
Olimpíadas Pet do Armazém Rural
Sábado 06.08 às 09:30h
SCLN 205
Feira de adoção Abrigo Flora e Fauna I
Sábado 06.08 das 11 às 15h
108 Sul
Feira de adoção Abrigo Flora e Fauna II
Sábado 06.08 da 11 às 15h
Petz-SIA trecho 2
Feira de adoção de Sobradinho/Associação Respeito Animal
Sábado 06.08 das 09 às 15h
Estacionamento da feira permanente de Sobradinho
Feira de adoção SHB
Domingo 07.08 das 10 às 16h
Petz-SIA trecho 2
(da Revista do Correio)
A cadela Jujuba, de 5 anos, sofre de problemas neurológicos que causam uma enorme dificuldade locomotora. Apesar do uso de medicamentos, Jujuba continuava com crises fortes, que a impossibilitavam de andar. Diante dos resultados insatisfatórios dos remédios, a veterinária sugeriu a acupuntura como tratamento complementar. “Ela melhorou muito e, sempre que for necessário, vamos continuar com o procedimento”, conta a tutora da cadela, Samara Tostes.
A cirurgiã-dentista conta que Jujuba reagiu muito bem à técnica desde o primeiro momento. Hoje, ela está recuperada da paralisia momentânea, as medicações foram reduzidas e a homeopatia foi agregada ao tratamento. Além disso, ela passou a seguir uma alimentação natural, baseada em comidas cruas e alimentos cozidos, como legumes e verduras. Todo esse conjunto de procedimentos, que foi incorporado à terapia com as agulhas, melhorou o estado geral de Jujuba.
O termo acupuntura vem das palavras em latim “acus” e “pungere”, que significam agulha e espetar. Criada há mais de dois milênios, a acupuntura é uma das técnicas terapêuticas da medicina tradicional chinesa. Usada como um tratamento primário ou complementar, a acupuntura é aplicada a várias patologias, como alterações renais, gastrite ou doenças dermatológicas. “Atualmente, a grande indicação é para problemas ortopédicos, como artrose, artrite e dores na coluna, nos quais podemos ver de forma mais rápida a ação da acupuntura”, explica a médica veterinária e acupunturista Camila Bello.
Ela esclarece que a técnica chinesa não substitui a medicina tradicional. Em alguns animais, inclusive, há restrição ou os benefícios não são tão evidentes. Mas, no geral, tem sido usada com sucesso na grande maioria das espécies, inclusive nos silvestres. No procedimento, as agulhas são inseridas em lugares específicos do corpo (acupontos) para normalizar as funções orgânicas alteradas e, independentemente da patologia, a acupuntura estimula o sistema imunológico e provoca a liberação de endorfina, que proporciona bem-estar aos animais. “Muitos donos relatam que os animais ficam mais tranquilos e voltam relaxados para casa”, acrescenta Camila.
Esse é o caso do cãozinho Romeu, de 15 anos, que, depois das sessões, volta para casa sempre dormindo. A administradora Vanessa Lisboa, dona do cão, optou pelo tratamento para aliviar as consequências de dores diversas — o pet tem seis hérnias de disco e problemas no fígado, baço e rim. “A técnica é essencial por causa da coluna. Antes, ele não andava direito e se movimentava muito pouco.” Há três anos, Romeu passa pelas sessões, que também ajudaram, com a homeopatia, a eliminar o sangue nas fezes e na urina, resultado que não foi possível nem com os antibióticos. “A melhora dele é muito visível principalmente quanto ao problema na coluna. Agora, ele corre, se movimenta, brinca. É espetacular.” Além disso, o cãozinho, que sempre foi antissocial e não gostava de contato com outras pessoas ou animais, tornou-se mais tranquilo, passou a gostar dos passeios e a latir menos.
A maior preocupação dos donos dos pets em relação à acupuntura costuma ser as agulhas. Normalmente, é um procedimento tranquilo, mas tudo envolve a aceitação individual, uma vez que existem pontos indolores e outros nos quais o animal pode sentir mais incômodo, devido a um estímulo maior. “Tudo depende da patologia que ele apresenta”, explica a médica veterinária, acupunturista e homeopata Ana Catarina Valle. Se o animal ficar muito incomodado a ponto de querer tirar as agulhas, isso pode significar que elas não foram inseridas corretamente, mas vale a pena levar em consideração o temperamento do animal, a técnica a ser utilizada e a sensibilidade do ponto, explica a médica. É importante procurar um profissional qualificado, que respeite o limite e o conforto do animal.
Problemas de fertilidade, comportamento e doenças neurológicas, como é o caso de Jujuba, também são tratados com a técnica, além do suporte aos sintomas de câncer. Animais idosos se encaixam em uma das categorias mais procuradas para o procedimento, devido à presença de dores crônicas ou outras patologias comuns da idade. A acupuntura auxilia no estímulo da imunidade e na redução da quantidade de medicamentos que o pet utiliza diariamente.
Quando foi castrada, a gata Xena, de 1 ano, teve complicações com a anestesia e sua pata esquerda traseira ficou paralisada. Além da difícil cicatrização, a gatinha começou a ter crises epilépticas, o que incentivou a família a testar a acupuntura. Após quatro meses de várias sessões, ela estava praticamente curada. A pata, que antes era muito inchada e provocava dores, hoje permite que a filhote ande normalmente. A bancária Gisele Torres, dona de Xena, não imaginou que o resultado seria tão positivo: “Eu diria que a acupuntura a curou. Ela não andava e era muito triste”.A cadela Jujuba, de 5 anos, sofre de problemas neurológicos que causam uma enorme dificuldade locomotora. Apesar do uso de medicamentos, Jujuba continuava com crises fortes, que a impossibilitavam de andar. Diante dos resultados insatisfatórios dos remédios, a veterinária sugeriu a acupuntura como tratamento complementar. “Ela melhorou muito e, sempre que for necessário, vamos continuar com o procedimento”, conta a tutora da cadela, Samara Tostes.
A cirurgiã-dentista conta que Jujuba reagiu muito bem à técnica desde o primeiro momento. Hoje, ela está recuperada da paralisia momentânea, as medicações foram reduzidas e a homeopatia foi agregada ao tratamento. Além disso, ela passou a seguir uma alimentação natural, baseada em comidas cruas e alimentos cozidos, como legumes e verduras. Todo esse conjunto de procedimentos, que foi incorporado à terapia com as agulhas, melhorou o estado geral de Jujuba.
(por Rafael Campos, do Correio Braziliense)
Não é preciso ser um amante de gatos para se comover com a história do pequeno Athos. O bichano foi encontrado em maio deste ano pela servidora pública Alda Arraes, 50 anos, em uma oficina em Taguatinga. Paraplégico, ele estava com miíase, doença caracterizada pela ocupação do tecido cutâneo por larvas de moscas. “Soube pelas redes sociais. Ele havia levado uma pancada, que o feriu, e as larvas tomaram conta. Precisou passar 10 dias internado e hoje tem que fazer fisioterapia para saber se há possibilidade de andar”, conta Alda. Cuidadora voluntária há mais de 10 anos, a servidora tem três gatos e necessita não somente de doações para ajudar com o tratamento, mas de uma casa nova para Athos, que, devido às necessidades especiais, exige atenção mais direcionada. “Não tenho como ficar com ele porque trabalho. Sou o lar temporário, já fiz diversas rifas para custear tudo, mas está complicado.”
O caso de Alda não é o único. A crise econômica do país tornou crítica a situação de quem se dedica a cuidar de animais abandonados. O custo é alto e os voluntários não têm como arcar com recursos próprios. Resta o apelo à população, com rifas, feiras, bazares. Com a dificuldade de arrecadação, a quantidade de animais socorridos diminuiu e algumas pessoas têm sido forçadas a abandonar uma causa. “As pessoas não estão tendo dinheiro nem mesmo para doar ração. Antes, era fácil achar alguém em redes sociais. Agora, é preciso juntar várias pessoas para uma só ação.”
Protetora individual há dois anos, a jornalista Jéssica Moura, 26, cuida atualmente de 12 animais. “Em 2015, eu tinha 24. Quando comecei, recebia apoio facilmente. Agora, é preciso correr para todos os lados, fazendo rifas, bazares e leilões virtuais.” Jéssica ainda conta que muitos voluntários acabaram desistindo de ajudar. Também ressalta que a população do DF é exigente no momento da adoção. “Querem animais castrados, vacinados e, hoje em dia, conseguir só a castração já é uma vitória. E os bichos abandonados não param de aparecer.”
Segundo Roberto Gomes Carneiro, secretário-geral do Conselho Regional de Medicina Veterinária do DF (CRMV-DF), não foi notada nenhuma baixa signiticativa no número de consultas. “Os cuidados com os bichos próprios se mantêm normais. Pode até ter havido uma queda, mas ela não foi sentida.” O efeito, infelizmente, é evidente entre os bichinhos sem lar. E, se não fossem as parcerias entre organizações e veterinários, a situação poderia ser mais grave.
Lucimar Pereira, assistente administrativa de 43 anos, é mantenedora do Projeto Acalanto, que cuida de animais de rua. Ela garante que a continuidade do trabalho depende de ajuda, entre elas dos descontos nos preços dos serviços de veterinários. “Eles fazem preços mais em conta, conseguimos vale-castração. Nossa sorte é que o movimento nas feiras de adoção tem continuado, e a maioria dos nossos doadores antigos criou vínculos. Porém, até o ano passado, cuidávamos de 20 animais. Agora, só temos 10. Antes, uma pessoa conseguia doar o valor para castração e vacinas. Hoje, precisamos de várias pessoas para custear o mesmo tratamento.” Ela frisa que há muitas outras formas de ajudar que não envolvem, necessariamente, recursos financeiros. “Você pode doar ração não aproveitada, roupas para nossos bazares, itens para as rifas.”
Festa julina
Hoje, membros da Associação Protetora dos Animais do DF (ProAnima) fazem o Bazar Julino da ProAnima, que pretende recolher verba para o Fundo Brownie, programa do grupo que ajuda cuidadores individuais a pagar a conta de animais resgatados das ruas, geralmente atropelados, vítimas de maus-tratos e em situação de risco. A diretora administrativa da organização, Suzana Prado, explica que o evento ocorre duas vezes ao ano e se tornou um momento para que os amantes dos animais possam ajudar aqueles que precisam.
Toda ajuda é bem-vinda
Bazar Julino da ProAnima
Hoje (sábado) — das 10h às 16h
Local: Sede da ProAnima, na 116 Norte, bloco I, subsolo do Ed. Cedro (comercial virada para o Setor Hospitalar Norte)
Para ajudar
ou adotar o Athos
Envie e-mail para a cuidadora Alda Arraes: alda.lopescat@gmail.com
Conheça os abrigos
Projeto Adoção São Francisco: facebook.com/projetoadocaosaofrancisco
Abrigo Flora & Fauna: facebook.com/abrigofloraefauna
Projeto Acalanto: (61) 991076989
Confira os eventos pet que vão sacudir a capital no fim de semana
Muitas feiras de adoção, bazar e café da manhã vão movimentar cães e gatos em Brasília no final de semana.Confira!
Feira de adoção da ATEVI
sábado 30, das 09 às 15h
Na Catus-408 Norte
Feira de Adoção SHB
Sábado 30, das 10 às 16h
Na Petz-SIA trecho 2
Sábado 30, das 10 às 16h
SCLN 116, Bloco I-Subsolo do edifício Cedro
Feira de adoção Abrigo Flora e Fauna
Sábado 30, das 11 às 16h
Na Pet Shop Di Petti- 108 Sul
Café da manhã no Armazém Rural
Sábado 30 às 09h
na 205 Norte
Mutirão do Abrigo Flora e Fauna
Domingo 31
Contato via site ou Facebook
Feira de adoção Flora e Fauna
Domingo 31, das 11 às 15h
SIA trecho 2 ao lado da Gravia
(da Revista do Correio)
Pelo menos três em cada 10 residências do Distrito Federal têm cachorro, de acordo com os dados mais recentes da Pesquisa Nacional de Saúde, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas a paixão pelos animais de estimação extrapola as quatro paredes. Frequentemente, os tutores saem para passear com os pets e, não raro, marcam reuniões em áreas livres com outros donos. Além de promover a socialização entre os bichinhos, eles trocam informações sobre doenças específicas, tratamentos, dicas de veterinários. Nesse cenário, são cada vez mais frequentes os encontros de raça. Tutores de labrador, golden retriever, shih-tzu, husky siberiano e pug já promoveram eventos. No último fim de semana, buldogues ingleses estavam em peso no Parque da Cidade. Hoje, são os donos de bull terrier que estarão juntos, entre 9h e 12h, na área verde atrás do Mini Mall, na QI 9 do Lago Norte.
Ricardo Veloso, servidor público, 32 anos, é dono de Apollo, um bull terrier de 3 anos. Ele é um dos organizadores do encontro, que deve reunir, de acordo com as estimativas dos últimos, pelo menos 150 pessoas com seus animais. Desde 2009 acontecem os eventos da raça. “Prezo muito pela socialização do meu cão, não busco um cão de guarda, até porque não é o propósito dessa raça, tenho cão como pet, um membro da família”, esclarece. Segundo Ricardo, esses momentos de união dos tutores são fundamentais para que os cães aprendam a interagir mais facilmente, seja com outros cachorros, seja com as pessoas.
Além disso, no caso específico dessa raça, ajuda a quebrar estereótipos e preconceitos. Isso porque o bul terrier é tido como um cão agressivo, o que, segundo Ricardo, não é verdade. “Ele tem essa ligação quase que instantânea com as pessoas. Quem é leigo teme, mas quem conhece a raça sabe que ela é incapaz de fazer mal às pessoas que a cercam. Eles são muito devotados ao seu dono”, explica. Ele aconselha adestrar e socializar os cães dessa raça desde filhotes, para que possam conviver facilmente com outros cachorros.
A médica veterinária Lorena Nichel explica que os encontros proporcionam muitas vantagens para a saúde mental e física do animal. Além de praticarem um exercício físico brincando com outros cachorros, o estresse deles diminui. De acordo com Lorena, o número de pessoas que frequentam esses encontros tem aumentado nos últimos anos. No último fim de semana, ela esteve no encontro de buldogues ingleses, que reuniu pelo menos 30 pessoas. Os encontros de raças são normalmente organizados por meio das redes sociais. Há grupos e páginas para que os interessados possam entrar e saber mais sobre o assunto.
Lorena lembra que, apesar das campanhas pró-adoção de animais sem raça definida, o abandono também atinge os cães de raça, sobretudo quando eles adoecem ou quando não correspondem ao comportamento esperado pelo dono. Ir aos encontros é uma forma de conhecer melhor as características e o temperamento de cada tipo. Ela recomenda que as pessoas que desejem ter um animal de estimação de raça estudem os padrões antes de escolher: “Pesquisar sobre criadores da raça, se são registrados no Kennel Club, sobre a raça em si, ir ao local onde os filhotes se encontram, observar como é o manejo dos animais dentro do canil e se o canil é acompanhado por um médico veterinário”. O Kennel Club é uma entidade orientadora dos criadores, registrando ninhadas, organizando competições, entre outros serviços.
Antes de ir a um encontro
Certifique-se de que seu animal está com todas as vacinas em dia;
O cão também deve ter tomado vermífugo, de acordo com a orientação do veterinário;
Leve-o com coleira antipulga, carrapato e repelentes contra o mosquito da leishmaniose;
Evite levar cadelas no cio;
Evite levar cães agressivos.
Fonte: Lorena Nichel, veterinária.