Morre Vadão, ex-técnico da Seleção Brasileira feminina e de Corinthians e SP

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O futebol brasileiro perdeu um personagem marcante na tarde desta segunda-feira (25/5). Oswaldo Fumeiro Alvarez, conhecido como Vadão, morreu aos 63 anos, em São Paulo, devido a complicações relacionadas a um câncer no fígado, diagnosticado em dezembro de 2019, que se alastrou para outros órgãos mesmo com tratamento via quimioterapia e radioterapia.

O treinador comandou a Seleção Brasileira feminina na última Copa do Mundo de futebol, na França, em 2019, a edição do torneio com maior visibilidade da história. Ele também foi o técnico do Brasil na Copa anterior,  em 2015, no Canadá, sendo o único a trabalhar como técnico da equipe feminina em dois Mundiais. Nas redes sociais, recebeu muitas homenagens de jogadoras e entidades.

Foram duas as passagens de Vadão como técnico da Seleção Brasileira feminina. A primeira, de 2014 a 2016. E a segunda, de 2017 a 2019. Nesse período, conquistou duas Copas Américas (2014 e 2018), a medalha de ouro nos jogos Pan-Americanos de 2015, dois Torneios Internacionais, além de um quarto lugar nos Jogos Olímpicos do Brasil em 2016. A despedida ocorreu após a Copa do Mundo da França, em 2019.

Antes de atuar no futebol feminino, Vadão comandou uma lista extensa de clubes masculinos. No início da década de 1990, ganhou fama pelo estilo ofensivo que aplicou no Mogi Mirim, que tinha o ataque formado por Rivaldo, Leto e Válber. Esse time ficou conhecido nacionalmente como Carrossel Caipira, pela semelhança tática com a seleção da Holanda de 1974.

Vadão também foi técnico do Guarani, XV de Piracicaba, Athetico-PR, Corinthians, São Paulo, Ponte Preta, Bahia, Goiás, Sport. Foi responsável por lançar o meia brasiliense Kaká ao futebol profissional do São Paulo, aos 16 anos. O garoto se tornaria destaque de um elenco bem jovem comandado por Vadão, que sagrou-se campeão do Torneio Rio São Paulo em 2001.

Vadão deixa a esposa Ana Alvarez e dois filhos, Adriano e Carolina Alvares. O corpo dele será levado para Monte Azul Paulista, interior paulista, terra natal dele. O velório e sepultamento serão restrito aos familiares por conta da pandemia do novo coronavírus.

Maíra Nunes

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