A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e os clubes decidiram encerrar antecipadamente a Superliga B feminina, em reunião realizada por meio de videoconferência nesta quarta-feira (18/3). Sete dos oito clubes que disputam a competição participaram da decisão, que foi motivada pela pandemia do novo coronavírus.
Com isso, o Brasília Vôlei e o Itajaí Vôlei, líder e vice-líder da classificação, garantem vaga na elite do vôlei brasileiro na próxima temporada, em 2020/2021. A Superliga B feminina 2020 encerrou a primeira fase, em que todos os times se enfrentaram em turno único, e foi paralisada antes das quartas de final.
“No primeiro momento, fiquei bastante trite, porque o time vinha em uma crescente e que tinha boas condições de chegar ao título”, reconheceu o técnico do Brasília Vôlei, Rogério Portela. “Mas pensando na saúde mundial, temos de abraçar a causa mesmo, acho que foi certa e decisão e conseguimos a volta à Superliga de uma forma bem bacana, com o grupo forte”, completou.
O treinador do time brasiliense ainda ressaltou que teve a oportunidade de jogar contra o Itajaí Vôlei, que terminou na segunda colocação. “Ainda conseguimos enfrentar o time de Itajaí e vencer (por 3 sets a 0). Não é pouca coisa ganhar do time da Sassá, campeã olímpica em Pequim-2008”, comemorou Rogério Portela, de forma bem humorada.
A tabela da Superliga B feminina terminou com ADC Bradesco (SP), em terceiro lugar; seguido por São José dos Pinhais (PR); Bluvôlei (SC), Franca (SP), Chapeo (SC) e Sport (PE), na lanterna.
“No feminino, não teve demérito nenhum. A vaga para a Superliga A foi conquistada na quadra em uma campanha irretocável do Brasília Vôlei”, Flávio Thiessen
Gerente do projeto candango.
Segundo Flávio, o banco BRB, principal patrocinador, deu total apoio à situação. “O BRB disse que os atletas vão receber tudo certinho. Todos os contratos seguem vigente, mas o time estará com atividades suspensas e os profissionais serão liberados para ficarem em casa.”
O comitê de crise da CBV, composto por área técnica, médica e jurídica, entre outros, propôs duas opções para os clubes votarem na reunião. A primeira seria pelo término antecipado da Superliga B, tendo como base a fase classificatória. E a segunda, por uma competição em outro formato mais rápido, a ser disputada quando a situação do novo coronavírus se estabilizar.
“Pensamos acima de tudo na saúde dos envolvidos. O melhor seria pelo encerramento do campeonato justamente pela indefinição do que está por acontecer. Apresentamos essa proposta e tivemos a aprovação dos clubes. Então, a partir de hoje, 18 de março, a Superliga B feminina 2020 está finalizada respeitando a classificação de momento”
Renato D´Avila, Superintendente de Competições Quadra da CBV
Com a decisão pelo término da Superliga B, a entidade recomendou que os clubes liberem as atletas de treinamento e que elas permaneçam em casa, seguindo as recomendações das autoridades da saúde.
“O acordo foi pelo bem de todos os atletas, comissões técnicas, dirigentes, árbitros e demais envolvidos na realização de uma partida em virtude do coronavírus (COVID-19)”, comunicou a CBV.
A CBV realizará quatro reuniões por videoconferência envolvendo os clubes da Superliga masculina e feminina e da Superliga B também dos dois naipes entre esta quarta e quinta-feira (19.03). O objetivo é definir como irão conduzir as competições diante do cenário brasileiro com o novo coronavírus.
A Superliga B masculina seguiu a conduta da feminina e também antecipou o fim do torneio por conta do coronavirus (com 5 votos a favor e 3 contra). Assim, o Vôlei Guarulhos e o Uberlândia garantiram vaga na Superliga A 2020/2020. Fora da zona de classificação, o Anápólis Vôlei terminou em terceiro lugar e o Brasília Vôlei/Upis, em quarto.
Técnico do time masculino, Marcelo Thiessen reconhece o sentimento de frustração, mas concorda incondicionalmente com a decisão em pró da saúde das pessoas diante da pandemia do novo coronavírus.
“No nosso planejamento, claro que é ruim, porque o planejamento desde o começo era chegar mais solto nos playoffs. Tinhamos realmente condição de competir para subir. Fica uma tristeza no grupo em geral, mas sabendo que não tem o que fazer. É algo muito grave e não tem como bater o pé em relação a isso”
Marcelo Thiessen, técnico do Brasília Vôlei/Upis masculino
“No caso de Brasília especificamente, eu lamento pelo time masculino. Estávamos em um momento bom, ganhamos do líder na última rodada (por 3 x 2). Queria ver essa disputa pela vaga na elite na quadra, porque campeonato no masculino é muito equilibrado”, comenta Flávio Thiessen, gerente do projeto feminino e masculino do Brasília Vôlei.
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