da Revista do Correio
Para garantir a saúde dos pets é preciso ficar sempre atento ao calendário de vacinação
foto Carlos Vieira/CB/DA Press
Abandonados O veterinário Jair Costa defende que a vacinação é a maneira mais eficaz de controlar as doenças entre as espécies e também as zoonoses — enfermidades que podem ser transmitidas aos humanos. De acordo com ele, os animais abandonados são mais suscetíveis a problemas de saúde. O veterinário Luiz Cury esclarece que, se o pet se encaixar nesse grupo de risco, é preciso mais atenção. Incluem-se nessa categoria animais vendidos na rua e abandonados. Entidades como a ProAnima são rigorosas quanto à questão da imunização. “Quando o animal fica sob a nossa custódia, o protocolo é levá-lo imediatamente ao veterinário para fazer exames”, explica Simone Lima, diretora geral da instituição. “Se estiver bem, é iniciado o procedimento: são dados vermífugos e produtos contra pulgas e carrapatos. Mas, quando está doente, fica internado ou vai para um lar temporário e continua o tratamento até que melhore. Somente depois disso é liberado para ser adotado.” O intuito é sempre repassar os animais para alguém que queira assumir a responsabilidade. Atualmente, a ProAnima cuida de 12 cães e oito gatos. Outro abrigo temporário atento a esses cuidados é a Sociedade Humanitária Brasileira (SHB). Alice Godoy, uma das protetoras voluntárias da entidade, menciona que a rigidez das regras em relação à saúde dos pets. “O normal é levar ao veterinário logo na chegada. Todos sempre têm vermífugos e vacinas rigorosamente em dia, além do hemograma. No caso dos gatos, fazemos exames para doenças específicas também. O animal só pode ser adotado se estiver saudável, caso contrário, mesmo com um dono, é preciso esperar.”
Calendário básico
Cães Idade Vacina 45 dias 1ª dose (Múltipla) 66 dias 2ª dose (Múltipla) 87 dias 3ª dose (Múltipla) 108 dias 4ª dose (Múltipla) 129 dias 5ª dose (Múltipla) + Raiva Anualmente Múltipla
Gatos Idade Vacina 45 a 60 dias 1ª dose (Múltipla) 20 a 30 dias depois da 1ª 2ª dose (Múltipla) 20 a 30 dias depois da 2ª 3º dose (Múltipla) 15 dias depois Raiva Anualmente Múltipla * Nem sempre o protocolo das vacinas será o mesmo. O procedimento pode variar de acordo com o animal ou com a raça. Consulte um veterinário.
Doenças mais comuns
Cães Adenovírus: mal que pode causar complicações respiratórias. As doenças mais comuns são hepatite infecciosa e tosse dos canis, conhecida como gripe canina. A vacina múltipla combate a enfermidade. Cinomose: possui alta taxa de mortalidade e contágio. Atinge animais com o sistema imunológico enfraquecido, é mais comum em filhotes ou em cães com idade avançada. Os sintomas podem variar de acordo com o órgão que o vírus ataca. A vacina múltipla combate a enfermidade. Leptospirose: concentra-se especialmente nos períodos de chuva. Transmitida por uma bactéria, causa desordem no funcionamento renal e/ou hepático. A transmissão pode acontecer por contato com um animal infectado ou em ambiente contaminado. É uma zoonese, ou seja, pode ser passada para o ser humano. A vacina múltipla combate a enfermidade.
GatosLeucemia felina: enfraquece o sistema imunológico e o deixa suscetível à contaminação por outras enfermidades. O contato se dá de formas variadas, mas principalmente pelo compartilhamento de potes. A vacina múltipla combate a enfermidade. Calicivirose: é uma infeção respiratória bastante séria e um dos principais problemas de saúde que podem acometer os felinos. Altamente contagiosa, é transmitida, principalmente, por meio do contato direto entre um bichano sadio e um animal doente. A vacina múltipla combate a enfermidade. Panleucopenia: muito comum entre gatos doméstico, é um distúrbio gastrointestinal causado por um parvovírus. Apesar de ser tratável, costuma ser fatal para cerca de 80% dos bichos contaminados. Atinge principalmente filhotes. A vacina múltipla combate a enfermidade.