Marta-Brasil x Itália
vitoria Assessoria/CBF

Brasil vence Itália com 17º gol de Marta, a artilheira das Copas

Publicado em Futebol

Valenciennes (França) — O Brasil colocou a alma em campo contra a Itália, nesta terça-feira (18/6), no Stade du Hainaut, em Valenciennes, na França. A vitória até aconteceu. Da canhotinha de Marta, saiu não apenas o único gol da partida, como o recorde de maior artilheira da história da Copa do Mundo, tanto na feminina quanto na masculina. Ao fazer o 17º gol em mundiais, a Rainha passou o alemão Miroslav Klose, que tem 16. Mas não evitou que o Brasil terminasse em terceiro do grupo, posição em que pega a anfitriã França ou a bicampeã Alemanha nas oitavas de final da Copa do Mundo feminina.

“O recorde é nosso, de todas nós, mulheres que lutamos constantemente por melhorias em todos os setores. Eu divido com todas que batalham e ainda têm de provar que são capazes de desempenhar qualquer tipo de atividade”, comemorou Marta. Após abrir o placar, o Brasil chegou a sentir o gostinho do segundo lugar do grupo. Já que a Austrália vencia a Jamaica por 3 x 1. O sentimento durou cerca de 20 minutos, até a Austrália ampliar a vantagem e passar o Brasil na tabela,m, por causa do saldo de gol.

Cerca de seis horas antes de entrar em campo para o jogo contra a Itália, a Seleção Brasileira soube que a meia Andressa Alves estava fora da partida e do restante da Copa do Mundo. Ludmila e Tamires contaram que a notícia abalou o elenco. “Mas também nos motivou, porque jogamos por ela”, disseram. A camisa 10 do Barcelona sofreu uma lesão na coxa esquerda durante treino no dia anterior. A equipe, que já estava desfalcada de Formiga, foi com Andressinha e Ludmila para o campo.

O Brasil começou o jogo indo para cima das italianas, pressionando a saída de bola das adversárias. Era necessário vencer e ainda abrir boa vantagem para ultrapassar a Austrália ou a própria Itália no saldo de gol. O risco era a exposição aos contra-ataques, aposta da Azzurra para o confronto. Logo aos 4 minutos, as italianas mostraram o poder ofensivo que a colocaram na liderança do grupo, com boa finalização da Bonansea no canto direito de Bárbara.

Assim seguiu a partida. Com 10 minutos, o Brasil tinha 63% de posse de bola. Pouco depois, teve uma sequência de três escanteios seguidos com perigo. No primeiro, Marta cobrou e Debinha completou de letra dentro da área. Uma jogada linda que parou nas mãos da goleira Giuliani. No segundo, a goleira salvou o que seria um gol olímpico da Rainha Marta. No terceiro, Kethellen cabeceou com perigo, mas o placar seguiu inalterado.

Em jogo aberto, a Itália ainda assustou ao balançar as redes com Cristiana Girelli, mas em posição de impedimento. Gol anulado corretamente. A goleira brasileira Bárbara também precisou protagonizar um milagre ao defender, à queima roupa, chute de Bonansea. Mostras de como a Itália conseguiu equilibrar a disputa, igualando, inclusive, a posse de bola.

O Brasil voltou do intervalo novamente intenso. Andressinha acertou o travessão em cobrança de falta e Kathellen arrancou suspiros das arquibancadas após uma cabeçada dentro da área que raspou a trave. As principais tentativas eram do Brasil até Debinha ser deslocada dentro da área e a árbitra marcar pênalti.

Marta, que estava de batom roxo por ter assinado patrocínio com uma marca de produtos de beleza, abriu o placar, ampliando a marca dela como maior artilheira da história da Copa do Mundo, chegando a 17 gols. Os brasileiros comemoraram de olho no placar entre Austrália e Jamaica. Naquele momento, as brasileiras avançavam em segundo do grupo, já que as jamaicanos marcaram um gol contra as australianas, deixando o placar, momentaneamente, em 3 x 1.

A alegria brasileira, porém, durou apenas até a Austrália arrancar o quarto gol na vitória por 4 x 1. Sem Marta nos últimos 12 minutos de jogo, o Brasil foi como pôde para tentar o segundo gol e, assim, subir na tabela. Mas não deu. Agora, a equipe comandada por Vadão aguarda o fim da fase de grupos para ter o adversário definido. Austrália avançou em segundo e a Itália em primeiro.

Por Maíra Nunes — Enviada especial 

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