Fundado em 2016, o Real Brasília abriu a equipe de futebol feminino em 2019, ano do boom da modalidade impulsionado pelo sucesso de público e audiência da Copa do Mundo feminina daquele ano, na França. No mesmo embalo, o time feminino traçou uma trajetória meteórica. É o atual bicampeão candango e chegou nas semifinais do Campeonato Brasileiro A2 em 2020, garantindo o acesso à Série A1.
As Leoas do Planalto estreiam no Brasileirão A1 no domingo (18/4), às 15h, contra o Cruzeiro, na arena Sesc Alterosas, em Belo Horizonte (MG). Com a participação do Real, o DF disputa pela primeira vez a principal divisão do Nacional feminino com dois representantes. O time se juntou ao Minas Brasília, que também estreia neste domingo.
Com o objetivo de permanecer na elite do futebol nacional, o Real Brasília fez 14 contratações de jogadoras. A maior aposta foi a atacante Evelyn Feitoza, mais conhecida como Gadu. A principal esperança de gol da Leoas do Planalto tem apenas 23 anos, mas chega cheia de moral. Ela foi artilheira do Brasileiro A2 de 2020 e destaque da campanha que rendeu o acesso ao Bahia para a Série A1, com 11 gols em seis jogos.
Em 2019, a média de gols também foi alta. Gadu balançou as redes 21 vezes em oito jogos pelo Bahia. Formada nas categorias de base do Vitória, quando começou em 2017, Gadu se prepara para fazer a primeira temporada da carreira fora do estado baiano. Outra jogadora que também trocou as Mulheres de Aço pelo Real Brasília foi a atacante/lateral direita Dan Nunes.
Muitas chegaram no Real Brasília, mas também tiveram as jogadoras que deixaram o clube. O torcedor que acompanhou o time no ano passado vai sentir falta dos dribles e da velocidade das atacantes Ronaldinha e Rhaizza. Também saíram a zagueira Jaqueline, a lateral esquerda Jennifer e a volante Milena.
Adilson Galdino traz tradição do São José
A reformulação do grupo também mexeu na comissão técnica. Com a saída de Evilásio de Almeida, que comandou a campanha do Real Brasília que terminou entre os quatro melhores do Brasileiro A2 no ano passado, Adilson Galdino assumiu o time, em fevereiro. Campeão mundial com o São José em 2014 sobre o Arsenal, da Inglaterra, o treinador esbanja experiência no futebol feminino.
O novo técnico das Leoas do Planalto começou a carreira como preparador físico, em 2010, na equipe paulista. Nela, virou auxiliar-técnico de Márcio Oliveira e depois foi promovido a treinador, período em que tornou-se tricampeão da Libertadores (duas como auxiliar e uma como técnico), bicampeão da Copa do Brasil e tricampeão Paulista.
“Nosso primeiro objetivo é nos manter na elite. Vamos nos projetar para a competição com muita entrega e determinação de todas as atletas, da comissão técnica e dos demais profissionais”, almeja Galdino. O treinador exaltou a estrutura do clube, que permite que eles “respirem futebol”. A zagueira Isabela Melo destaca a pré-temporada para começar bem no Brasileirão. No clube desde o início do projeto feminino, em 2019, ela não esconde a ansiedade por disputar a principal competição da modalidade no país.
Perfil do Real Brasília
Apelido: Leoas do Planalto
Títulos na competição: estreia no Brasileiro A1.
Em 2020: eliminado nas semifinais do Brasileirão A2.
Casa: Estádio Defelê.
Fundação: 2016
Redes sociais: @realbrasiliafc (Twitter) e @realbrasiliaoficial.
Site: realbrasilia.com.br
Veja elenco do Real Brasília para 2021
Goleiras: Flávia Guedes (São José), Stefane (3B da Amazônia), Thais Amorim (Minas Brasília) e Keikei.
Zagueiras: Petra (3B da Amazônia), Isabela Mello e Jamille.
Laterais direita: Dan Nunes (Bahia) *também atua como ponta, Eliane e Raquel (São José).
Laterais esquerda: Lana, Bruna Natieli, Nathália e Natasha Rosas (3B da Amazônia).
Volantes: Rafa Soares, Sassá, Luciana, Andressa (São Paulo) e Margareth (3B da Amazônia).
Meias: Camila Pini, Maiara, Thais Lemos (3B da Amazônia) e Ellen.
Atacantes: Gadu (Bahia), Marcela, Daniele Silva, Janety (Tiradentes-PI), Pitty, Tábatha (Napoli Caçadores-SC), Joelma (Fortaleza) e Amanda.