Categoria: maus tratos
( por Gláucia Chaves, da Revista do Correio) (fotos Harbourfront Animal Hospital/Divulgação)
Na semana passada, a internet teve chiliques de fofura com a história de Wesley, o pequeno Golden Retriever que não conseguia comer. Sem mais nem menos, o filhote, de apenas 6 meses de idade, perdeu o interesse pelos brinquedos. Aos poucos, deixou de se alimentar, perdeu peso e ficou cada vez mais amuado. Para a sorte de Wesley, o tutor dele, Jim Moore, é veterinário odontológico. Rapidamente, o profissional percebeu que a mudança brusca no comportamento do cachorro só poderia ser uma coisa: problema dentário. O aparelho mudou a vida do cãozinho, que voltou a comer imediatamente e a ser o cachorro agitado de sempre. Tudo isso aconteceu no estado norte-americano de Michigan, mas, por aqui, o caso despertou interesse e muitas dúvidas. Afinal de contas, como cuidar da saúde bucal dos animais?
Assim como os seres humanos, os bichos acumulam tártaro e restos de comida nos dentes após comerem. A diferença é que nós escovamos os dentes várias vezes ao dia, enquanto os bichinhos não têm essa opção. O acúmulo de tártaro pode ocasionar a doença periodontal: inflamações crônicas na gengiva causadas por bactérias que, se não tratadas, podem levar à perda da dentição. Mas não é só isso: a infecção pode evoluir e se instalar em vários outros órgãos, como coração, rins e articulações. “O problema é que é muito difícil o paciente demonstrar dor, então, os sintomas nem sempre são percebidos”, explica Michele Venturini, veterinária especialista em odontologia para animais e proprietária da clínica OdontoVet.
Um importante sinal de que há algo errado é a halitose, sintoma muitas vezes ignorado pelos tutores (especialmente, os de animais idosos) e representa o início da inflamação. Segundo Venturini, o bafo de cão não é normal. “A halitose é a fermentação das bactérias da boca. A placa bacteriana fermenta, se calcifica e forma o tártaro”, detalha a especialista. Maria Izabel Ribas Valduga, sócia-fundadora e diretora da Associação Brasileira de Odontologia Veterinária (Abov) e proprietária do Odontocão, diz que os problemas odontológicos mais comuns em animais incluem, além da doença periodontal e da gengivite, os dentes de leite persistentes, dentes fraturados, tumores, cáries e lesão de reabsorção dental (doença que acomete os dentes permanentes dos gatos).
A primeira consulta ao veterinário odontológico deve ser feita aos seis meses de idade, de acordo com Maria Valduga, para que o profissional faça a avaliação da troca dental e inicie um programa preventivo. “Essa é a melhor idade para condicionar seu animal à escovação dental. Caso ele já seja adulto, você precisará ter um pouco de paciência e muita persistência, mas, com carinho, terá bom resultado”, completa.
Além da escovação, a profissional ensina outros truques para ajudar a prevenir o tártaro em bichos: tiras mastigáveis com enzimas capazes de remover o tártaro; mordedores; brinquedos de couro; e aditivos específicos para tal finalidade, que são colocados na água, são boas opções. “Alimento seco é comprovadamente mais interessante para saúde bucal do que alimento úmido”, completa Maria Valduga.
Herbert Correa, veterinário odontológico da Odontovet, explica que a faixa etária do animal também determina, muitas vezes, quais são os cuidados a serem tomados.
Para filhotes, por exemplo, a orientação profissional “ajuda no desenvolvimento de hábitos saudáveis, como a escovação diária dos dentes, que é muito importante para a manutenção da saúde oral”. Acompanhar a troca da dentição também é importante: “Se um dente nascer errado ele pode causar sérios prejuízos à saúde. Caso não nasça também é um problema e deve ser investigado”, pontua Correa.
Para cães e gatos adultos, a indicação é passar por avaliação odontológica pelo menos uma vez por ano. Caso seja necessário algum procedimento odontológico, o médico frisa que o animal, por mais dócil que seja, deve sempre ser sedado com anestesia geral inalatória. “Tem sido divulgada com frequência a realização de limpeza de tártaro sem anestesia. Tal prática é condenada por várias associações odontológicas veterinárias ao redor do mundo, inclusive a Abov”, alerta Herbert Correa.
Fique atento!
Caso seu animal esteja com algum desses sintomas, pode ser a hora de levá-lo ao dentista:
Halitose;
Não quer mais roer ossinhos;
Diminuição da energia/prostração;
Sonolência em excesso;
Passa a rejeitar ração seca, preferindo a amolecida;
Passar as patas na boca constantemente;
Salivação espessa, em excesso e com cheiro forte;
Emagrecimento;
Mastigação concentrada em apenas um lado da boca (ou intercalada constantemente);
Sangramento gengival.
Fontes: Maria Izabel Ribas Valduga, sócia-fundadora e diretora da Associação Brasileira de Odontologia Veterinária (Abov) e proprietária do Odontocão; Michele Venturini, veterinária especialista em odontologia para animais e proprietária da clínica OdontoVet; Herbert Correa, veterinário odontológico da Odontovet.
Principais tratamentos
Veja os procedimentos mais comuns, de acordo com o médico veterinário Herbert Correa:
A limpeza dentária, sem dúvida, é o principal tratamento odontológico realizado em cães e gatos. O motivo é simples: cerca de 85% dos animais sofrem de doença periodontal;
Tratamento de canal, em geral, é feito quando há um dente quebrado;
Próteses podem ser colocadas tanto para recuperar um dente quebrado como para proteger um dente quebrado contra novas fraturas;
Tratamentos ortodônticos, em geral, servem para corrigir dentes que nasceram fora de posição e estejam causando algum problema;
Restaurações, para casos de dentes fraturados;
Cirurgias para remover tumores orais;
Cirurgias para correção de fraturas de mandíbula e maxilar;
Cirurgias para reconstrução de defeitos do céu da boca (palato).
Desde o começo do mês, Andrea Guttervill Novak tem postado no Facebook mensagens de indignação que acompanham o internamento de seu cão, um collie chamado Jatobá, no Hospital mantido pela Universidade em Canoinhas.
“Não existe pior coisa no mundo para mim do que confiar em pessoas que se dizem profissionais, cobrarem pelo trabalho executado, mandar fazer exames particulares que não são baratos, comprar remédios que custaram quase um salário de um trabalhador mensal e diagnosticar um cachorro, criado com muito carinho e amor, dizer que ele tem somente uma infecção no ouvido e, no outro dia falar que não sabem o que o animal tem, sendo que nem abriram o resultado do exame para dar um parecer clínico”.
Segundo Andrea, o cão foi diagnosticado com uma infecção no ouvido. Como não melhorou, ela o levou para um hospital veterinário em Joinville, onde o cão acabou morrendo devido uma parada cardíaca.
“Confiei na assistência da professora veterinária e dos alunos (da UnC Canoinhas), porque lá achei que ele teria mais recursos, raio X, exames cardiológicos e exames laboratoriais, mas o diagnóstico da “doutora” , sem ler os exames, foi de infecção auricular. Sete dias depois ele morreu de parada cardíaca e por falta de cuidados e de sonda alimentar. Uma mulher dessas não pode ensinar ninguém, muito menos ter um diploma”, postou Andrea.
Conversa
Foi a partir dessas postagens de Andrea que os acadêmicos de Medicina Veterinária teriam se mobilizado no grupo que, segundo confirmou a reportagem local, tem pelo menos o nome de dois acadêmicos do curso. Na conversa, os participantes reclamam da mulher (sem citar nominalmente) que seria a tutora do cão Jatobá.
Em tom de “brincadeira”, dizem que vão “fazer churrasco” do cachorro e “convidar ela”. Na sequência, um dos participantes diz: “E vamos falar que é o cachorro dela que está sendo assado”. Em outra postagem, um dos participantes diz: “Terminaram de matar o Jatobá em Joinville”. Outro participante diz: “Alguém empalha esse cachorro e dá pra essa família sossegar.” Em outra postagem, um dos participantes diz que o “cachorro era igual a tutora, chato” e termina com palavras impróprias.
A reportagem ligou para o celular de Andrea, mas estava desligado. No facebook ela reagiu da seguinte maneira às postagens: “aqui POVO Canoinhense esta bem claro o que acontece nos bastidores de alguns futuros Profissionais em Medicina Veterinária. É de arrepiar o que falam, as ameaças contra minha família, ofensas aos meus filhos”.
A coordenadora do curso de Medicina Veterinária da UnC, Giane Pontarolo, disse que não tomou conhecimento das reclamações formalmente, mas adiantou que o departamento jurídico da UnC está preparando uma nota para a imprensa.
SEXTA 11.03.2016
Bazar Beneficiente de várias instituições
Local = Loja Rosa Cruz(L2 Norte 607)
Horário = de 09 as 15h.
SÁBADO 12.03.2016
Feira de adoção Abrigo Flora e Fauna
Local = 108 sul ao lado da Pet Di Petti
Horário = das 11 as 16h.
Feira de adoção Abrigo Flora e Fauna
Local = Sia trecho 2 ao lado da Gravia
Horário = de 11 as 15h.
Feira de adoção Protetores independentes (Cães e gatos)
Local = 308 Sul, ao lado da Casa Renato
Horário = das 10 as 15h.
Entrega do Oscar Pet do Armaem Rural
Local = SCLN 205 Bloco D Loja 10
Horário = A partir das 09:30h.
Mutirão de banho da SHB
Informações = contato@shb.org.br
DOMINGO 13.03.2016
Local = Sia trecho 2 (Petz)
Horário = das 10 as 16h.
Homem deixa fortuna de 3 milhões para construção de abrigo para animais
(por Direito dos Animais.org e ANDA )
Quando Bob Wetzell morreu em dezembro do ano passado, sua única família eram os animais. Seu testamento determinou que sua propriedade seria vendida e o dinheiro doado para criar um novo abrigo para animais.Seu advogado informou que o valor irá para a Animal Welfare League, no Condado de Champaign. A fortuna será utilizada para comprar uma fazenda que será destinada à reabilitação de animais em situação de abandono.
O local pretende promover ainda várias atividades de entretenimento aos animais. A fazenda funcionará como uma reserva na qual eles poderão andar livremente.A Animal Welfare está trabalhando com a ajuda de outros grupos de resgate e direitos animais para criar o novo refúgio. Os animais que estavam sob a tutela do milionário provavelmente também irão para o abrigo.
(da Revista do Correio) (foto Zuleika de Souza / @cbfotografia / Correio Braziliense)
Quando um novo dependente chega à família, seja ele filho ou animal de estimação, os gastos com saúde se tornam uma grande preocupação. Pensando nisso, empresas lançaram planos de saúde veterinários. A ideia é pagar mensalmente para ter garantidos vacinas, tratamentos oncológicos e exames para o bichinho. É uma forma de não se pego de surpresa com os gastos quando a doença chegar, além de ter sempre disponíveis atendimento para o animal, prevenindo problemas futuros.
As cadelas da ativista Daniela Nardelli, 46 anos, sempre foram incluídas nesse tipo de convênio. Há dois meses, a anciã da matilha faleceu, com 17 anos, e o atendimento médico que ela tinha desde os 4 foi fundamental para manter a qualidade do fim da vida dela. A outra cadela da ativista, a maltês Marie, 10 anos, recentemente precisou fazer uma cesariana de emergência. Daniela acredita que o valor do procedimento ultrapassaria R$ 4 mil, e, por isso, comemora o investimento de cerca de R$ 200 mensais na saúde da companheira, já que todos os gastos da cirurgia foram pagos pelo plano. “Acho que é incalculável a despesa. O plano de saúde é como um seguro de carro: a gente deseja não usar, mas tem”, afirma.
O veterinário Balduíno Junior, da Clínica Prime Vet, aprova a decisão dela: “Ainda mais hoje, nessa época de crise, o cliente tem uma segurança maior de levar o animal ao médico, de não ter um gasto fora do orçamento”. Entre os procedimentos de que Daniela mais usufrui estão a limpeza de tártaro e o hemograma, feitos duas vezes ao ano. “Para mim, vale muito a pena, não só pelo valor, mas pela qualidade dos profissionais que nos atendem”, garante.
A shih-tzu Penélope, 5, também é beneficiária de um seguro-saúde há dois anos e já precisou de atendimentos mais custosos, como cirurgia e internação. A tutora dela, Ellen Holanda, 35, acredita que a popularização do serviço faz parte de uma transformação de mentalidade e comportamento mais complexos. “A humanidade está passando por um processo de evolução e vendo que os animais têm a mesma necessidade de bem-estar que o ser humano”, afirma a fisioterapeuta. A única ressalva, porém, se refere à lista de cirurgias com cobertura pelo plano, que, segundo ela, ainda são escassas.
A veterinária Marina Nascente, do Hospital Veterinário de Taguatinga, conta que, em planos de cobertura mais abrangentes, os animais acabam sendo examinados com frequência maior e, portanto, as doenças são detectadas precocemente. “Uma boa parte das pessoas que traz o animal para fazer checape têm o plano. Caso contrário, acho que não viriam”, supõe. Ela diz que muitas vezes os tratamentos são interrompidos por famílias que contrataram planos mais simples. Como os procedimentos, além das consultas, são mais caros, acabam não sendo realizados, deixando os animais mais suscetíveis a complicações de saúde.
Renato Gomes, do hospital veterinário Arca de Noé, concorda que um bom plano estimula os donos a levarem os animais ao especialista, já que os tutores querem usufruir do que está pago. “Você leva seu filho no médico porque sabe que tem que levar. Isso não acontece com o pet, ainda mais porque ele não fala. Checape periódico garante que não aconteceu algo com o animal”, defende. Há mais de quinze anos o estabelecimento criou o PetLife, plano de saúde próprio, que conta com radiologias, cirurgias e vacinação anual.
Saiba escolher
Desde abril de 1998, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) regulamenta os planos de saúde veterinários. A empresa deve se registrar no conselho de sua região e apresentar a cópia dos contratos firmados com clientes e conveniados, além de relação completa dos serviços com preços explicitados. A resolução prevê multa para seguradoras que não cumprirem as normas.
O Health For Pet foi o primeiro plano veterinário brasileiro e, atualmente, é administrado pela Porto Seguro, seguradora conhecida no ramo de veículos e imóveis. A partir de 59,47, é possível contratar o convênio. Um dos serviços oferecidos pela Health for Pet é a implantação de microchip, que acompanha em tempo real o estado do organismo do pet. Lançado em julho de 2014, o Health For Pet presta serviços apenas em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Existem, porém, planos que atendem a capital. A Dog Life, empresa presente no Distrito Federal e em Minas Gerais há mais de 6 anos, oferece seu plano mais básico por R$ 52 mensais. Alguns dos fatores que podem influenciar no valor da mensalidade são a raça do animal e a idade do beneficiário. Pets mais idosos podem precisar de cuidados mais frequentes e, por isso, o seguro é mais caro.
Outro fator importante é a cobertura do plano escolhido. O plano Pet Soft inclui consultas e exames, além das vacinas antirrábica, déctupla canina, ou para os gatinhos, a vacina quádrupla. Já o plano mais completo garante, além desses benefícios, consultas domiciliares, doze dias de internação anuais e pré-natal, por exemplo. A empresa atualmente conta com rede credenciada em várias regiões administrativas, como Sobradinho e Plano Piloto, e em cidades próximas, como Valparaíso de Goiás.
SERVIÇO
Dog Life
SIG/Sul, Quadra 1, Ed. Barão do Rio Branco,
Sala 121. Telefone: (61) 3344-8035
Pet Life
SHIS QI 25, Bloco E, Loja 70.
Telefone: (61) 3367-3232
Gisele Bündchen lança campanha e pede fim da caça ilegal de animais
( da Marie Claire ) (fotos reprodução instagram @gisele )
Gisele Bündchen deu mais uma prova que é uma das famosas que mais defendem a vida animal. A übermodel publicou em seu perfil no Instagram, nesta quinta-feira (3), uma campanha pelo fim da caça ilegal.
“Me entristece saber que em pleno século 21 ainda existam muitas espécies selvagens ameaçadas de extinção. A caça ilegal ameaça dizimar as populações de rinocerontes e elefantes, por exemplo”, escreveu a top.
Junto com seu pronunciamento, Gisele compartilhou uma foto em que aparece ao lado de dois elefantes em meio a uma área verde.
“Se queremos um futuro melhor, também temos de cuidar da vida selvagem. Se você fere uma espécie, está ferindo a todas, incluindo nós, seres humanos”, disse antes de comentar sobre seu projeto junto à ONU, onde é embaixadora da boa vontade.
“Gostaria de convidar a todos para participar desta campanha para acabar com o comércio ilegal de animais selvagens, compartilhando essas informações como puder. Também é importante não comprar nenhum tipo de vida selvagem”.
no SIA trecho 2
ao lado da PETZ
Abrigo Flora e Fauna – Sábado das 11 as 16h
na 108 sul ao lado do Pet Shop Di Petti
Projeto São Francisco – Bazar da pechincha
das 09:30 as 15h na QE 19 – conj. 1 – Guará 2
com Alexandre Rossi e Estopinha
das 14 as 17h -área externa do Brsília Shopping
das 10 as 17h
na Rua 8/10, chácara 178 lote 2 lojas 1 e 2
Vicente Pires
Quintal dos bichos – Feira de adoção
a partir das 9h no Armazém Rural
(Por Camila Curado e Otávio Augusto, da editoria de Cidades do Correio Braziliense) (foto Breno Fortes / @cbfotografia / Correio Braziliense)
Liandra Lopes (foto) , 25, tem uma dor de cabeça a mais neste início de ano. Ela sabe que, com a proximidade do fim do período de chuvas, o mosquito felobomíneo, conhecido como palha, transmissor da leishmaniose visceral, começa a aparecer. E tem consciência de que o cão dela, Teo, de 2 anos, pode ser contaminado. Ainda mais porque ela mora em um local em alerta para a alta incidência do inseto: o Varjão. Fercal, Sobradinho, Lago Norte, Lago Sul e Jardim Botânico também estão na lista. Essas cidades concentram os casos da doença que infecta cães, gatos e humanos. Segundo estimativa da Secretaria de Saúde, 25% dos animais dessas cidades estão contaminados. Na Fercal, por exemplo, 10% das amostras analisadas tiveram o diagnóstico positivo.
“A gente acaba se preocupando. Ninguém quer o cachorro fique doente ou sofra”, afirma Liandra. A doença é sazonal, mas a Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) não descarta possibilidade de surto. O DF é a segunda unidade da Federação que mais apresenta infecções humanas: 14,3% dos casos confirmados no país, perde apenas para Goiás. Mas há a reclamação de que faltam informações sobre a enfermidade. É o caso de Gabriel Sales, 19, que diz nunca ter ouvido falar da leishmaniose. “Faltam campanhas para esclarecer o que é a enfermidade para a população”, reclama o dono do pitbull Dólar. Atualmente, o bicho está com pulgas e sarnas que se espalharam pelo corpo.
Os primeiros casos de leishmaniose surgiram no fim do verão de 2004. Naquele ano, 10 cães tiveram a moléstia confirmada. Após uma década, o avanço da doença chegou a 4.780%. Em 2014, 478 animais se infectaram. O mosquito se reproduz em ambientes com matéria orgânica, como restos de alimentos, folhas e madeira em decomposição, além de adubos e áreas sombreadas e úmidas. Segundo a Gerência de Vigilância Ambiental de Zoonoses, o combate segue o mesmo processo contra o Aedes aegypti. Evitar que o mosquito nasça é a melhor alternativa.
O conjunto de sinais mais comuns na leishmaniose canina inclui perda de peso, úlceras, anemia, diarreias, vômitos persistentes e feridas que não se cicatrizam. O Ministério da Saúde recomenda o sacrifício dos cães com diagnóstico. A medida desagrada a Sociedade Protetora dos Animais (Proanima). “Os cães têm direito ao tratamento. Há grupos de veterinários que fazem esforços para que novos medicamentos sejam aprovados para uso no Brasil. Somos contra matar o animal por uma doença tratável. O parasita fica inativo no corpo quando está sendo tratado, o animal não transmite a doença e vive bem clinicamente”, ressalta Simone Lima, diretora da entidade.
Em média, a vacina custa R$ 60. Na primeira imunização é recomendado aplicar três doses no cão. Depois, um reforço anual. A Secretaria de Saúde não disponibiliza o serviço. Mas faz o diagnóstico da doença — cerca de 5 mil cães passam por exames anualmente. Em portaria, o Ministério da Saúde se posiciona contrário ao uso de tratamentos e vacinas caninas pelo temor da criação de um protozoário resistente aos poucos medicamentos disponíveis para o tratamento da doença em humanos. Entretanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o texto liminarmente, em outubro de 2013.
A Secretaria de Saúde enfrenta problemas na notificação dos casos da doença. Isso ocorre porque há falhas na notificação das clínicas veterinárias e a Dival. “O médico veterinário é obrigado a notificar a doença, mas nem sempre isso acontece, o que causa impacto na saúde pública. Falta informação entre eles e as clínicas são o termômetro dos casos”, avalia Lauricio Monteiro, médico veterinário da Vigilância Ambiental.
Veterinários
O alerta para os casos de leishmaniose aqueceu o mercado de clínicas veterinárias na capital federal. O setor espera aumento de 10% na procura. A venda vacinas e produtos repelentes, como coleiras, também deve crescer. Por outro lado, o brasiliense está temeroso com o avanço da doença.
Segundo a veterinária Andressa Beluco (foto) , 27 anos, houve alta de 70% em apenas dois meses no número de casos da moléstia. “A cada sete casos suspeitos, pelo menos quatro se confirmam”, conta a especialista, que atende no Lago Norte. “A maioria dos casos confirmados é de moradores de chácaras e residências com grandes jardins, o que não descarta a preocupação de moradores de apartamentos no cuidado da prevenção do mosquito”, detalha.
A leishmaniose é a segunda doença tropical que mais apresenta ameaça a saúde pública, por conter altos índices de morbidade e mortalidade, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Perde apenas para a malária. Houve pelo menos três notificações em humanos este ano. Segundo o Executivo local, um está confirmado e outros dois continuam em investigação. Até junho de 2015, 21 pessoas contraíram o mal . Se não for devidamente acompanhada, a enfermidade pode levar à morte. Os principais sintomas são feridas na pele, nas mucosas do nariz, da boca e da garganta, e acomete o fígado, o baço e a medula óssea.
A bióloga Erika Mota Herenio, especialista em análises clínicas, explica que, para frear o avanço da doença, é preciso acabar com os locais de reprodução do mosquito-palha. “O inseto se reproduz rapidamente. A melhor forma é interromper o ciclo do vetor mantendo os ambientes limpos”, alerta. Em 2014, a especialista publicou estudo sobre a doença no DF. O artigo frisa que aproximadamente 10% dos casos da doença são confirmados — índice considerado alto pela literatura médica.
Fundação Leonardo DiCaprio doa 1 milhão de dólares para ajudar a salvar os elefantes
(da ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais ) (foto Adrian Sanchez Gonzalez / AFP)
Todos conhecem Leonardo DiCaprio como o ator que ficou famoso pelos filmes “Titanic”, “Gatsby”, “O Lobo de Wall Street” e “O Regresso”, mas o astro também é conhecido por sua atuação em iniciativas de proteção a animais ameaçados.
Em 1998, ele criou a Fundação Leonardo DiCaprio, que desde então vem se dedicando a “proteger os últimos lugares selvagens da Terra e promover uma relação harmoniosa entre a humanidade e a natureza”, de acordo com o site da organização.
A fundação trabalha para prover recursos para projetos conservacionistas que ajudam a proteger tigres e tubarões da extinção, e salvar oceanos e florestas, além de auxiliar no avanço de outras campanhas importantes relacionadas.
No ano passado, a Fundação DiCaprio doou 6 milhões de dólares para campanhas de preservação, sendo que 3 milhões foram direcionados ao programa de conservação de tigres no Nepal da WWF, e os outros 3 milhões foram para a organização Oceana, que trabalha para salvar os oceanos e os mamíferos marinhos dos insustentáveis métodos de pesca.
Agora, DiCaprio está novamente em ação e acabou de doar 1 milhão de dólares para o Elephant Crisis Fund. As informações são do NewsLinq.
Segundo a Wildlife Conservation Network, a doação será usada para salvar elefantes da atual crise da caça pelo marfim e financiar projetos contra a caça e o tráfico.
A ajuda é crucial, uma vez que a caça continua inabalável nos países africanos, matando cerca de 100 elefantes “por dia”. A demanda pelo marfim das nações asiáticas e outras comunidades ao redor do mundo (até mesmo os Estados Unidos) contribui diretamente para esse massacre cruel.
“A caça aos elefantes constitui uma crise brutal, com mais de 30 mil elefantes mortos só no ano passado”, afirmou DiCaprio. “A dizimação desses animais é algo que temos o poder de fazer parar, e o Elephant Crisis Fund é parte fundamental da solução. Eu me sinto honrado por apoiá-los”.
(foto Breno Fortes / @cbfotografia / Correio Braziliense)
1. Por que adotar? “Sempre incentivamos a adoção, isso porque existem
milhares de felinos em abrigos esperando por uma família dedicada e amorosa.
Seja filhote ou adulto, a adoção é um ato muito nobre”.
2. Adulto ou filhote? “Tanto a adoção de filhotes quanto de adultos
implica cuidado. O filhote se habitua mais facilmente à casa e aos tutores,
mas exige treinamento para usar a caixa de areia, por exemplo. Já a
adaptação do adulto exige atenção do ponto de vista de comportamento: deixe
que o felino se habitue à nova casa e ao ambiente, acostume-o aos poucos às
crianças, tenha paciência, pois os gatos têm uma personalidade mais
independente”.
3. Instale redes de proteção. “Assim que decidir adotar um gato,
instale redes de proteção nas janelas e sacadas do apartamento ou da casa.
Geralmente, as próprias ONGs exigem isso no ato da adoção”. Lembre-se:
acidentes acontecem, principalmente com animais curiosos como os gatos.
4. Caixa de areia/ liteira. “Os gatos são animais muito limpos e
aprendem facilmente a usar a caixa de areia. Se você adotou um gatinho que
viveu a vida toda nas ruas, talvez tenha mais dificuldade de ensiná-lo, pois
ele vai preferir eliminar as fezes na parte externa da casa. “ Por que a
caixa de areia? O hábito de enterrar excrementos é uma herança ancestral. Os
gatos enterravam as fezes para que não fossem encontrados por seus
predadores, a intenção era mascarar sua presença nos locais.
5. Tempo de vida. “ A expectativa de vida de um gato é de 12 anos em
média, então, ao adotar, saiba que se trata de um animal que, mesmo sendo
mais independente, vai precisar de seus cuidados e carinho durante toda a
vida. Avalie também o aspecto financeiro, leve em conta gastos com
alimentação e consultas ao veterinário”.
6. Leve-o ao veterinário. “ Além do tutor, o melhor amigo do animal é o
veterinário. Após a adoção, leve a mascote a uma consulta para um check up
geral e orientações quanto ao manejo alimentar”, finaliza *Marcello Machado.
*Marcello Machado é veterinário do Max em Ação.