Silvana é campeã da etapa mundial de surfe em dia de dobradinha brasileira

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Duas vezes vice-campeã mundial (em 2008 e 2009), a cearense Silvana Lima, 32 anos, voltou a protagonizar entre os melhores do surfe mundial. Nesta sexta-feira (15/9), a única representante da da “Brazilian Storm” (Tempestade Brasileira, em português) foi campeã da etapa de Trestles, na Califórnia, a sétima das 10 etapas do circuito feminino da Liga Mundial de Surfe (WSL). Filipinho Toledo também fez bonito ao derrotar o sul-africano Jordy Smith e completou a dobradinha brasileira na primeira vez que o Brasil venceu em Trestles pela elite da modalidade.

A única representante do Brasil na elite do surfe feminino não disputava uma final do circuito mundial há sete anos — a última vez foi em 2010, em Lima, no Peru. Até então, a brasileira estava em situação delicada no ranking desta temporada, na 15ª posição. Na Califórnia, no entanto, Silvana reencontrou os aéreos para alcançar notas altas e terminar a etapa invicta. Após o título, ela subiu duas colocações, chegando a 23.600 pontos.

Silvana Lima no mar da Califórnia/Foto: WSL / KENNETH MORRIS

Para chegar ao título nas praias de Trestles, Silvana deixou campeãs mundiais pelo caminho. A final foi decidida sobre a estreante australiana Keely Andrew, com o placar elástico de 17,60 (com 8,93 e 8,67 nas duas melhores ondas) contra 10,93 (4,93 e 6,00). Restando um minuto para o fim da bateria, a australiana se deu por vencida. Ela abraçou Silvana e a parabenizou pelo título.

Antes da bateria final, a brasileira venceu a americana Lakey Peterson na semifinal, e ainda passou pela hexacampeã mundial Stephanie Gilmore, nas quartas de final, e pela tricampeã Carissa Moore, na primeira entrada na água.

Silvana e Filipinho: os campeões da etapa de Trestles / Foto: Steve Sherman WSL


Brasileiro Filipe Toledo vence o atual líder do ranking mundial

Filipinho Toledo foi intenso do início ao fim da decisão da etapa de Trestles, na Califórnia. Não foi por menos. Do outro lado, o brasileiro de Ubatuba (SP) encarou o sul-africano Jordy Smith, que chegava a terceira final consecutiva e liderava o ranking mundial. Antes, o paulista havia vencido John John Florence, nas semifinais, e Kanoa Igarashi, nas quartas.

Esta foi a segunda etapa vencida por Filipinho na temporada. Antes, o brasileiro havia vencido Jeffreys Bay, na África do Sul. Com o resultado, ele sobe duas posições no ranking mundial, chegando à sexta posição, com 34.450 pontos. Jordy Smith segue na liderança (45,850), seguido por John John Florence (43,400). O brasileiro melhor posicionado é Adriano de Souza, o Mineirinho, na sexta colocação, com 34.850. Gabriel Medina caiu para oitavo lugar, com 30.750 pontos.


Surfe estreia nas próximas Olimpíadas, em Tóquio-2020

O surfe está entre as cinco modalidades inseridas nas Olimpíadas a partir de 2020, nos Jogos de Tóquio. A disputa olímpica contará com 40 surfistas (20 no masculino e 20 no feminino) e deve seguir o mesmo formato do Mundial de Surfe, organizado pela World Surf League (WSL).

A disputa no circuito mundial é composta por várias baterias, com as fases de quartas de final, repescagens, semifinal e final. A classificação para as Olimpíadas deve ser concretizada com base no ranking mundial da WSL. Chiba, a 40km de Tóquio, é a cidade litorânea com maior probabilidade de receber a primeira disputa do surfe olímpico.

Maíra Nunes

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