PV quer presidência do Iphan para Leandro Grass

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Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos

O PV quer indicar o ex-deputado distrital Leandro Grass para a presidência do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), vinculado ao Ministério da Cultura. Mas o cargo é cobiçado por petistas sob o argumento de que a função deve ser exercida por um técnico. Um dos cotados é o arquiteto, urbanista e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Leonardo Castriota, que tem o apoio de petistas mineiros, como o deputado federal Patrus Ananias (PT-MG). Professor de arquitetura brasileira na Universidade de Brasília (UnB), Andrey Schlee, que atuou como diretor do patrimônio material e fiscalização do Iphan de 2012 a 2019, também é cotado. Leandro Grass conseguiu vencer a resistência do PT de Brasília para ser candidato ao Palácio do Buriti. Saiu-se bem, como segundo mais votado pela federação PV-PT-PCdoB, mas o momento agora é de disputa. O PV reivindicou a candidatura, uma vez que apoiou Lula e não lançou nenhum outro nome para o governo. Agora acontece a mesma coisa. O partido ainda não emplacou ninguém na equipe de Lula.

MDB na área de Grass
Por ironia do destino, o ex-deputado Leandro Grass (PV) participou do grupo de transição na área de desenvolvimento regional que se transformou no Ministério das Cidades, sob o comando de um emedebista, como o governador Ibaneis Rocha. O nome escolhido pelo presidente Lula foi o de Jader Filho.

Fiscal do governo

O governador Ibaneis Rocha (MDB) reuniu ontem a sua equipe pela primeira vez neste segundo mandato. No Palácio do Buriti, ele pediu empenho, cobrou muito trabalho para desenvolvimento das metas e avisou que será o grande fiscal do trabalho do seu governo. Os secretários receberam os relatórios elaborados pela equipe de transição, coordenada pelos secretários de comunicação, Weligton Moraes, da Casa Civil, Gustavo Rocha, de Governo, José Humberto Pires, e de Planejamento, Ney Ferraz, e pelo consultor jurídico do Distrito Federal, Rodrigo Becker.

Segunda rodada
Nesta manhã, Ibaneis reúne os diretores de empresas e depois será a vez dos administradores regionais.

Secretários de olho nas próximas eleições
A equipe de Ibaneis Rocha conta com três ex-deputados distritais, Cristiano Araújo (Turismo), Rodrigo Delmasso (Família e Juventude), Agaciel Maia (Relações Institucionais), e dois parlamentares licenciados: Daniel Donizet (Meio Ambiente e Proteção Animal) e Júlio César Ribeiro (Esporte e Lazer). São cinco candidatos para as próximas eleições. Eles vão trabalhar em benefício próprio ou sintonizados com o governo? Só o tempo dirá.

Amigos no governo Lula
O governador Ibaneis Rocha (MDB) esteve na posse do presidente Lula no Palácio do Planalto e de três ministros com quem tem boa relação, todos são ex-governadores: Camilo Santana (Educação), Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social). Ele deve ir também amanhã na posse de Simone Tebet no Ministério do Planejamento.

Suplente assume e mira presidência de comissão
Reginaldo Sardinha (PL) assumiu o mandato no lugar de Daniel Donizet (PL), que foi para o GDF, para a Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal. Sardinha teve 20.107 votos e ficou na primeira suplência do PL. O partido quer que Sardinha assuma também no lugar de Donizet a presidência da Comissão de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente e Turismo.

Túnel Rei Pelé
O governador Ibaneis Rocha decidiu fazer uma homenagem ao brasileiro mais famoso do planeta. Previsto para ser inaugurado no próximo mês, o Túnel de Taguatinga será batizado de Rei Pelé. Trata-se de uma das principais obras do governo Ibaneis, muito aguardada por moradores e comerciantes da região.

Sob nova direção
A substituição da deputada Flávia Arruda que encerra o mandato no fim do mês pela deputada reeleita Bia Kicis no comando regional do PL era apontada como questão de tempo. A troca no comando foi acertada ontem em encontro de Bia com o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, depois que Flávia entregou a carta de desfiliação.

Recolocação
Se quiser continuar na política, Flávia Arruda precisa agora encontrar um novo caminho. Ela se afastou do bolsonarismo, deixou o PL, está sem mandato e terá que se recolocar. Deputada federal mais votada em 2018, ela tinha um futuro promissor, depois de ser ministra do governo Bolsonaro. Era cotada como candidata ao governo, favorita na corrida ao Senado e poderia ter sido vice de Ibaneis Rocha.

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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