À queima-roupa // Antônio Gomes, procurador de Justiça aposentado, ex-presidente da Terracap e coordenador político do PL-DF
por Ana Maria Campos
O PL perdeu um candidato importante na disputa à Câmara dos Deputados, José Roberto Arruda, e Flávia Arruda que era favorita ao Senado não se elegeu. O saldo da participação do partido foi negativo?
Arruda foi vítima da maior injustiça que um homem público pode receber: a cassação do registro de sua candidatura pelo TSE, nas vésperas do primeiro turno das eleições, deixando-o inelegível mesmo tendo uma liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal, em pleno vigor. O saldo da participação do partido nas eleições, mesmo com a cassação do Arruda e com a derrota da Flávia ao Senado foi altamente positiva. Elegemos quatro deputados distritais e dois federais e ainda ajudamos a eleger Ibaneis no primeiro turno.
Por que Flávia perdeu? Acha que faltou apoio dos aliados? Houve traições?
Por várias razões. Faltou apoio dos aliados; Ibaneis apoiou também a Damares, confundindo o eleitor; a cassação do registro do Arruda abalou o eleitorado arrudista; e a sórdida campanha promovida contra a Flávia pelos adversários. Foram elementos decisivos para a derrota da nossa candidata ao Senado.
Acha que a situação do Arruda prejudicou?
A situação judicial do Arruda, ao longo do processo eleitoral, com sucessivas vitórias e derrotas nos tribunais, abalou as estruturas do partido, afetando o ânimo dos aliados e dos militantes, sendo um fator determinante para a derrota da Flávia.
Qual é o futuro de Flávia e de Arruda?
O Arruda é o maior líder político desta cidade, queiramos ou não. Ele foi abatido em pleno voo, mas não morreu. Em 2026, ele estará de volta para disputar o Governo do Distrito Federal, ganhar as eleições e terminar o seu governo que foi interrompido por um vendaval de denúncias de corrupção que até hoje não foram comprovadas pelo Poder Judiciário. A Flávia foi a deputada federal mais votada na eleição passada e teve agora mais de 400 mil votos como candidata ao Senado, tendo sido ministra do governo Bolsonaro, com um extraordinário desempenho, não havendo a menor dúvida de que ela é uma grande liderança política nesta cidade e que, em 2026, voltará a disputar o cargo que quiser. Lugar de mulher é onde ela quiser.
O PL terá participação no governo Ibaneis?
O PL teve uma participação decisiva na eleição de Ibaneis no primeiro turno. É natural que o partido tenha uma boa fatia de participação no governo que ajudou a eleger. Ibaneis tem dito que vai governar com aliados. É preciso tirar a OAB/DF do governo e governar com os políticos.
Quem fará essa interlocução com Ibaneis?
Ainda não sabemos quem será o interlocutor do partido com Ibaneis. Mas o partido tem nomes de grande envergadura política e densidade eleitoral para assumir essa missão.
A deputada Bia Kicis teve 214 mil votos e se credenciou na política do DF. Ela vai assumir o comando do PL?
A Bia Kicis foi a candidata a deputada federal mais votada nestas eleições, tendo todas as credenciais para assumir qualquer cargo no partido.
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