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Quase 600 mil votos estão em disputa entre Jair Bolsonaro e Lula no DF

Publicado em Eixo Capital

Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos

Quase 600 mil votos estão em disputa entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT) no Distrito Federal neste segundo turno da eleição para a Presidência da República. O número corresponde às 387.096 abstenções e aos 202.644 votos em outros candidatos, principalmente em Simone Tebet (MDB), com 105.377, e agora está na campanha do petista. Há ainda um montante de 57 mil votos nulos ou em branco. O DF é uma unidade da federação que representa pouco no eleitorado total do país. Somos 156 milhões de eleitores no Brasil. Mas em um cenário tão apertado, segundo indicam as pesquisas divulgadas na véspera do pleito, cada voto conta.

Campanha de Lula busca uma virada quase impossível
Os aliados do ex-presidente Lula consideram importante uma virada eleitoral no segundo turno no Distrito Federal pelo simbolismo que significa ganhar em Brasília, sede das manifestações e do poder. Mas não é reviravolta fácil. O presidente Jair Bolsonaro tem o apoio do governador Ibaneis Rocha (MDB), de seis dos oito deputados federais eleitos, da senadora eleita Damares Alves (Republicanos), da maioria das igrejas evangélicas e de mais da metade dos distritais que tomarão posse em 2023. Bolsonaro teve 51,65% dos votos no DF, o que representa 910.397, mais do que Ibaneis, que se reelegeu no primeiro turno, com 50,3%, ou seja, 810.633. Lula conquistou 649.534 votos, que significa 36,85% do eleitorado. Uma diferença de 260 mil.

Abstenções podem definir
As abstenções do primeiro turno podem decidir as eleições. A Justiça Eleitoral registrou 32,7 milhões ausências nas urnas. Esse número representa 20,95% do eleitorado. Se parte desses cidadãos resolver aparecer no segundo turno, o resultado é mais imprevisível do que já parece ser pelo jogo embolado.

Longo feriado
No DF, muita gente, especialmente servidores públicos da Justiça, pode optar por uma viagem em vez de ir votar. É que o fim de semana começou ontem, e a volta ao trabalho está prevista para quinta-feira, com ponto facultativo amanhã, por causa do dia do servidor público, e terça-feira e quarta-feira são feriados forenses.

Carreata por Lula
Os deputados Chico Vigilante (PT), Leandro Grass (PV), Fábio Félix (PSol) e o distrital eleito Max Maciel (PSol) participaram ontem, no último dia de campanha, de uma carreata por Lula em Ceilândia, Samambaia, Taguatinga e Recanto das Emas.

E por Bolsonaro
Depois de rodar várias cidades com o movimento Mulheres por Bolsonaro, a primeira-dama Michelle Bolsonaro e a vice-governadora eleita Celina Leão (PP) fecharam a campanha do segundo turno com uma carreata em Brasília.

Mais 632 eleitores
No segundo turno, há mais eleitores cadastrados para votar do que no primeiro. Na rodada anterior, eram 2.206.996. Agora, são 2.207.628. Ou seja, 632 pessoas que vivem ou estarão fora do DF só se interessaram pela decisão final das eleições.

Esclarecimento
Em relação à nota publicada por esta coluna no último domingo intitulada “Promotora é absolvida”, a promotora de Justiça Alessandra Campos Morato esclareceu ao Correio que as informações divulgadas são parcialmente inverídicas, na medida em que o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região não proferiu decisão de absolvição em relação à denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal de denunciação caluniosa em desfavor da promotora, hoje aposentada. A Justiça, ao rejeitar a denúncia, não analisou as provas apresentadas pelo MPF, tendo se limitado à análise de questões processuais, por entender que o propósito de vingança descrito na denúncia acerca da postura demandista da acusada em relação aos membros integrantes do órgão correicional do MPDFT não seria o suficiente para configurar que a promotora aposentada sabia que os fatos descritos não seriam verdadeiros. Da decisão foi interposto recurso, cuja apreciação encontra-se pendente de análise.

A pergunta que não quer calar….
Como o Brasil vai acordar amanhã?

Mandou bem
Os atores dos Vingadores da Marvel — Chris Hemsworth (Thor), Samuel L. Jackson (Nick Fury), Robert Downey Jr. (Homem de Ferro), Mark Ruffalo (Hulk) e Benedict Wong (Wong) — usaram a hashtag #NemTodoHeróiUsaCapa e escreveram em português uma defesa do voto neste domingo pela educação e pelo meio ambiente.

Mandou mal
Aliado de vários presidentes, de Collor, passando por FHC, Lula e Bolsonaro, o ex-deputado Roberto Jefferson, que comanda o PTB, tentou ser candidato à Presidência, não conseguiu, indicou o vice na chapa, Padre Kelmon, que só entrou para tumultuar, ofendeu a ministra Carmen Lúcia e depois atacou com tiros e granada policiais federais.

Enquanto isso… Na sala de Justiça
Por maioria, o STF manteve a previsão da União como beneficiária de bens e recursos recuperados de envolvidos em crimes de lavagem de dinheiro ou do colarinho branco processados na Justiça do DF. A decisão se deu no julgamento de Ação Direta de Inconstitucionalidade proposta pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) que questiona a validade de norma que indica a União como beneficiária desses bens. Ibaneis alega que as alterações realizadas na Lei de Lavagem de Dinheiro, na redação conferida pela Lei nº 12.683/2021, deixam o DF de fora do rol dos beneficiários pelo processo de incorporação desses ativos. A norma prevê a União como beneficiária, ainda que a investigação, a persecução e a condenação tenham ocorrido no âmbito dos órgãos investigativos e do Poder Judiciário do DF. Segundo o governador, o DF não foi contemplado pela lei, embora tenha estrutura própria de combate ao crime de lavagem e ocultação de ativos. Ibaneis sustenta que, apesar de ser mantida pela União, a Justiça do DF tem atribuições jurisdicionais idênticas às da Justiça estadual e que, por ser um ente autônomo, deve ser assegurado o mesmo tratamento federativo na política pública de segurança.

Só papos

“Fica aqui, rapaz”
Presidente Jair Bolsonaro, no debate da TV Globo

“Não quero ficar perto de você”
Ex-presidente Lula, em resposta, no debate da TV Globo

 

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