(por Ailim Cabral, da Revista do Correio)
A golden retriever Berenice atende bem aos estereótipos da raça: além de ter um lindo pelo dourado, é muito simpática. Quando escuta a campainha de casa, a filhote de 10 meses corre para “atender” a porta. Pula e lambe as visitas como quem diz “sejam bem-vindos”. Ela participa das conversas e, quando alguém se senta no sofá, não se faz de rogada e se acomoda também.
No entanto, a farra de Berê acaba quando ela vê o secador de cabelo. Com um leve rosnado de medo, ela abaixa o rabo e corre para se esconder. A professora de ioga Deborah Rosa, 30 anos, explica que Berenice toma os banhos sempre em casa e não é muito fã do processo. “Quando era mais nova, ela não ligava muito, mas, hoje em dia, sempre tenta fugir quando percebe que é hora do banho. Ela só se conforma quando já está no box e não tem mais jeito”, conta.
Desde que Berenice entrou na família, Deborah e seu marido são os responsáveis pelo banho. O que começou como uma recomendação da veterinária se tornou um hábito. “Quando ela era bebê, não podia ainda ir ao pet. Começamos a dar o banho e fomos nos acostumando. Hoje, preferimos assim”, garante a professora.
Berenice toma banho no box do banheiro com um xampu para filhotes. O banho leva cerca de 10 minutos, mas o processo de secagem demora um pouco mais. Deborah usa três toalhas para tirar o excesso de água e, em seguida, usa o secador de cabelo. Mesmo depois do processo, a golden ainda fica um pouco úmida e, por isso, Deborah opta por dar o banho de manhã ou nas primeiras horas da tarde, para que Berenice fique sequinha antes do anoitecer.
A tutora é motivada pela segurança — dar banho em casa é uma garantia da qualidade dos produtos usados e do carinho dispensado à mascote. Porém, há cerca de um mês, ela levou a cadela para se banhar no pet shop. A ideia é deixá-la familiarizada com o serviço “caso ela precise ir em algum momento, não vai ser um susto tão grande”, explica. Existe ainda outro aspecto: o econômico. O fato é que o valor alto dos serviços em pet shops não entusiasma muita gente.
A veterinária Salua Carolina Cataneo, da Pet Society, explica que os cães são um pouco mais tranquilos na hora de tomar banho em casa. Em geral, os gatos gostam menos de água e o momento pode ser muito estressante. Dependendo do animal, é preferível levá-lo a um especialista.
Entre os cuidados, é importante estar atenta à temperatura da água. Muitos podem achar que, nos dias mais frios, o ideal é dar banho quentinho nos animais, mas é preciso ter cautela. “A temperatura corporal deles (cães e gatos) já é muito alta, então não se pode exagerar, sob o risco de desencadear alguma reação negativa”, afirma Salua. O ideal é que a água esteja morna ou mesmo fria.
Outro aspecto para o qual Salua chama a atenção são os cosméticos usados. É importante que sejam sempre de uso veterinário. Aqueles feitos para humanos têm um pH (acidez) inadequado para a pele animal. Xampus a seco podem ser usados, mas a aplicação não substitui o banho, alerta a especialista. “Eles são úteis apenas para fazer a manutenção entre um banho e outro”, explica.
Cuidados adicionais
Um dos principais riscos da hora do banho é a otite causada por água ou umidade no ouvido do animal. Para animais com orelhas muito grandes, a veterinária Salua Carolina recomenda protegê-lo com algodão. Tampouco se deve jogar água diretamente no rosto do animal — gentilmente, despeje a água de cima para baixo. Por fim, a secagem deve ser minuciosa para evitar o aparecimento de fungos e dermatites. No caso dos mais peludos, deixe o pet brincar ao sol para facilitar o processo.
Higiene básica
A água do banho deve ser fria ou morna.
Use sempre produtos apropriados para animais.
O condicionador é indicado ou não, a depender da raça. Pergunte ao veterinário.
Use algodão no ouvido dos pets para evitar a entrada de água.
Seque o pet com toalha antes de usar o secador.
Mantenha o secador a uma distância de 30cm. Cuidado para não esquentar demais.
Faça a escovação diária em animais muito peludos, evitando nós.
Os banhos em cães podem ser semanais ou quinzenais, a depender da raça.
Nos gatos, os banhos são mais espaçados — mais de 15 dias de intervalo.
Para acalmar os pets, florais e música podem ajudar. O sistema de recompensa, com petiscos, também pode ser benéfico.
Faça com que o momento seja prazeroso para o bicho. Aproveite para fazer carinho.
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