Estão definidas as 23 jogadoras que defenderão o Brasil na Copa do Mundo feminina na França, de 7 de junho a 7 de julho. Mesmo após somar nove derrotas consecutivas, o técnico Oswaldo Fumeiro Alvarez, o Vadão, pouco mexeu no elenco que acumulou número recorde de resultados ruins na equipe feminina — o Brasil não vence sob o comando de Vadão desde agosto de 2018.
As apostas do Brasil para a Copa da França, então, seguem as mesmas que levaram o país à melhor campanha conquistada em mundiais: o vice-campeonato em 2007. Trata-se do trio Marta, Formiga e Cristiane. A questão é que essas guerreiras já estão bem veteranas, com 33, 41 e 34 anos, respectivamente.
“Fiz um esforço muito grande para a Formiga voltar, já que ela já havia se despedido da Seleção. E ela atendeu o nosso pedido. A gente brinca que ela não é desse planeta. Ela é uma grande referência e não poderia ficar fora desse projeto”, disse o técnico Vadão sobre uma das veteranas. Não significa que as três não possam ajudar, pois ainda jogam em alto nível, mas a falta de alternativas na convocação para propor uma estratégia tática diferente daquela que não vem dando resultado positivo em campo preocupa.
Desde que reassumiu o comando da Seleção Brasileira feminina de futebol, em setembro de 2017, Vadão trabalhou com 51 jogadoras em períodos de treinamentos distintos, mas poucas se firmaram, postergando uma renovação mais efetiva do elenco brasileiro. De volta à Seleção, Vadão teve 12 vitórias, 1 empate e 10 derrotas até o momento.
O treinador falou dos últimos resultados ruins, mas preferiu colocar o assunto no passado. “Nossa expectativa é alta, temos atletas de qualidade ímpar. Temos jogadoras que são capazes de resolver problemas com talento individual que poucas tem. Estaremos muito mais preparados depois desses quinze dias. Os resultados negativos são passados”, afirmou.
Antes de convocar, Vadão agradeceu as outras atletas que passaram pelos testes antes da convocação. “É muito importante agradecer todas as atletas que estiveram nesse período conosco. Foram 51 atletas que estiveram no período de testes”, disse.
Marco Aurélio Cunha, coordenador da Seleção Feminina, ressaltou o grande número de profissionais da imprensa presentes na coletiva da convocação. “Agradeço todo apoio e esforço para que o futebol feminino se desenvolva no Brasil, da equipe principal até a base. É um momento marcante”, ressaltou.
As jogadoras e a comissão técnica da Seleção Brasileira embarcam para Portugal em 22 de maio, onde ficarão até 5 de junho. A equipe fará a preparação para a Copa da França em Portimão, na região de Algarve, visando à aclimatação da equipe. A escolha do local levou em conta a temperatura no país europeu e o fuso horário. De lá, eles viajam para Grenoble, cidade francesa que será palco da estreia do Brasil diante da Jamaica, no dia 9.
A Seleção Brasileira, que ocupou a terceira posição no ranking da Fifa entre 2008 e 2010, chega à Copa da França neste ano como mera coadjuvante. Na 10ª colocação do ranking, o Brasil é visto como desacreditado, mesmo diante do grupo com a estreante Jamaica, a Itália e a cabeça de chave Austrália. No último mundial, em 2015, as brasileiras chegaram no Canadá como a sétima melhor equipe do mundo e acabaram eliminadas nas oitavas de final pela Austrália.
Goleiras
Aline (Tenerife)
Bárbara (Kindermann)
Letícia Izidoro (Corinthians)
Laterais
Fabiana Baiana (Internacional)
Letícia Santos (Sportclub Sand)
Tamires (Fortuna Hjorring)
Camilinha (Orlando Pride)
Zagueiras
Érika (Corinthians)
Kathellen (Bordeaux)
Mônica (Corinthians)
Tayla (Benfica)
Meias
Andressinha (Portland Thorns)
Formiga (PSG),
Adriana(Corinthians)
Thaisa (Milan)
Atacantes
Bia Zaneratto (Red Angels)
Cristiane (São Paulo)
Raquel (Huelva)
Debinha (NC Courage)
Geyse (Benfica)
Ludmila (Atlético de Madrid)
Marta (Orlando Pride)
Andressa Alves (Barcelona)
Por Maíra Nunes e Maria Eduarda Cardim
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