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Leandro Grass: “Quero ajudar a fazer as mudanças necessárias para o Brasil e para o DF”

Publicado em Eixo Capital

À queima roupa // Leandro Grass (PV), deputado distrital e coordenador da campanha do ex-presidente Lula no DF 

por Ana Maria Campos

O senhor chegou perto de disputar o segundo turno na corrida ao GDF. O que faltou?
Fizemos uma campanha muito bonita e honesta. Tivemos o menor custo-voto entre os principais candidatos ao GDF. Apresentamos um projeto de governo com propostas para todas as áreas. Disputamos contra um candidato que tem a máquina do governo na mão e muito dinheiro. Enfrentamos uma onda de fake news promovida por portais que recebem recursos públicos. E, mesmo assim, chegamos a quase meio milhão de votos. Foram cerca de 5 mil votos dados a mais a Ibaneis que impediram um segundo turno. Pode ser que tenha faltado tempo para que parte da população me conhecesse e percebesse que eu representava um projeto completamente diferente de Ibaneis. Também percebi que alguns candidatos optaram por não enfrentá-lo nos debates e isso o favoreceu.

Acredita que a militância do PT tenha entrado para valer na sua campanha?
Plenamente. Os filiados e simpatizantes do PT foram fundamentais para que fizéssemos uma bela campanha. Não faltou empenho nas ruas e essa força colaborou diretamente para o nosso resultado.

Se Lula tivesse vindo mais a Brasília na campanha, ajudaria a sua candidatura?
Creio que a vitória do Ibaneis não se deve ao fato de Lula ter vindo poucas vezes a Brasília. Em outros estados, Lula esteve muitas vezes, e a eleição também acabou no primeiro turno com a vitória de candidatos que não eram apoiados por ele. É claro que isso fortaleceria nossa campanha, mas a pequena margem de 0,3% obtida por Ibaneis pode ser explicada por outros fatores.

Neste segundo turno, o senhor se engajou para valer na campanha do Lula. Pensa em migrar para o PT?
Permaneço no Partido Verde, que me acolheu muito bem, possuo identificação e foi fundamental para que eu alcançasse um bom resultado. Nós e o PT estamos na mesma federação, junto com o PCdoB, e seremos base do governo Lula. Me dedicarei muito para que o campo progressista se organize e venha com mais força ainda nas próximas eleições.

Quais são seus planos agora? Pretende se preparar para 2026?
Seguirei atuando politicamente e defendendo a população. Fui um fiscal implacável do governo Ibaneis e continuarei sendo, mesmo sem mandato. Quero ajudar a fazer as mudanças necessárias para o Brasil e para o DF. Disputarei as eleições em 2026 e estarei empenhado na formação de boas e novas lideranças políticas que também desejam se candidatar.

Disputará qual cargo em 2026?
Me preparei para ser governador do DF. A política é um serviço, e uma candidatura não pode ser um projeto individual. É sempre uma construção coletiva. Por isso, estarei disposto a contribuir com a minha cidade naquilo que o momento exigir.

Bolsonaro teve 260 mil votos a mais do que Lula no DF, no primeiro turno. É possível uma virada petista?
Em uma eleição, tudo é possível. Nos empenhamos muito na conversão de votos ao longo dessas semanas. Falamos com muita gente que votou em Simone, Ciro, outros candidatos e branco/nulo. O transporte público gratuito vai nos ajudar a diminuir o número de pessoas que não foram às urnas no primeiro turno. Somando todos esses perfis, temos mais de 600 mil eleitores a alcançar. A virada é difícil, mas não é impossível. Nossa força aumentou muito.

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