Após um mês da derrota do Brasil na Copa do Mundo da França, a Confederação de Futebol Brasileira (CBF) anunciou a demissão do treinador Vadão. O técnico encerra a segunda passagem no comando da Seleção Brasileira feminina. Em ambas as Copas em que esteve a frente da equipe brasileira, em 2015 e 2019, Vadão foi eliminado nas oitavas de final. Em sua segunda passagem pela CBF, o técnico comandou o time feminino do Brasil por um ano e dez meses.
Após a campanha ruim e o silêncio da CBF, que não se manifestou após a eliminação da Copa da França, a cobrança pela demissão do técnico ficou ainda maior. No entanto, desde antes mesmo do Mundial 2019, a permanência do treinador no cargo já havia sendo questionada. Aos 62 anos, Vadão chegou à Copa do Mundo pressionado por uma sequência de nove derrotas.
No Mundial, classificou-se apenas na terceira colocação do Grupo C e pegou a anfitriã França no primeiro jogo válido pela fase eliminatória. Na competição, foram duas vitórias e duas derrotas. Apesar de terem sido reconhecidas pela garra na partida de eliminação, as próprias jogadoras reclamaram ao fim do torneio que precisam de mais.
Com a Seleção, os melhores resultados de Vadão foram o ouro nos Jogos Pan-Americanos Toronto 2015 e os dois títulos de duas Copas América, em 2014 e 2018. A última conquista da Copa América garantiu a vaga no Mundial da França e nas Olimpíadas de Tóquio 2020.
A CBF ainda não informou quem irá substituir Vadão e afirmou, por meio de nota, que trabalha para a definição do próximo nome no prazo mais curto possível. O blog da Gabriela Moreira, do Globoesporte.com, publicou que há uma tentativa de negociação com a técnica sueca Pia Sundhage. A assessoria da CBF, no entanto, não confirma a informação.