O esporte sempre esteve no sangue de Eduarda Santos Lisboa, jogadora do vôlei de praia classificada para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. A filha da ex-atleta da modalidade, Cida, cresceu vendo a mãe atuar e se apaixonou. Aos nove anos, começou a fazer aulas com a própria matriarca e, aos 15, tornou-se profissional. Duda reconhece que a ascensão na carreira foi rápida. Aos 21, a vaga em Tóquio está garantida e a jovem só pensa em aproveitar o momento.
Duda tem consciência de que as conquistas na carreira aconteceram rápido, mas mantém os pés no chão para ir ainda mais longe. “Sempre foi um sonho me classificar para os Jogos Olímpicos. O ápice de qualquer atleta é conseguir uma vaga nas Olimpíadas e consegui. Hoje, sou muito feliz, porque sempre sonhei e imaginava isso. Foi tão rápido. Tenho 21 anos e estou aproveitando o momento, treinando bastante para fazer o meu melhor em Tóquio”, comemora.
Apesar da pouca idade, a sergipana conta no currículo com títulos importantes, que comprovam a habilidade exibida na areia. Duda foi eleita a melhor jogadora de vôlei de praia do mundo pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB) por dois anos consecutivos, em 2018 e 2019. A sergipana quebrou um recorde ao se tornar a atleta mais nova a ganhar o prêmio.
Duda se classificou para os Jogos de Tóquio ao lado de Ágatha Bednarczuk, com quem joga desde 2017. Ágatha tem uma medalha de prata olímpica conquistada em 2016, no Rio, ao lado de Bárbara Seixas. A experiência da parceira traz tranquilidade a Duda. “Com certeza, a experiência dela de vice-campeã olímpica vai ajudar. Estou indo para minha primeira Olimpíada e não sei nem o que vou enfrentar lá, enquanto ela me contou como foi o primeiro jogo, como é jogar na arena com uma multidão”, comenta.
Apesar de estar acostumada com grandes torneios, Duda sabe que o ambiente de Olimpíada é diferente. “Essas dicas são muito importantes para eu chegar lá e ter uma noção”, completa. A parceria conquistou o Circuito Mundial de 2018 e o primeiro lugar do World Tour Finals, etapa mais importante do ano no vôlei de praia, em agosto de 2018.
Duda é acostumada com a vida de uma atleta profissional desde os 15 anos, mas admite que a rotina exige renúncias e sacrifícios. “Você treina, malha, vive em função do esporte. Acorda para treinar, dorme para treinar, alimenta-se por causa do esporte, vive em função disso. É uma vida de muitos altos e baixos, há várias pedras no caminho, mas eu amo o vôlei de praia e sou grata por estar em um trabalho que eu gosto”, comenta.
O favoritismo do Brasil na modalidade não pressiona a jovem jogadora. Em Jogos Olímpicos, o Brasil, com três ouros, só perde para os Estados Unidos, que tem seis medalhas douradas na competição. Para Duda, a força brasileira na modalidade vai impulsionar a dupla em Tóquio. “Esse favoritismo é muito bom, porque causa ainda mais motivação, você tem mais vontade, pode sonhar ainda mais alto. E o Brasil tem sempre uma grande estrutura de comissão”, avalia, ponderando que a dedicação será o diferencial.
A jogadora prefere não eleger um adversário como mais forte, pois acredita que o cenário mundial é equilibrado. “É muito difícil mencionar uma dupla como principal rival, a gente tem de estar muito bem preparada para estudar os pontos fortes de todas as competidoras”, pontua.
Nos momentos livres, a preferência é por ficar em casa e descansar. Aventurar-se na cozinha é um dos hobbies que adora e não deixa de brincar com a cachorrinha sempre que pode.
Nome: Eduarda Santos Lisboa
Modalidade: vôlei de praia
Idade: 21 anos
Naturalidade: Aracaju (SE)
Participações olímpicas: estreia em Tóquio-2020
Principais títulos: melhor jogadora do mundo do vôlei de praia pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB) em 2018 e 2019; campeã dos Jogos Olímpicos da Juventude em 2014
O vôlei de praia estreou nos Jogos Olímpicos em Atlanta-1996. O resultado não poderia ter sido melhor para o Brasil, que, logo na estreia da modalidade, garantiu uma dobradinha no pódio feminino. Sandra Pires e Jackie Silva garantiram o ouro, enquanto Adriana Samuel e Mônica Rodrigues, a prata.
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