Um pouco de história. No segundo mandato de Dilma Rousseff, a palavra impeachment começou a ser usada por parlamentares nos plenários das duas Casas 48h depois do início da legislatura, em 1º de fevereiro de 2015. Entre os deputados, o primeiro a falar sobre tema, no caso contra o impedimento da petista foi um aliado, Sílvio Costa (PSC-PE). Ainda no dia 3 daquele mês, a defesa da então presidente foi contestada pelos tucanos mineiros Domingos Sávio e Rodrigo de Castro. É o que mostra uma pesquisa realizada nas secretarias responsáveis pela taquigrafia na Câmara e Senado.
Entre os senadores, no dia 4, Gleisi Hoffmann (PT-PR) citou o “impeachment” para atacar a oposição, que até então se pronunciava sobre um parecer do advogado Ives Gandra. A questão voltou a ser lembrada nos dias 10 e 11 de fevereiro daquele ano, com Fátima Bezerra (PT-RN), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Cristovam Buarque (hoje, PDT-DF). Um aliado de Bolsonaro de longa data resolveu fazer o mesmo agora. O primeiro a citar a palavra impeachment em defesa do capitão reformado foi o deputado estadual Delegado Francischini (PSL-PR), ex-federal e pai de Felipe Francis (PSL-PR), cotado para presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, a primeira parada da reforma da Previdência.
Pelo Twitter, ainda no meio da manhã de hoje, Francischini disse: “Os mesmos sem vergonha que financiaram exposições com dinheiro público onde arte era exploração anal, Jesus vilipendiado e criança alisando marmanjo pelado querem o impeachment de Jair Bolsonaro por criticar o vídeo dos alunos depravados que aprenderam arte no governo do PT”. Lembrar de fatos políticos nunca é demais.
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