Estão definidos os confrontos das quartas de final do futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Tóquio. O Brasil venceu a Zâmbia, por 1 x 0, na manhã desta terça-feira (27/7), em Saitama, garantindo a classificação em segundo lugar do Grupo F, com 7 pontos. As brasileiras ficaram atrás apenas da Holanda, que goleou a China, por 8 x 2, e terminou com maior saldo de gols.
Com essa configuração, o Brasil enfrenta o Canadá na sexta-feira (30/7), às 5h (horário de Brasília), no primeiro desafio da fase eliminatória. Já a Holanda pega os Estados Unidos. Completa os confrontos das quartas de finais Suécia x Japão; e Grã-Bretanha x Austrália.
Chaveamento definido! ✅ #Tokyo2020
O caminho para o ouro olímpico está traçado! Sexta-feira tem jogão decisivo contra o Canadá pelas quartas de final. Naquele horário, logo cedinho, às 5h. #GuerreirasDoBrasil 🇧🇷 pic.twitter.com/7g0pwxxXs8
— Seleção Feminina de Futebol (@SelecaoFeminina) July 27, 2021
Lance decisivo aos 10 minutos
Como prometido pela técnica Pia Sundhage, a Seleção Brasileira foi à campo para o terceiro e último jogo da primeira fase com muitas mudanças no time titular. As novidades foram Poliana na zaga, Letícia Santos e Jucinara nas laterais, Angelina no meio campo, ao lado de Formiga, Andressa Alves e Ludmila no ataque. Aos 22 minutos, Bia Zaneratto chocou a cabeça em um lance de jogo e foi substituída por Giovanna, outra novata da Seleção.
O jogo até começou movimentado. O Brasil chegou com perigo pela primeira vez aos 3 minutos, com Rafaelle, em cobrança de falta. A Zâmbia respondeu com a estrela do país Barbra Banda. A atacante de 21 anos foi lançada na área, se livrou de duas marcadoras e finalizou de esquerda. A goleira Bárbara defendeu na primeira tentativa e, no rebote, pegou novamente.
Na primeira participação olímpica do país africano, a camisa 11 da Zâmbia marcou dois hat-tricks, contra Holanda e China. No duelo contra o Brasil, porém, ela não balançou a rede. O lance decisivo da partida aconteceu aos 10 minutos. Ludmila recebeu lançamento e arrancou sozinha em velocidade, mas foi desequilibrada pelo toque de Mweemba.
A brasileira se chocou com a goleira Nali, que precisou ser substituída. O lance foi checado pelo VAR (árbitro de vídeo) e terminou com a marcação da falta e a expulsão da zagueira zambiana. Na cobrança, Andressa Alves bateu com categoria no canto esquerdo. A goleira Musole, que havia acabado de entrar no jogo, falhou no lance que abriu o placar para o Brasil.
Muito fôlego, pouco entrosamento
Apesar do cenário favorável logo no início da partida, o Brasil esbarrou na forte marcação adversária e na falta de entrosamento. Com seis mudanças no time titular, a equipe encontrou bastante dificuldade nas ligações para o ataque e errou muitos passes.
O resultado foi um primeiro tempo truncado e muito picotado, devido aos atendimentos médicos às jogadoras, tanto que foram 14 minutos de acréscimos. O Brasil ainda teve duas chance de ampliar a vantagem, com Rafaelle de cabeça e Andressa Alves, que acertou o travessão em chute de dentro da área.
O Brasil voltou do intervalo com mais mudanças. Duda e Júlia Bianchi entraram no lugar de Marta e Formiga. No fim do jogo, Geyse e Debinha ainda ganharam uns minutinhos em campo, no lugar de Ludmila e Andressa Alves. Em campo, porém, o time criou muito pouco, terminando 1 x 0.
O desempenho abaixo do esperado deixou um sabor amargo estampado no semblante das jogadoras após o término do jogo. Na prática, porém, o placar magro foi interessante para fugir dos Estados Unidos nas quartas de final.
“É um jogo de cada vez, somos um grupo fechado, todo mundo é importante, todo mundo conta, e a gente vai forte para as quartas de final”
Andressa Alves, melhor jogadora do Brasil no jogo.