Seleção feminina vence Zâmbia e pega Canadá nas quartas de final

Compartilhe

Estão definidos os confrontos das quartas de final do futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Tóquio. O Brasil venceu a Zâmbia, por 1 x 0, na manhã desta terça-feira (27/7), em Saitama, garantindo a classificação em segundo lugar do Grupo F, com 7 pontos. As brasileiras ficaram atrás apenas da Holanda, que goleou a China, por 8 x 2, e terminou com maior saldo de gols.

Com essa configuração, o Brasil enfrenta o Canadá  na sexta-feira (30/7), às 5h (horário de Brasília), no primeiro desafio da fase eliminatória. Já a Holanda pega os Estados Unidos. Completa os confrontos das quartas de finais Suécia x Japão; e Grã-Bretanha x Austrália.

Lance decisivo aos 10 minutos

Como prometido pela técnica Pia Sundhage, a Seleção Brasileira foi à campo para o terceiro e último jogo da primeira fase com muitas mudanças no time titular. As novidades foram Poliana na zaga, Letícia Santos e Jucinara nas laterais, Angelina no meio campo, ao lado de Formiga, Andressa Alves e Ludmila no ataque. Aos 22 minutos, Bia Zaneratto chocou a cabeça em um lance de jogo e foi substituída por Giovanna, outra novata da Seleção.

O jogo até começou movimentado. O Brasil chegou com perigo pela primeira vez aos 3 minutos, com Rafaelle, em cobrança de falta. A Zâmbia respondeu com a estrela do país Barbra Banda. A atacante de 21 anos foi lançada na área, se livrou de duas marcadoras e finalizou de esquerda. A goleira Bárbara defendeu na primeira tentativa e, no rebote, pegou novamente.

Na primeira participação olímpica do país africano, a camisa 11 da Zâmbia marcou dois hat-tricks, contra Holanda e China. No duelo contra o Brasil, porém, ela não balançou a rede. O lance decisivo da partida aconteceu aos 10 minutos. Ludmila recebeu lançamento e arrancou sozinha em velocidade, mas foi desequilibrada pelo toque de Mweemba.

A brasileira se chocou com a goleira Nali, que precisou ser substituída. O lance foi checado pelo VAR (árbitro de vídeo) e terminou com a marcação da falta e a expulsão da zagueira zambiana. Na cobrança, Andressa Alves bateu com categoria no canto esquerdo. A goleira Musole, que havia acabado de entrar no jogo, falhou no lance que abriu o placar para o Brasil.

Muito fôlego, pouco entrosamento

Apesar do cenário favorável logo no início da partida, o Brasil esbarrou na forte marcação adversária e na falta de entrosamento. Com seis mudanças no time titular, a equipe encontrou bastante dificuldade nas ligações para o ataque e errou muitos passes.

O resultado foi um primeiro tempo truncado e muito picotado, devido aos atendimentos médicos às jogadoras, tanto que foram 14 minutos de acréscimos. O Brasil ainda teve duas chance de ampliar a vantagem, com Rafaelle de cabeça e Andressa Alves, que acertou o travessão em chute de dentro da área.

O Brasil voltou do intervalo com mais mudanças. Duda e Júlia Bianchi entraram no lugar de Marta e Formiga. No fim do jogo, Geyse e Debinha ainda ganharam uns minutinhos em campo, no lugar de Ludmila e Andressa Alves. Em campo, porém, o time criou muito pouco, terminando 1 x 0.

O desempenho abaixo do esperado deixou um sabor amargo estampado no semblante das jogadoras após o término do jogo. Na prática, porém, o placar magro foi interessante para fugir dos Estados Unidos nas quartas de final.

“É um jogo de cada vez, somos um grupo fechado, todo mundo é importante, todo mundo conta, e a gente vai forte para as quartas de final”
Andressa Alves, melhor jogadora do Brasil no jogo.

Maíra Nunes

Posts recentes

Macris diz que lesão nas Olimpíadas está cobrando o preço: “Longe dos meus 100%”

Como se não bastasse a intensidade de sentimentos por disputar os primeiros Jogos Olímpicos da…

3 anos atrás

Atacante Nycole, de Brasília, rompe LCA e adia sonho com a Seleção

A brasiliense Nycole Raysla, 21 anos, atacante do Benfica que vinha sendo convocada nos últimos…

3 anos atrás

Goleira do Minas Brasília, Karen é convocada para a Seleção Brasileira

Goleira do Minas Brasília, Karen Hipólito é um dos nomes novos a ter oportunidade na…

3 anos atrás

Medalhas femininas do Brasil praticamente dobram da Rio-2016 para Tóquio-2020

O Brasil encerrou os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 com a melhor campanha da história no…

3 anos atrás

Canadá vence Suécia na primeira final olímpica do futebol feminino definida nos pênaltis

Definida pela primeira vez na disputa dos pênaltis, a final olímpica do futebol feminino terminou…

3 anos atrás

Sem Tandara, Brasil domina Coreia do Sul e pegará EUA na final de Tóquio-2020

Após ser acordada com a notícia bomba do corte da oposta Tandara dos Jogos Olímpicos…

3 anos atrás