Ano novo, novas jogadoras e casa nova. É assim que o Minas Brasília começa a segunda temporada na elite do futebol feminino nacional. Com 12 reforços, o time estreia no Campeonato Brasileiro A1 contra o Grêmio, neste sábado (8/2), às 17h, no Estádio Francisco Novelletto, também conhecido como Zequinha, de grama sintética, em Porto Alegre. Entre as jogadoras recém-chegadas, duas vieram justamente do adversário gaúcho e apostam na “lei do ex” para voltar para casa com os primeiros pontos no torneio. O jogo será transmitido ao vivo pela CBF TV, no site Mycujoo.
“A estreia será um bom teste. A equipe toda está confiante. Espero que saia gol. Tem a ‘lei da ex’. Se falhar comigo, vou ficar triste”, brincou Luiza Farinon, meia-atacante que veio do Grêmio. “Mas ajudando a equipe está de bom tamanho”, completou. A jogadora de 20 anos passou pela Seleção Brasileira sub-17 e chega para fortalecer o setor ofensivo do Minas Brasília, que marcou 12 gols nos 15 jogos que disputou no Brasileiro A1 de 2019.
“Trabalhamos no ano passado e vimos que pecamos no ataque, fizemos pouco gols. Então focamos as contratações na parte ofensiva”
Nayeri Albuquerque, presidente do Minas Brasília
“Trabalhamos no ano passado e vimos que pecamos um pouco no ataque, fizemos pouco gols. Então focamos as contratações na parte ofensiva”, ressalta Nayeri Albuquerque, uma das presidentes do clube. Outra novidade contratada nesta linha foi Katrine da Silva, meio-campista que também acumula passagens pela categoria de base da Seleção Brasileira e está entre as renovações de peso da equipe. O Grêmio é um dos quatro clubes que subiram de divisão no Brasileirão feminino, ao lado de Palmeiras, São Paulo e Cruzeiro.
“Estou ansiosa por ser o primeiro jogo do Brasileiro e ainda contra o meu antigo clube”, disse Katrine. A jogadora de 21 anos é uma das apostas da equipe de Brasília e disse ter se adaptado facilmente à nova casa. “Vivi muita coisa no Grêmio, mas agora eu espero ajudar o Minas Brasília. Se não for com gol, que seja com assistência ou na marcação”, completa.
Outra estratégia do time que começa a investir em atletas de fora da cidade foi incluir jogadoras experientes. Entre elas, estão a zagueira Liah, ex-Cruzeiro, e Bárbara, volante que pertencia ao Cresspom. As novidades agradaram o técnico Singo Santos. “É uma equipe que faz leitura de jogo, tem bom posicionamento e boa movimentação. As peças do ataque são rápidas e de finalização precisa. Para o sistema defensivo, trouxemos atletas que sabem se comportar em situação de pressão”, avalia.
“Com a experiência do ano passado, vimos que temos de melhorar a estrutura do time”, observou a presidente Nayeri Albuquerque. Isso implicará em mudança de casa. O Minas Brasília, que mandava os jogos no Estádio Abadião, em Ceilândia, passará a jogar no Bezerrão, no Gama. A arena passou por melhorias para sediar a Copa do Mundo Sub-17, em novembro do ano passado. Além das instalações mais modernas, a troca tem como objetivo envolver os moradores da cidade, notadamente apaixonados por futebol.
“Nosso objetivo é envolver outras cidades do DF para que também possam se apaixonar pelo futebol feminino e pelo Minas Icesp Brasília”, anseia Nayeri. A presidente do clube avisa que a intenção é lotar o estádio. Para isso, convida a comunidade para apoiar e ajudar a criar uma identidade de torcida.
No ano de debute na elite do futebol nacional, o Minas Brasília alcançou o objetivo traçado: permanecer na Série A1. O time terminou o torneio na 11ª posição, com 15 pontos (quatro vitórias, dois empates e oito derrotas). Agora, a meta é encerrar a primeira fase entre os oito melhores para se classificar à fase eliminatória. O formato da disputa é o mesmo da edição anterior. Na fase mata-mata, os confrontos serão disputados em jogos de ida e volta até a final. Dos 16 times, os quatro últimos são rebaixados para a Série A2 em 2021.
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