À queima-roupa // Eduardo Pedrosa, deputado distrital reeleito pelo União Brasil
por Ana Maria Campos
O que muda no segundo mandato?
Muda a experiência, a maturidade de entender como funciona cada instituição. Não muda a forma buscando sempre soluções através de leis e ações para os problemas do dia a dia, melhorar a vida das pessoas. O povo não aguenta mais político que só aparece no período da eleição, de gabinete. Nesse segundo, mandato vou estar ainda mais próximo das comunidades fazendo um mandato de corpo a corpo, ouvindo as pessoas. É delas que saem as soluções.
Será base do governo Ibaneis?
O tempo dirá. A população aprovou o trabalho dele e isso pesa muito no meu alinhamento.
Quer indicar aliados para o governo?
Indicar cargos no governo não é importante. O que importa é o plano de governo para onde vamos e como minha decisão passa por isso.
Pretende disputar a presidência da Câmara ou algum cargo na Mesa?
Pretendo presidir uma comissão importante. Esse é meu pensamento atual, mas não depende só de mim. Na próxima eleição da Mesa Diretora, com certeza disputarei a presidência para fechar bem minha passagem pela Câmara. Será meu último mandato como distrital.
Acredita no sucesso do governo Lula?
Torço sempre pelo Brasil e espero que dê certo, nunca torcerei contra por posição política contrária. Porém, os indicativos até aqui são ruins. Furo de teto fiscal, rever marco do saneamento, rediscutir taxa sindical são alguns exemplos. Se isso virar realidade não tem condição de dar certo. Acredito, de verdade, que o foco deve estar nos empregos. Uma pessoa trabalhando vai ter condição de construir a sua vida e não precisa de auxílio do governo.
Qual a sua opinião sobre as manifestações em frente ao QG do Exército?
Toda manifestação parte de uma insatisfação e é legítimo pela Constituição, então, desde que pacífica, e até agora é, não vejo nenhum problema. Grave é a volta da censura.
Acredita que surgirá uma alternativa a Lula e Bolsonaro para 2026?
Espero que sim. Tanto o DF quanto o Brasil precisam de ideias novas, disposição e, antes de tudo, precisamos reagrupar o país. Hoje temos um Brasil dividido.
