À queima-roupa // Roberval Belinati, presidente do TRE-DF
Por Ana Maria Campos
Como foi a experiência de presidir as eleições em um momento tão conturbado da política brasileira?
Foi uma honra e uma experiência inesquecível presidir as últimas eleições no Distrito Federal e no exterior, em 102 países, porque é tarefa do TRE-DF organizar as eleições no exterior juntamente com o Itamaraty e o TSE. Aprendi muito nesses últimos seis meses de trabalho na preparação das eleições. Acompanhei todos os segundos. Conheci muitas pessoas, entre candidatos, partidos políticos, federações, servidores da Justiça Eleitoral, desembargadores de todos os estados, ministros do Itamaraty, do STF, do TSE e do STJ. Senti a alegria da vitória e a tristeza da derrota dos candidatos. Convivi com a imprensa, que me apoiou e me deu a oportunidade de transmitir à população os anseios da Justiça Eleitoral e dos candidatos. Falei muito sobre a importância que o voto representa na escolha dos dirigentes do país. Destaquei em todos os momentos que os eleitores também têm responsabilidade nas suas escolhas, porque “a voz das urnas é a voz do povo”, conforme diz o ditado popular. Sou agradecido a Deus e a todas as pessoas que me ajudaram na organização das eleições.
Qual foi o momento mais difícil até aqui?
O processo eleitoral envolve milhares de pessoas. No Distrito Federal, quase 1,9 milhão de eleitores votaram no primeiro turno, em 610 colégios; 6.748 urnas eletrônicas foram preparadas para as seções eleitorais, sendo que 700 foram preparadas como reserva, para eventual substituição. Trinta e quatro mil mesários trabalharam, e mais de 11 mil policiais participaram do serviço de segurança. O planejamento eleitoral apresentou dificuldades em alguns locais de votação. Por exemplo, a montagem das seções exigia espaçamento adequado entre uma e outra. Entretanto, em alguns desses locais de votação, colocaram três ou quatro seções no mesmo espaço. Ou seja, colocaram quase duas mil pessoas para votar no mesmo local. É claro que a falha causou aglomeração. No segundo turno, corrigimos muitas falhas registradas anteriormente. A intenção foi diminuir as filas e aumentar a celeridade da votação.
E a maior satisfação?
A maior satisfação é poder servir com amor e dignidade e ver o eleitor feliz. É sentir que a união faz a força e que todas as pessoas são importantes e necessárias.
Acredita que o resultado desta noite será aceito pelo candidato derrotado?
O candidato derrotado vai ter que aceitar o resultado das urnas. Se não aceitar por bem, vai ter que aceitar por imposição lógica, porque o processo eleitoral é absolutamente seguro. Todas as perícias realizadas constataram a segurança das urnas eletrônicas e dos computadores de totalização do TSE.
Como fica, na sua avaliação, o Brasil a partir desta segunda-feira?
O presidente eleito terá que trabalhar muito pela reconciliação política e pela união da população. As diferenças eleitorais deverão ser esquecidas. As feridas, curadas. A reconstrução do país deverá ser a meta. O presidente deverá governar para todos, sem qualquer preconceito. Vamos acabar com as brigas e retaliações. Precisamos de vida nova e de muito trabalho pela frente. Desejos de vingança deverão ser sepultados. Esperamos muito trabalho dos políticos eleitos em favor do país, da sociedade brasileira e de nossas famílias.
Que mensagem o senhor pode passar para a população brasileira?
Espero que a população se una em favor da reconciliação e da união. Uma sociedade unida pelo amor e pelo trabalho pode transformar o mundo para melhor. Honradez e dignidade à missão recebida é o que desejamos a todos os eleitos, para que possamos sobreviver com segurança e paz. Deus seja louvado!
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