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A exibição de Pets – A vida secreta dos bichos lotou o cinema a céu aberto, que tem capacidade para 380 carros, no evento CinePipoCÃO
Cinema, é sim, coisa para cachorro. Na noite de sábado (09.09), tutores e seus animais lotaram o cine Drive-in para participar do primeiro Cine PipoCÃO. Na tela gigante do cinema ao ar livre, o filme da vez não podia ter mais a ver com o evento: Pets – A vida secreta dos bichos. A ideia de levar os cães ao cinema partiu do grupo ItDogs Brasília, que se uniu para agitar a cidade com eventos pet e tornar o Distrito Federal cada vez mais petfriendly.
Todos os participantes que levaram seus cachorros ontem pagaram meia entrada e receberam dois saquinhos para ajudar na limpeza. Os tutores puderam levar comida de casa, mas foodtrucks e o cardápio do Cine Drive-in também estavam disponíveis. Os 100 primeiros a chegar ganharam um brinde e vários prêmios foram sorteados, entre eles um ensaio fotográfico para o cão e vouchers para serviços de pet shop. A procura foi tanta que, apesar de a bilheteria funcionar com agilidade, a fila de carros chegou até o Colégio Militar. Para evitar a espera, a dica foi parar o carro do lado de fora, no estacionamento atrás do ginásio Nilson Nelson, e entrar no Drive in a pé.
Outros eventos também marcaram o sábado. O Armazém Rural, na 205 Norte, abriu os trabalhos do dia com um café da manhã voltado para animais idosos e seus donos. O objetivo era esclarecer algumas dúvidas sobre cães e gatos já velhinhos. A Virada do Cerrado também aproveitou o sábado ensolarado para trazer mais informação aos tutores no final da Asa Norte — durante a tarde, houve duas palestras, sobre os benefícios da convivência com animais e sobre alimentação natural para cães e gatos. Os cachorros presentes puderam participar de um aulão de agility e conhecer outros pets. Durante toda a tarde, o Abrigo Fauna e Flora arrecadou ração e distribuiu brindes para os animais participantes. A 216 Norte recebeu um bazar beneficente que teve todo o lucro destinado a ajudar o abrigo de animais da Sociedade Humanitária Brasileira. A instituição precisa de dinheiro para ração, remédios e coleiras contra carrapato. A SHB também participou, no SIA, de uma feira de adoção.
Assista o vídeo e confira as fotos:
No Dia do Veterinário, conheça um pouco mais sobre a rotina desses profissionais. Pesquisa do Ibope revela quem visita mais os consultórios. Cães ou gatos? Arrisque um palpite
O 9 de setembro é o Dia do Veterinário em todo o território nacional. Regulamentada há 46 anos, a profissão precisa ser entendida em toda a sua abrangência. Não se trata apenas de manter a saúde dos bichinhos em dia, mas de preservar a saúde pública. A atividade também é voltada para garantir a sustentabilidade ambiental do planeta. Hoje, o médico-veterinário pode atuar em mais de 80 especialidades. Entre as atividades mais conhecidas, estão a clínica e consultório de pequenos animais, como gatos e cães.
Para divulgar melhor o trabalho desses profissionais no Dia do Veterinário, foi divulgada uma pesquisa, feita pelo IBOPE Inteligência, em parceria com o Centro de Pesquisa WALTHAM® (a principal autoridade científica em bem-estar e nutrição de pets), revelou que os tutores de cães levam seus pets com mais frequência ao Médico-Veterinário do que os de gatos: a média é de 2,8 vezes por ano contra 2,3 por ano. Os principais motivos são consulta de rotina e vacinação (79% dos tutores de cães e 76% dos tutores de gatos) e pelo aparecimento de alguma doença (26% para cachorros e 19% para felinos).
O estudo foi encomendado pela Mars Brasil, líder no mercado de alimentação para cães e gatos, com o objetivo de entender o padrão de comportamento do brasileiro na interação com seus pets, além de entender as principais barreiras para aqueles que, atualmente, não têm animais de estimação. Foram entrevistadas 900 pessoas, sendo 300 donos de cães, 300 donos de gatos e 300 não possuidores – com intenção de ter. As entrevistas foram realizadas com homens e mulheres a partir de 25 anos em São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Porto Alegre, Salvador e Distrito Federal. Segundo o IBGE, dos 65 milhões de domicílios do país, 44,3% possuem pelo menos um cachorro e 17,7% pelo menos um gato.
Entre as conclusões, também aparece que pouco mais da metade dos proprietários de cães (51%) buscam orientação do médico-veterinário para entender qual a alimentação mais adequada para o seu pet, número que se mantém quase igual para os proprietários de gatos (52%). “O papel do médico-Veterinário é muito amplo e fundamental na vida dos animais, especialmente por toda assistência clínica e cirúrgica dada aos pets de companhia. Com mais de 52 milhões de cães e 22 milhões de gatos no Brasil, entender a relação entre os tutores e seus pets é imprescindível para buscarmos alternativas de melhoria de qualidade vida para os animais de estimação e compartilhar conhecimento com toda a sociedade”, afirma a Dra. Carolina Padovani, médica-veterinária e membro da equipe de Coordenação da Pesquisa no Brasil.
Outro fato interessante revelado pela pesquisa é que apenas 5% dos tutores de cães e 4% dos tutores de gatos levam seus pets a uma consulta veterinária por problemas de sobrepeso ou obesidade. “Esse número é preocupante porque sabemos que a doença afeta metade da população de animais domésticos no mundo”, completa Dra. Carolina.
Uma das maiores referências globais em obesidade de pets, Dr. Alex German, que comanda a Weight Management Clinic, na Universidade de Liverpool (UK), esteve no Brasil no mês de junho para um ciclo de palestras e deu orientações sobre como potencializar os resultados de um programa de perda de peso em animais de companhia. Entre as principais dicas, direcionadas também aos tutores, estão:
·Reduzir o consumo de alimento do pet é a chave;
·Comer menos e fazer mais exercício;
·Usar sempre uma balança de precisão para medir a quantidade de alimento oferecida;
·Monitorar o pet de perto, com idas de seis em seis meses ao consultório veterinário.
(Com informações da assessoria do Ibope)
Vacinação contra raiva é assunto sério
Ocorre no próximo sábado, 10 de setembro, a primeira etapa da fase urbana da campanha de vacinação contra raiva no Distrito Federal. As regiões foram divididas em dois grandes blocos. A primeira fase atenderá cerca de 21 cidades em mais de 200 postos. A segunda fase acontecerá em 17 de setembro e contemplará as 11 cidades mais populosas do DF.
Na fase rural, realizada em 27 de agosto, foram imunizados aproximadamente 32 mil cães e gatos, ultrapassando a meta da Secretaria de Saúde. A expectativa é que, na fase urbana, a vacinação contra raiva atinja a meta de 270 mil animais imunizados.
Segundo o vice-presidente do Centro de Controle de Zoonoses do DF, Laurício Monteiro, podem ser vacinados pets saudáveis a partir de 3 meses. Ele afirma que é recomendável a vacinação de fêmeas em fase de lactação e prenhas, para imunizar também os filhotes. Os animais que tomaram a primeira dose da vacina devem reforçar 30 dias depois. Nos demais casos, o reforço deve ser feito anualmente.
Os gatos devem ser levados aos postos de vacinação em caixas transportadoras, e os cães com coleiras e guias. Laurício recomenda que os animais sejam levados por adultos aos postos, por questão de segurança.
Por que vacinar?
A raiva é uma zoonose, ou seja, é uma doença de animais transmissível ao homem, assim como a doença de Chagas, leptospirose e febre amarela. Segundo a coordenadora técnica do Conselho Regional de Medicina Veterinária, Simone Gonçalves, a vacina é uma prevenção para que a doença não chegue ao ser humano.
Segundo estudo sobre zoonoses, lançado pelo Ministério da Saúde em 2009, a raiva é responsável por aproximadamente 55 mil óbitos anuais no mundo. O mesmo estudo afirma que dos 1.271 casos de raiva humana registrados entre 1991 e 2007, os cães foram responsáveis por mais de 70% das transmissões.
Em análise da Secretaria de Vigilância de Saúde, até julho deste ano foi registrado no Centro-Oeste, apenas um caso de raiva canina. Porém, a coordenadora técnica do Conselho Regional de Medicina Veterinária, Simone Gonçalves, destaca a importância da campanha: “É importante manter a vacinação para erradicar a doença”. Ela também afirma que a transmissão ocorre quando o cão ou gato contaminado pelo vírus morde o indivíduo. No caso dos gatos, é preciso estar ainda mais atento, pois a doença também pode ser transmitida por meio de arranhões.
Clique aqui para saber onde levar seu pet para vacinar.
O bicho vai pegar nesse fim de semana em Brasília.
Bazares beneficientes, café da manhã, cinema, cãominhada solidária especial do dia do cerrado e feiras de animais para adoção vão agitar a capital.
Não fique fora, leve seu animalzinho e divirta-se.
-Vai ser uma loucura acompanhar tudo isso, mas lembre-se que também teremos a vacinação contra a raiva animal, e isso é muito importante!
Confira:
Campanha de vacinação contra a raiva animal no perímetro urbano do DF.
Dia 10 e 17/09
Informações no site www.saude.df.gov.br
Cine PipoCão no Drive-in.
Dia 10.09 às 17h – Para você e seu cão
Vai ser o bicho!
Realização: ItDogs Brasília
Bazar Beneficiente da SHB
Sábado 10.09
Quadra 216 Norte Comercial do Bloco C
Das 09 às 17h.
Feira de adoção de cães e gatos da ATEVI
Sábado das 09 às 15H.
Na comercial da 101 no Sudoeste.
Café da manhã do Armazém Rural
Sábado 10.09 as 09h
205 Norte
Virada do Cerrado com apoio do Abrigo Flora e Fauna
Sábado 10.09 das 07 às 16h
Entrequadra 214/215 Norte
Feira de adoção do Abrigo Flora e Fauna
Sábado 10.09 das 11 às 16h
108 Sul
Feira de adoção SHB
Sábado 10.09 das 10 às 16h
Sia Trecho 2, ao lado da Gravia
5a Cãominhada Solidária-Especial Dia do Cerrado
Domingo 11.09 as 09h no Parque da Cidade-Estacionamento 11
Inscrição 1 kg de reção para cães ou gatos
Bazar, Food Trucks, Sorteios e muito mais!
Um amigo falso e maldoso é mais temível que um animal selvagem; o bicho pode ferir seu corpo, mas um falso amigo irá ferir sua alma.
Buda
À espera de seu primeiro filho, a jornalista Daniela Corsetti decidiu fazer um ensaio fotográfico da família completa. Não poderiam faltar seus animais, as cadelinhas Cindy e Júlia, tratadas como filhas.
As fotos não teriam sentido sem elas. Sem contar que será uma recordação linda que teremos para sempre quando elas partirem, conta.
A sessão foi ao ar livre, de modo que a yorkshire e a daschund se distraíram à beça com cada barulho, com cada passarinho. Apesar disso, o resultado superou as expectativas. Com muita espontaneidade e descontração dos animais, os cliques capturaram o amor da família e a essência dos cães, que acompanham Daniela e o marido para todos os lugares.
As imagens foram feitas por Aline Caron que, apaixonada por animais e fotografia, decidiu se especializar. Ela atua como fotógrafa de pets há dois anos e define seu trabalho como registros de entrega e amizade. Os ensaios são guiados pelas próprias mascotes, o que exige jogo de cintura da profissional. “É algo muito verdadeiro. O cão precisa estar à vontade, senão a foto não sai. É necessário também ter uma paciência muito grande e amar o que está fazendo”, conta. Aline não tem o menor pudor de rolar no chão para conseguir os melhores ângulos.
A psicóloga Ana Paula Sá conheceu o trabalho da fotógrafa e se encantou. Foi assim que seus animais, o gatinho Easy e a cadela Luna ganharam um “book”. “A Aline deu a ideia de fazer algo diferente no meu consultório, já que ele é baseado nos anos 1950. As fotos ficaram incríveis”, elogia. O objetivo era eternizar a presença dos pequenos companheiros. “Tenho poucos registros da minha cadelinha que já se foi e me arrependo. A vida dos bichos é muito curta e poder perpetuar o momento deles aqui, com a gente, é algo especial”, define.
Com frequência, os ensaios de animais são temáticos. Podem ter ares de fotografia de moda, com muitas poses, ou serem mais simples e naturais, com ênfase nas situações cotidianas. Normalmente, o ambiente externo serve à proposta, mas nada impede de clicar o pet em estúdio ou em ambientes fechados. Quanto mais o fotógrafo investe na empatia com o bicho, melhores os resultados — a linguagem não-verbal, essencialmente emocional, será decisiva.
Diferentemente de Daniela e Ana Paula, Wilma Prado, criadora de cães, procurou a fotógrafa Aline Caron com o intuito de divulgar exemplares da raça samoieda, original da Rússia. A cada nova ninhada, ela contrata o serviço, mas a experiência sempre é diferente. Wilma conta que os filhotes são sempre danadinhos. “Fazer novas fotos é um desejo que temos assim que terminamos a sessão — e esse desejo é confirmado quando recebemos as imagens”, descreve.
A relação com o animal humaniza e sensibiliza as pessoas, além de proporcionar muitos momentos especiais. Pensando nisso, Aline Caron criou o projeto Estrelas Tortas, que tem o objetivo de, por meio de fotografias, divulgar e promover a adoção de animais abandonados do Distrito Federal. “O intuito é sempre mostrar a beleza do animalzinho. Independentemente de raça, todos eles brilham e são lindos.”
Fotografe melhor
Para conseguir boas fotos de seu cãozinho, é preciso ter paciência e petiscos.
Fique na altura dos olhos dele: estar no mesmo nível do animal gera melhores ângulos.
Deixe-o solto: estar livre de coleiras garante espontaneidade e as fotos ficam mais naturais.
Não tenha medo de se sujar: ajoelhe-se, agache-se ou até mesmo deite no chão. Isso gera estabilidade e evita que as fotos fiquem tremidas.Fonte: Revista do Correio
Primeiro trailer de Quatro vidas de um cachorro conquista a Internet
O fim de semana promete
Feiras de animais para adoção e um bazar vão movimentar a capital
Aproveite para adotar um peludo
Doe ração para cães e gatos
Confira:
Feira de adoção do Armazém Rural
Sábado 03 à partira das 09h
205 Norte
Feira de adoção do Abrigo Flora e Fauna I
Sábado 03 das 11 as 16h
108 Sul
Feira de adoção do Projeto São Francisco
sábado 03 das 10 às 15h
SIA Trecho 2, ao lado da Gravia
Bazar Beneficiente da ATEVI
Sábado (03) e Domingo(04)
das 08 às 18h
Parque Olhos d’água
Feira de adoção do Abrigo Flora e Fauna II
Domingo 04 das 11 as 15h
SIA Trecho 2, ao lado da Gravia
A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados.
Mahatma Gandhi
Vida dos animais: Antes de falar com o cachorro, é melhor medir as palavras.
Um estudo da Universidade de Eotvos Lorand, na Hungria, mostrou que os cães compreendem o que as pessoas dizem — e como elas dizem. Ao escanear o cérebro dos animais no exame de ressonância magnética funcional, os cientistas descobriram que o processamento do discurso nos hemisférios direito e esquerdo do órgão acontece da mesma forma que nos humanos. Isso significa que o melhor amigo é capaz de interpretar o diálogo e a forma como ele é entonado.
Este é o primeiro estudo de imagem a demonstrar que um animal não primata também processa as palavras. Diferentemente do que se imaginava, o trabalho, publicado na revista Science, indicou que os cães não apenas associam determinados sons a objetos. Eles conseguem entender o significado do vocábulo. Tanto que só se sentirão felizes se o diálogo estiver bem casado com a entonação. Não adianta dizer “bom garoto” ou “vamos passear” com a cara amarrada. Pode até ser que ele abane o rabinho — mas nem tanto quanto faria caso a conversa fizesse sentido. “O incentivo funciona como uma recompensa. Mas isso funciona melhor se tanto a palavra quanto a entonação estiverem em sintonia”, diz o neurocientista Attila Andics, principal autor do estudo.
Para fazer os testes, os pesquisadores treinaram 13 cães de diferentes raças (incluindo sem raça definida), de forma que ficassem imóveis dentro da máquina de ressonância magnética, um exame não invasivo e que não provoca danos à saúde. Então, eles monitoraram a atividade cerebral dos animais à medida que ouviam o que seus treinadores diziam. As palavras de incentivo (“Muito bem”, “Bom menino” e “Esperto”) eram ditas em um tom de voz negativo, positivo ou neutro. Enquanto isso, os cientistas investigavam o comportamento das regiões cerebrais que diferenciam vocábulos com e sem significado e entonações positivas das desagradáveis.
As imagens mostraram que o hemisfério esquerdo do cérebro desses animais processa as palavras com significado, enquanto que o direito identifica entonações de incentivo daquelas neutras e negativas. Estudos anteriores mostraram que humanos e cachorros usam essa mesma região auditiva para processar sons emocionais não verbais, sugerindo que o mecanismo de processamento das entonações acontece independentemente do discurso.
De acordo com Andics, quando os animais ouviam entonações positivas, a região do cérebro associada à sensação de recompensa e que, também em humanos, se ativa em resposta a estímulos agradáveis, como comida e carinhos, entrava em ação. Em relação às palavras, porém, não adiantava dizer algo positivo de forma negativa ou neutra. O centro de recompensa cerebral só se manifestava quando os vocábulos eram ditos com uma entonação interpretada como incentivadora “Então, os cães não só diferenciam o que dizemos e como dizemos, mas também conseguem combinar os dois para interpretar corretamente o que as palavras realmente querem dizer. Isso é muito parecido com o que os humanos fazem”, observa Andics.
O neurocientista destaca, porém, que o trabalho não investigou a inteligência animal: “Não é que tenhamos mostrado o quão inteligentes são. O que fizemos foi demonstrar a semelhança na forma em que processam o disso”, explica.De acordo com ele, acredita-se que os cachorros compreendem cerca de mil palavras. A habilidade de compreensão independe de raça, diz.“Não achamos que exista uma grande diferença entre raças; na verdade, acreditamos que os padrões devam ser similares em outros mamíferos também.”
Evolução
Andics afirma que o trabalho tem duas importantes implicações. A primeira diz respeito à relação entre humanos e seus melhores amigos. “Os resultados podem ajudar a fazer com que a comunicação e a cooperação entre cães e humanos fique ainda mais eficientes”, diz. A outra é que, para ele, a descoberta poderá levar a uma compreensão melhor sobre a evolução da linguagem no homem. “O que faz o léxico unicamente humano não é a capacidade neural de processá-lo, mas a nossa invenção de seu uso”, escreveu, no artigo.
A veterinária Ceres Berger Faraco, especialista em comportamento animal e integrante da Comissão de Ética, Bioética e Bem-Estar Animal (Cebea), do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), recebeu com entusiasmo o resultado do estudo húngaro. “Essa era uma questão ainda desconhecida. Se pensava que a possibilidade de compreensão oral fosse exclusiva dos humanos, e o que se vê é que isso não é verdade. Os pesquisadores identificaram claramente que existe uma memória dos blocos comunicativos no cérebro dos cães, similar ao nosso processo de comunicação. O estudo coloca os cães em um patamar comunicativo igual ao nosso”, diz.
De acordo com a médica veterinária, o trabalho demonstra que a estrutura do sistema nervoso central dos cães, independentemente do contato com humanos, é estruturada para a comunicação vocal. “Ali, existe uma base fisiológica de comunicação vocal, ele já tem o aparato neurofisiológico”, diz, lembrando que a comunicação vocal não se limita à linguagem humana. “Os cães realmente percebem e interpretam o que estamos falando. Isso demonstra uma cognição muito mais sofisticada do que o imaginado”, afirma.
“Os cães não só diferenciam o que dizemos e como dizemos, mas também conseguem combinar os dois para interpretar corretamente o que as palavras realmente querem dizer. Isso é muito parecido com o que os humanos fazem”
Attila Andics, principal autor do estudo.
(por Paloma Oliveto do Correio Braziliense)
Medalhista de ouro na Rio 2016 adota casal de gatinhos e os leva para os Estados Unidos
A remadora americana Elle Lougan, que ganhou ouro na categoria Oito com timoneiro feminino nas Olimpíadas Rio 2016, e resolveu voltar aos Estados Unidos com novos amiguinhos: um casal de gatos. Dupla medalha de ouro para Elle.
A atleta conheceu os animais graças ao convite da ONG Oito Vidas, que protege animais em situação de abandono. Ela visitou a Fazenda Modelo, local que acolheu animais resgatados nas regiões ocupadas pelos Jogos Olímpicos, e se apaixonou pelo casal de felinos. Outra medalhista de ouro, Tessa Gobbo, visitou o local e levou carinho e afeto para os animais.
( Por Ailim Cabral, da Revista do Correio)
Entre os momentos ou sentimentos mais complexos pelos quais passamos está o luto. Perder alguém querido traz à tona uma série de emoções, independentemente das crenças pessoais. Cada indivíduo vivencia a situação de uma maneira e, mesmo tendo a capacidade de vocalizar o que experimentamos, temos dificuldade em nos fazer entender. Imagine quando não se pode falar? Os animais também passam por sensações semelhantes quando perdem seus tutores ou amigos pets. Mudanças de comportamento são os sinais que eles usam para nos mostrar que algo está errado.
O lhasa apso Akiles, 10 anos, sofreu três grandes rupturas no ano passado e acabou deprimido. Os dois gatos com os quais conviveu grande parte da vida faleceram com meses de diferença, deixando o cachorrinho solitário. Alfredo tinha 19 anos e morreu de causas naturais, em maio. Em agosto, foi a vez de Abelardo deixar a família. Com 10 anos, o felino foi vítima de uma anemia rara e de difícil tratamento.
Entre a morte dos dois amigos, Akiles se separou também de uma de suas donas, que mudou de cidade. A estudante Tainá Ivo Calvo de Araújo, 22 anos, conta que sua mãe cuidava do cachorro com ela e foi para a Paraíba no início de julho, abalando ainda mais as emoções do animal.
Considerado um cachorro idoso, ele sofreu. Além de perder parte da vitalidade e do entusiasmo, teve o apetite diminuído. O veterinário o diagnosticou com depressão leve e fez um tratamento com florais. “Estimulamos que ele passeasse mais e, como ele sempre gostou de comida junto com a ração, o deixamos comer só o que queria para ficar mais animado”, afirma Tainá.
Dois meses depois de perder Abelardo, Akiles ganhou um novo amigo felino e, hoje, quatro gatinhos fazem companhia para a família. “Ele se dá bem com todos, nunca foi agressivo e, agora, está muito mais animado. Ele melhorou muito”, comemora a estudante.
As reações de Akiles ao vivenciar o luto estão dentro de um padrão esperado quando um pet passa por esse tipo de trauma. A diminuição de apetite e a prostração são comportamentos esperados, apesar de alguns animais apresentarem atitudes agitadas e ansiosas. Segundo a terapeuta canina Daniele Graziani, uivos, latidos, lambedura psicogênica e comportamento destrutivo também são algumas das formas pelas quais os animais manifestam o luto. Em alguns, a tristeza pela separação resulta em depressão. A doença pode ser menos agressiva como no caso de Akiles, mas, quando não é tratada adequadamente pode evoluir rapidamente, dificultando a recuperação do pet.
Companheiro até o fim
O filme Sempre ao seu lado é inspirado na história real do cachorro japonês Hachiko. O filhote de akita é adotado pelo professor Parker Wilson, interpretado por Richard Gere, e se torna seu melhor amigo. Todos os dias, Hachiko o acompanha até a estação de trem e o espera voltar do trabalho, sempre no mesmo lugar. Uma tarde, Hachiko se recusa a acompanhar Parker e tenta impedi-lo de sair de casa. No trabalho, o professor sofre um ataque cardíaco e morre. Desde então, durante nove anos, o cão nunca deixa a estação, aguardando, pacientemente, pela volta de seu companheiro.
Como eles entendem a perda?
Apesar das manifestações nítidas de tristeza e de sofrimento, os especialistas afirmam não ser possível garantir se os animais têm consciência da morte do dono ou do amigo, ou se apenas sofrem com a sua ausência. “Alguns parecem demonstrar maior percepção da morte. Há relatos de cães que se colocam próximos ao corpo, que invadem velórios, cemitérios e se recusam se afastar dos seus afetos”, menciona Daniele. A percepção, no entanto, é rara.
O especialista em comportamento canino Renato Buani relata que o mais comum é que o animal apresente um sentimento de espera. “Eles ficam aguardando a volta daquela pessoa, e isso pode se transformar em algo que vemos como próximo da tristeza. Mas, na maioria das vezes, eles não entendem que o dono se foi para sempre”, afirma. A terapeuta canina Daniele complementa: “É difícil afirmar com certeza, mas os animais não ficam avaliando o motivo pelo qual estão tristes. Eles apenas sentem a ausência.”
Em casos assim, o animal, além de sentir a separação de seu tutor e de não compreender que ela é definitiva, sente falta da rotina com o dono. “Ele não fica esperando só a pessoa, mas também o que fazia quando estavam juntos. Se era um passeio ou uma brincadeira, todo dia, no mesmo horário, o cachorro vai aguardar por aquele momento”, explica Buani.
Os animais estão habituados a manter um comportamento condicionado. Se todos os dias ele se senta, aguarda pelo dono e depois sai para passear, vai ter dificuldade de entender que, no dia seguinte, quando repetir seu comportamento, não terá o mesmo resultado. De acordo com Renato, isso cria uma ruptura na rotina do pet, levando a uma baixa comportamental. A mudança da intensidade de comportamento é um grande indicador da tristeza do animal. “Muitos deles chegam a chorar quando começam a perceber que o dono não volta”, conta Renato.
Cuidados
Para ajudar o animal a passar pelo processo de luto é preciso ter paciência. Quando o bicho perde um dos tutores, o ideal é que continue morando na mesma casa, com a mesma família. Nos casos em que o pet vivia só com o falecido, a sugestão é que o leve para morar em um lar com a mesma energia. “Se a família anterior era muito agitada, uma casa com pessoas agitadas é a melhor combinação”, explica Renato.
O especialista acrescenta ainda que estudos recentes mostram que animais que se mudam para lares com outros pets tendem a se adaptar mais rapidamente. Manter a rotina o mais normal possível também auxilia no processo de cura, assim como não validar o sofrimento do bicho. Segundo Renato, “deixar o animal no cantinho dele” e enchê-lo de carinho pode não ser o ideal. “Se ele fica triste, e prostrado e recebe carinho, pode encarar isso como recompensa e perpetuar o comportamento depressivo.” O afago é extremamente importante, mas deve ser feito nos momentos adequados para não atrapalhar o processo de superação do luto. O especialista afirma que o ideal é agir de forma natural, trazendo o pet para uma rotina normal, estimulando as brincadeiras com as quais ele está acostumado.