Começa a transição para o fim da intervenção

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Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos

O interventor na segurança pública do DF, Ricardo Cappelli, trabalhou em sintonia e com respeito às instituições da cidade. O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, braço direito do ministro Flávio Dino, se reuniu com integrantes do governo do DF, das forças de segurança, esteve com deputados distritais, com o presidente do Tribunal de Contas do DF, Márcio Michel, com a senadora Leila Barros (PDT-DF), além de prestar contas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. Hoje ele apresenta relatório sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. Com o anúncio do novo secretário de Segurança Pública do DF pela governadora em exercício Celina Leão (PP), começa a transição para o fim da intervenção.

Medidas acertadas
Na opinião de integrantes da área de segurança pública, o interventor Ricardo Cappelli acertou ao nomear para o comando da Polícia Militar do DF o número 2 da corporação, coronel Klepter Rosa, quando foi decretada a prisão do então comandante-geral Fábio Augusto Vieira, depois dos atos golpistas de 8 de janeiro. Cappelli conseguiu, assim, manter o controle da PM. Ele também fez elogios públicos à corporação, o que ajudou a subir a auto-estima da tropa. Outra medida considerada acertada foi o retorno da equipe do delegado Júlio Danilo, que estava à frente da Secretaria de Segurança até a volta de Anderson Torres e trabalhou com sucesso em várias manifestações, inclusive na posse do presidente Lula.

Aval
O delegado da Polícia Federal Sandro Torres Avelar deve ser anunciado hoje como secretário de Segurança Pública do DF. A escolha tem o aval do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e também do governo do Distrito Federal.

Currículo
Sandro Avelar foi secretário de Segurança Pública durante três anos no governo de Agnelo Queiroz, entre 2011 e 2014. Ele não tinha ligações partidárias, mas foi escolhido, entre outros atributos, pelo trabalho que desenvolveu no Ministério da Justiça como diretor do Sistema Penitenciário Federal, entre 2010 e 2011, nos governos de Lula e Dilma Rousseff. Agnelo pediu uma indicação de um técnico para a Secretaria de Segurança e o MJ, então sob o comando de José Eduardo Cardozo, indicou Sandro Avelar.

Preocupação com o carnaval

Depois do vandalismo na Praça dos Três Poderes e na área central de Brasília, autoridades públicas estão preocupados com a aglomeração do carnaval. Várias reuniões estão sendo realizadas, envolvendo a governadora em exercício, Celina Leão (PP), representantes da área de segurança pública, deputados distritais, e o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. A Procuradoria Distrital dos Direitos do Cidadão do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) encaminhou ontem ao GDF uma série de recomendações, inclusive sobre o barulho em áreas residenciais, mobilidade e segurança.

TJDFT dá posse a nova desembargadora
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) vai realizar, nesta sexta-feira, a cerimônia de posse da juíza Carmen Nícea Nogueira Bittencourt como desembargadora. Ela foi eleita por unanimidade pelo critério de merecimento em novembro de 2022. Juíza de Direito Substituta de 2° Grau, Carmen Bittencourt vai ocupar a vaga aberta com a aposentadoria da desembargadora Carmelita Brasil. A juíza ingressou na magistratura do Distrito Federal em fevereiro de 1995. Esteve à frente da 2ª Vara de Família de Taguatinga, 2ª Vara de Família do Paranoá e do 2º Juizado de Fazenda Pública do DF. Foi Diretora do Fórum da Circunscrição Judiciária de Taguatinga e do Paranoá. Presidiu várias comissões e grupos de trabalho no TJDFT, como, por exemplo, a Comissão para implantação dos Juizados Cíveis e Criminais no Distrito Federal, Projeto de Justiça Comunitária e Projeto Piloto de Implantação da Mediação no TJDFT. Atualmente, exerce a função de Coordenadora dos Juizados Especiais de Fazenda Pública do Distrito Federal.

Ajuda a pais que perderam filhos deficientes
Entrou em vigor ontem lei que facilita a profissionalização e reinserção no mercado de trabalho de pais ou responsáveis legais de pessoas com deficiência, em caso de falecimento destas. De autoria do deputado distrital Robério Negreiros (PSD), a norma estabelece prioridade ao acesso nos cursos oferecidos pelo poder público. Com a nova lei, sancionada pela governadora em exercício, Celina Leão (PP), após a profissionalização dos pais ou responsáveis — cujo cuidado ou tratamento tenha sido demandado por prescrição médica, em período integral — também deve ser facilitado o acesso aos empregos, mediante atuação do Poder Executivo no sentido de incentivar a contratação.

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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