Superliga C feminina de vôlei 2018
Volei Serie C José Tramontin/Caramuru

No caminho para fortalecer o vôlei brasileiro, Superliga oficializa Série C

Publicado em Vôlei

Muitas personalidades do esporte brasileiro são categóricos em afirmar que um dos caminhos para se ter uma modalidade bem desenvolvida no país é fortalecer as ligas nacionais. O basquete passou por isso com o Novo Basquete Brasil (NBB) no masculino e vem tentando consolidar a Liga de Basquete Feminino (LBF) com mais atrativos a times e patrocinadores. No handebol, a Liga Nacional adotou o modelo de conferências para abranger mais equipes. No futebol feminino, criou-se o Campeonato Brasileiro A1 e A2. No vôlei, a competição oficializou a Série C em 2018.

Potência no vôlei mundial, o Brasil conseguiu fazer com que as conquistas da Seleção, tanto feminina quanto masculina, aumentassem a popularidade e competitividade da modalidade dentro do país. Algo que não ocorreu com o handebol, por exemplo. O técnico dinamarquês Morten Soubak disse, dois anos depois de ter comandado a Seleção feminina na conquista do inédito título mundial em 2013, que a distância entre os torcedores brasileiros e as atletas daquela equipe campeã dificultou a popularização do esporte no país.

Do time campeão mundial de handebol, apenas três atletas atuavam no país. “As meninas todas jogam na Europa e são pouco conhecidas no Brasil. Para atrair, é necessário ter ídolos por perto. E isso é muito difícil acontecer sem uma liga nacional forte”, observou o dinamarquês um ano antes das Olimpíadas do Rio.

Em 2015, a Liga Nacional feminina foi disputada com apenas seis clubes. E, desde 2016, passou a ser dividida em três conferências: uma para Sul, Sudeste e Centro-Oeste; outra para o Nordeste; e mais uma para o Norte. As três regiões jogam a primeira fase entre si e se cruzam a partir das quartas de final.

Voltando ao vôlei, a edição da Superliga masculina seguinte à conquista do ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 contou com 10 dos 12 campeões olímpicos. O principal torneio do vôlei brasileiro tem ainda Série B desde 2011/2012 e, na versão feminina, tem o torneio de acesso desde 2013/2014. Neste ano, os dois naipes oficializaram a Série C.

A Superliga C feminina de vôlei

Equipe de vôlei do Flamengo está na Superliga C feminina
Com objetivo de voltar à elite do vôlei, Flamengo disputa a Série C | Foto: Flamengo

Na primeira vez que a Superliga C feminina é disputada oficialmente, a terceira divisão do vôlei brasileiro contará com 12 equipes na disputa por quatro vagas para a Superliga B, segunda divisão da principal competição nacional do vôlei. A competição substitui a extinta Taça Prata, que teve a primeira edição em 2016, quando promoveu o Barueri, fundado e comandado pelo técnico da Seleção Brasileira feminina, José Roberto Guimarães, além do ADC Bradesco, de ABEL/Brusque e do Telêmaco Borba.

A competição começou a ser disputada nesta segunda-feira (22/10) e termina no sábado (27/10). As equipes foram divididas em quatro grupos de três clubes cada. Os primeiros colocados de cada grupo estarão classificados para a Superliga B. A terceira divisão será disputada em três sedes: Ponta Grossa (PR), Londrina (PR) e Recife (PE), que terá dois grupos.

Título da Superliga 2000/2001: Flamengo se torna tricampeão no vôlei brasileiro
Flamengo, de Leila e Virna, campeão da Superliga 2000/2001

Entre os times que disputam uma vaga na Série C está o Flamengo, que já foi campeão da elite do vôlei nacional na temporada 2000/2001 com um elenco recheado de estrelas, como as medalhistas olímpicas Leila e Virna. Na época, Luizomar de Moura comandou um elenco que ainda contava com Soninha, Arlene, Gisele, Valeskinha, Tara Cross, Ciça, Eth, Priscila e Josiane como líbero. Essa equipe rubro-negra levou o título em cima do Vasco na final.

A primeira versão da Superliga C masculina, que também substitui a Taça Prata, será disputada de 9 a 12 de novembro deste ano, em Lavras (MG) e São José dos Campos (SP). A competição contará com sete clubes e, diferentemente da edição feminina, disponibilizará duas vagas para a Superliga B. Os times serão divididos em dois grupos e o campeão de cada grupo garante o acesso.

Times da Superliga C feminina

Grupo A
Náutico Capibaribe (PE)
Associação K2 (GO)
Associação Francana (SP)

Grupo B
APCEF (DF)
Flamengo (RJ)
Associação de Gestores Esp. Entretenimento (SP)

Grupo C
Marcelino Champagnata/Fel Londrina (PR)
Maringá/Unifamma/Amavolei (PR)
Associação Nova Geração Pouso Alegre (MG)

Grupo D
Caramuru (PR)
Chapecoense (SC)
Blumenau Vôlei Clube (SC)

Times da Superliga C masculina

Grupo A
São José dos Campos (SP)
Santos F.C. (SP)
AIG-Nagumo (SP)
Vôlei Potiguar/Natal (RN)

Grupo B
Lavras Vôlei (MG)
Uberlândia/Gabarito/Start Química (MG)
AABB-Rio (RJ)

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