Jaqueline Silva: “Há um farto material por ser avaliado pela CPI e inúmeros fatos ainda não esclarecidos”

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À Queima-roupa // Deputada distrital Jaqueline Silva, integrante da CPI dos Atos Antidemocráticos

por Ana Maria Campos

A CPI dos Atos Antidemocráticos é para valer?
Assim como em todos os trabalhos que desempenho, vou buscar fazer o melhor. O objeto da comissão é de extrema importância para o DF e o Brasil. Tenho certeza de que todos os deputados sabem a responsabilidade que estamos carregando. Não cabe nenhum jogo quando o que está em questão é a saúde da nossa democracia.

Vai proteger o governador afastado Ibaneis Rocha ou integrantes do governo federal para simplesmente encontrar um bode expiatório?
Na abertura da CPI, deixei claro que não estou ali para perseguir nem para blindar quem quer que seja. O objetivo é trabalhar com isenção e sem pré-julgamentos.

Por onde vão começar os trabalhos?
Decidimos, ainda na formulação do requerimento, que a investigação inicia nos atentados ocorridos no dia 12 de dezembro, quando carros e ônibus foram incendiados, delegacia e sede da Polícia Federal atacadas. Já existem requerimentos de documentos e depoimentos que nos ajudarão a montar a linha de investigação a partir deste momento.

No depoimento do ex-secretário de Segurança e ex-ministro da Justiça Anderson Torres, acha que deve ser abordada a questão da minuta do golpe?
Acredito que a CPI deve se manter focada nos atentados. Caso no decorrer das investigações seja constatada alguma ligação do documento apreendido com os crimes em apuração, deve ser objeto da comissão. Caso não haja uma ligação direta, os órgãos de investigação federal devem conduzir o assunto.

Há, na sua avaliação, um indicativo de quem falhou na segurança?
Há um farto material por ser avaliado e inúmeros fatos ainda não esclarecidos. Culpar antecipadamente seria um erro. Queremos atuar de forma transparente, contribuindo para que justiça seja feita de forma exemplar e que este episódio jamais se repita.

Qual vai ser o foco? A individualização das condutas, o financiamento dos vândalos ou a responsabilidade?
Defendo uma investigação ampla, que englobe todos os fatos que desencadearam os atentados. Por isso, a necessidade de traçar uma linha do tempo com o maior número de elementos possível.

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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