Conheça a brasileira que tira onda no skate e pode ser bicampeã mundial

Os campeões mundiais de skate street da temporada serão conhecidos nesta sexta-feira (15/9). A modalidade se tornou olímpica e já estreia nas próximas Olimpíadas, nos Jogos de Tóquio-2020. E uma das estrelas mundiais do esporte é a brasileira Letícia Bufoni. A Street League Super Crown, disputada em Los Angeles, nos Estados Unidos, reúne os oito melhores atletas do ano no feminino e no masculino para uma grande final.

Letícia Bufoni fez história quando se tornou a primeira campeã mundial em 2015. Aos 24 anos, a paulistana briga para também ser a primeira a duplicar o feito. Considerada a principal competição de skate de rua do mundo, a Liga Mundial de Skate contou com disputas femininas apenas há dois anos — justamente quando a brasileira abocanhou o título.

Na segunda edição do evento com participação feminina, no ano passado, Letícia bateu na trave: ficou na segunda colocação, com apenas um ponto atrás da americana Lacey Baker, que sagrou-se campeã. Neste ano, Letícia levou o bronze no X-Games, disputado nos EUA.

Letícia se encantou pelo skate aos nove anos, pelas ruas da Vila Matilde, zona Leste da cidade de São Paulo, onde cresceu. Aos 13, mudou-se com os pais brasileiros para Los Angeles. Na escola também chegou a praticar futebol. Mas no skate que ela se profissionalizou. Aos 22 anos, no ano em que foi campeã mundial, a skatista participou do reality show Letícia Let’s Go, que mostrava a rotina dela no Canal Off, transmitido na tevê por assinatura.

Principais candidatas a estragar a festa da brasileira

Letícia Bufoni disputa o título mundial em Los Angeles, cidade que a brasileira escolheu para viver. Na casa onde mora, por sinal, ela realizou o sonho que diz ser de todo skatista: ter a própria rampa no quintal de casa. O cenário parece perfeito para a conquista do bicampeonato. Porém será preciso superar a japonesa Aori Nishimura, que promete ser a principal pedra no sapato da brasileira. Além, claro, da americana Lacey Baker, atual campeã mundial que já aprontou para cima da brasileira em 2016.

Em 2016, Letícia sofreu uma queda grave durante a Street League, em Los Angeles. No dia seguinte, ela postou uma foto nas redes sociais com um colar cervical para falar que estava tudo bem e satisfeita com a conquista da segunda colocação na competição, mesmo tendo sofrido o acidente.

Veja a recuperação de Letícia após a queda na Street League 2016:

Como funciona a disputa da “final”

A decisão do mundial é disputada em duas fases, cada uma delas gera uma nota e a somatória das notas define o campeão. Na primeira fase, o competidor tem direito a dar duas voltas na pista, mas apenas a melhor delas é contabilizada. Na outra, cada atleta apresenta seis manobras, em que as quatro melhores são validadas para a contagem.

Predominância brasileira e estadunidense no Mundial

As duas principais potências do skate mundial são Brasil e Estados Unidos. Os dois países são maioria no Mundial de skate street. Entre os 16 participantes — oito de cada gênero —, há cinco brasileiros e nove norte-americanos. Os “intrusos” ficam por conta de um representante da Austrália entre os homens e de uma japonesa entre as mulheres.

Os brasileiros no Mundial de skate street
Além de Letícia Bufoni, a delegação brasileira conta com Pamela Rosa, na equipe feminina, e Kelvin Hoefler, Tiago Lemos e Carlos Ribeiro, na masculina.

Onde assistir?
Mundial de skate street 2017
Sexta-feira (15/9): a partir das 21h (ao vivo)
No canal Sportv 2